Peguei a ideia do blog da Lu, que pegou a ideia do blog da Mi. Achei interessante relembrar algumas coisas sobre as mudanças de décadas pelas quais passei até agora, como uma maneira de testar a memória e de avaliar como eu cresci e me transformei durante todos esses anos da minha vida.
1979: Não dá para lembrar direito o que eu estava fazendo, tinha apenas 2 anos e não guardo muitas lembranças daquela época. Em 79 meu irmão nasceu, então imagino que estava feliz por ter alguém com quem brincar e provavelmente com um pouquinho de ciumes em ter que dividir a atenção dos meus pais.
1989: 12 anos! Me lembro de morar no terceiro andar do prédio onde meu pai mora atualmente e de ficar lá da varanda dançando e cantando xuxa o dia todo para chamar a atenção dos garotos que jogavam bola na rua (ridículo e tipico de adolescente, né?). Tinha duas amigas inseparáveis: Michele e Patricia. Engraçado, mas me lembro de uma saia rosa que a mamãe mandou fazer para eu usar no reveillon. Eu havia desenhado o modelo. Me lembro do cheiro do mingau de banana que eu comia na merenda da escola, do meu pijama amarelo, do bolo de palhaço que compramos para o meu aniversário, das aulas de taekandoo (que tive que abandonar por que apanhava de todo mundo), de passar o dia todo dançando lambada, de ter me apaixonado por um baianinho e de ter exigido que ele namorasse as minhas duas melhores amigas se quisesse ficar comigo (sem beijo, é claro!). rs
1999: Me lembro de trabalhar num consultório de dermatologia e nessa época já morava com a mamãe num apartamento que eu adorava. Tenho bastante lembranças dessa época, mas me dói um pouco lembrar, talvez por que essa virada de década trouxe os anos mais difíceis da minha vida, quando tive que enfrentar muitas doenças na família. Apesar das dificuldades foi quando passei no vestibular e comecei o curso de Turismo. Logo no primeiro semestre, ganhei uma premiacao da faculdade e fui escolhida a melhor aluna do meu curso. Tenho muito orgulho desse prêmio, pois consegui me manter firme e alcançar essa vitória no mesmo momento em que vivi a pior experiência da minha vida, vendo a minha irmã quase morrer.
2009: A melhor virada de década da minha vida! Hoje tenho 32 anos e me sinto plena, feliz, realizada. Sou mais madura, sei bem o que quero e o que não quero. Minha vida mudou muito nessa década, principalmente nos últimos 2 anos. Me casei, mudei de país, tive um filho, aprendi alemão. Aprendi a dar mais valor a vida, as pessoas que amo e a mim mesma. Aprendi a correr atrás do que eu quero, sem medos e amarras. Aprendi o verdadeiro sentido da palavra felicidade e que ser feliz depende exclusivamente de mim. Fiz novos amigos, fortaleci antigas amizades, reencontrei pessoas. Me livrei de alguns fantasmas que me assombravam, perdoei pessoas que me machucaram, me aproximei ainda mais de Deus.
Pensando sobre as viradas de décadas da minha vida, acabei reparando que o Miguel vai atravessar todas as viradas de décadas da vida dele com a mesma idade que eu atravessei as minhas. Esse ano é a primeira virada dele e ele está com dois anos. Fiquei pensando o que ele vai guardar dessa época para se lembrar daqui a alguns anos, como eu estou fazendo hoje. Não vou deixar ele esquecer que a gente assistia Procurando Nemo todos os dias e que ele prestava a maior atenção como se o final fosse mudar cada vez que a gente via de novo, que ele adorava comer tomate no café da manha, que ele só comia chocolate se o papai ou a mamãe colocasse na boca para não sujar a mãozinha dele, que ele adorava dançar, que sua maior paixão eram os seus carrinhos, que ele odiava meia ou pantufa nos pés, que ele odiava cobertor em cima dele, que ele não deixava a mamãe cortar a unha e que ficava parecendo um gaviaozinho, que ele falava o dia todo, mas que ninguém conseguia entender nenhuma palavra (exceto lololo, traduzindo pocoyo) e acima de tudo que ele vivia cercado de muito amor.
Até aqui aprendi que o que nos leva onde queremos é viver cada dia das nossas vidas com toda a intensidade que se puder ter, caminhando e focando sempre no que a gente deseja, não desistindo quando aparecem os obstáculos da vida, não perdendo os valores, não abandonando os bons sentimentos, pensando em quem está perto de nós, valorizando a família, os amigos, vivendo sem colecionar sentimentos ruins e não perdendo tempo com o que não nos faz bem. Para a próxima virada espero escrever coisas ainda melhores... Não faço listas, nem planejo tudo que quero alcançar em cada etapa, mas é com esse pensamento que viro cada ano da minha vida e vou seguindo em frente certa de realizar os meus sonhos e alcançar coisas ainda maiores do que aquelas com que tenho sonhado.
1979: Não dá para lembrar direito o que eu estava fazendo, tinha apenas 2 anos e não guardo muitas lembranças daquela época. Em 79 meu irmão nasceu, então imagino que estava feliz por ter alguém com quem brincar e provavelmente com um pouquinho de ciumes em ter que dividir a atenção dos meus pais.
1989: 12 anos! Me lembro de morar no terceiro andar do prédio onde meu pai mora atualmente e de ficar lá da varanda dançando e cantando xuxa o dia todo para chamar a atenção dos garotos que jogavam bola na rua (ridículo e tipico de adolescente, né?). Tinha duas amigas inseparáveis: Michele e Patricia. Engraçado, mas me lembro de uma saia rosa que a mamãe mandou fazer para eu usar no reveillon. Eu havia desenhado o modelo. Me lembro do cheiro do mingau de banana que eu comia na merenda da escola, do meu pijama amarelo, do bolo de palhaço que compramos para o meu aniversário, das aulas de taekandoo (que tive que abandonar por que apanhava de todo mundo), de passar o dia todo dançando lambada, de ter me apaixonado por um baianinho e de ter exigido que ele namorasse as minhas duas melhores amigas se quisesse ficar comigo (sem beijo, é claro!). rs
1999: Me lembro de trabalhar num consultório de dermatologia e nessa época já morava com a mamãe num apartamento que eu adorava. Tenho bastante lembranças dessa época, mas me dói um pouco lembrar, talvez por que essa virada de década trouxe os anos mais difíceis da minha vida, quando tive que enfrentar muitas doenças na família. Apesar das dificuldades foi quando passei no vestibular e comecei o curso de Turismo. Logo no primeiro semestre, ganhei uma premiacao da faculdade e fui escolhida a melhor aluna do meu curso. Tenho muito orgulho desse prêmio, pois consegui me manter firme e alcançar essa vitória no mesmo momento em que vivi a pior experiência da minha vida, vendo a minha irmã quase morrer.
2009: A melhor virada de década da minha vida! Hoje tenho 32 anos e me sinto plena, feliz, realizada. Sou mais madura, sei bem o que quero e o que não quero. Minha vida mudou muito nessa década, principalmente nos últimos 2 anos. Me casei, mudei de país, tive um filho, aprendi alemão. Aprendi a dar mais valor a vida, as pessoas que amo e a mim mesma. Aprendi a correr atrás do que eu quero, sem medos e amarras. Aprendi o verdadeiro sentido da palavra felicidade e que ser feliz depende exclusivamente de mim. Fiz novos amigos, fortaleci antigas amizades, reencontrei pessoas. Me livrei de alguns fantasmas que me assombravam, perdoei pessoas que me machucaram, me aproximei ainda mais de Deus.
Pensando sobre as viradas de décadas da minha vida, acabei reparando que o Miguel vai atravessar todas as viradas de décadas da vida dele com a mesma idade que eu atravessei as minhas. Esse ano é a primeira virada dele e ele está com dois anos. Fiquei pensando o que ele vai guardar dessa época para se lembrar daqui a alguns anos, como eu estou fazendo hoje. Não vou deixar ele esquecer que a gente assistia Procurando Nemo todos os dias e que ele prestava a maior atenção como se o final fosse mudar cada vez que a gente via de novo, que ele adorava comer tomate no café da manha, que ele só comia chocolate se o papai ou a mamãe colocasse na boca para não sujar a mãozinha dele, que ele adorava dançar, que sua maior paixão eram os seus carrinhos, que ele odiava meia ou pantufa nos pés, que ele odiava cobertor em cima dele, que ele não deixava a mamãe cortar a unha e que ficava parecendo um gaviaozinho, que ele falava o dia todo, mas que ninguém conseguia entender nenhuma palavra (exceto lololo, traduzindo pocoyo) e acima de tudo que ele vivia cercado de muito amor.
Até aqui aprendi que o que nos leva onde queremos é viver cada dia das nossas vidas com toda a intensidade que se puder ter, caminhando e focando sempre no que a gente deseja, não desistindo quando aparecem os obstáculos da vida, não perdendo os valores, não abandonando os bons sentimentos, pensando em quem está perto de nós, valorizando a família, os amigos, vivendo sem colecionar sentimentos ruins e não perdendo tempo com o que não nos faz bem. Para a próxima virada espero escrever coisas ainda melhores... Não faço listas, nem planejo tudo que quero alcançar em cada etapa, mas é com esse pensamento que viro cada ano da minha vida e vou seguindo em frente certa de realizar os meus sonhos e alcançar coisas ainda maiores do que aquelas com que tenho sonhado.
3 comentários:
Oi Liza
que linda a sua recordação. Muitas vezes a nossa vida não tem somente recordações boas e felizes, mas nem por isso deixa de ser a melhor vida que poderíamos viver, né?
Um ótimo Ano Novo para vc e para o meu genrinho que está de aniversário. Muitas felicidades e um Ano Novo com muitas recordações.
Bjs
Lu
Liza, sabe o que acho legal dos blogs? Eh como se fossem diarios e tenho certeza de que um dia o Miguelzinho vai apreciar a ler tudo o que voce escreveu aqui ao longo desses anos. Coisas que criancas dessa idade nao lembram. Eu daria tudo pra ter uma fonte de informacao assim dos meus pais, mas nenhum dos dois mantiveram um diario, rs.
Ao ler esse mesmo tipo de post de varias meninas da nossa idade, parece mesmo que quanto mais maduras ficamos, melhor eh a nossa vida. A casa dos 30 tem sido maravilhosa pra mim e parece que pra voces todas tb. Muito bom isso!
Ai, ai... e eu aqui sonhando em um dia reunir todas voces na minha casa pra uns dias cheios de papos gostosos, dias bem mulherzinhas mesmo!!!
Te adoro! bjos
Realmente Liza, somos muito parecidas, hoje tb dou muito valor a vida, quase perdi minha mae no ano passado quando ela descobriu um nodulo no seio e quando foi feito a cirurgia para tirar o mesmo, ela entrou em coma e foi uma epoca muitooooooooooooo dificil. Muito mesmo.
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