29 de setembro de 2010

O tempo

Tem dias que blogar é complicado. Você está bem, está feliz, cheia de novidades, mas as palavras te faltam. Sem falar no tempo que também te falta, provavelmente por que está passeando com a inspiração num lugar "far away".

Essa semana começou assim, uma verdadeira maratona e aja preparo físico para chegar na reta final (leia: fim de semana). Festas, visitas de amigos, resfriado do Miguelzinho, choros sem explicação, noites em claro e a preparação da mudança que está me descabelando (e olha que nem coloquei a mão na massa, ainda estou procurando um apartamento).

Sem falar do danado do alemão. Ah, o alemão! Me explica como alguém pode aprender uma outra língua sem dedicação? Pois é, como disse um amigo meu essa semana: "talta tempo, sobra coisa pra fazer e você querendo mais um filho e mais um blog" (sim as ideias estão pipocando aqui dentro da caixola). Coisas da Liza que nem Freud explica!

Abaixo uma pequena amostra do que tem rolado por aqui nos últimos dias e que tem deixado a gente ainda mais feliz! :)


27 de setembro de 2010

E o fim de semana...

Foi espetacular! Não consigo achar outra palavra para expressar o quanto me diverti nesses últimos dias. Na sexta fomos para Villingen para uma consulta médica e ir lá significa sempre diversão, pelo menos para mim que adoro "perder" tempo olhando as novidades da moda e claro voltar para casa com algumas sacolas. Shoppingterapia é mesmo tudo de bom, principalmente depois de quatro anos morando numa cidade que tem apenas uma loja de roupas e onde você não encontra nada para pessoas com menos de 50 anos.



No sábado passei o dia todo numa correria preparando um bolo prestigio e umas esfirras para a festa de aniversário da Mineirinha. Passar o dia cozinhando também é uma terapia pra mim. Eu simplesmente adoro e só não faço isso mais vezes para não virar uma bola e sair rolando por ai, por que eu gosto de cozinhar, mas prefiro mesmo é me empanturrar de comida gostosa.



A festa foi perfeita. Não lembro de ter me divertido tanto assim por essas bandas. A Sandra é uma pessoa cativante e sempre consegue reunir gente boa ao redor dela. E quanta gente boa! Sem falar que o local escolhido para a comemoração não poderia ter sido melhor. E o cantor? A sensação de ouvi-lo era a de estar pisando em nuvens e o repertório de tirar o fôlego de qualquer um. Música de verdade e de primeira qualidade. A comida nem preciso dizer, né? Comida brasileira, minha gente. Tinha até pacoquinha e bala delicia! Uma pena que ela só faca aniversário uma vez por ano, por que eu queria mais festa na semana que vem. :)



Foi realmente especial! Conheci mais uma parte da família da Sandra que não me surpreendeu em nada, pois são iguaizinhos a ela. Pessoas cada vez mais raras e de grande valor, um presente para quem os encontra no caminho. Conheci mais uma mineirinha, na verdade parecia que nos conheciamos a tempo. Papariquei a sobrinha da Sandra e relembrei como é gostoso ter um bebezinho nos braços. Dancei uma música deliciosa nos braços do meu amor e depois dançamos os três, eu, ele e o Miguelzinho. Fizemos um coral de mulheres e cantamos no palco com o cantor. Eu passaria o dia todo aqui relatando o quanto foi bom.



E depois disso tudo o domingo tinha que ser de preguiça, né? Na verdade nem tanto por que o pequeno teve febre o dia todo e hoje continua febril e com o corpinho ruim. Mas, to enchendo ele de carinho, anti-térmico e xarope e logo ele se recupera. Agora é recomeçar a semana, certos de que será uma semana especial e eu espero que uma semana de decisões acertadas e inspiradas por Deus. Sim, essa semana trará algumas mudanças para nós e eu espero poder compartilha-las aqui logo.

O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16:1)

Ah, um pouquinho da música que a gente cantou em homenagem a Mineirinha! E mais uma vez Sandra: toda felicidade do mundo para voce hoje e em todos os seus dias!


24 de setembro de 2010

Arquivo Secreto

Esse post foi programado. Estamos numa pequena viagem em busca de um novo pediatra para o Miguelzinho, sugestão da professora da escolinha. Nós, que não somos bobos, vamos aproveitar a viagem e para fazer um pouco das coisas boas que não conseguimos fazer na nossa grande pequena Furtwangen: olhar vitrines, comer mc donalds, passear de trem. Espero conseguir visitar o cantinho de vocês ainda hoje. O texto é grande, mas vale cada linha. Pena o autor ser desconhecido, pois ele merecia créditos por um texto tão lindo.

"No estado em que me achava, meio acordado, meio dormindo, me vi dentro de uma sala. Não existia nada de interessante nela, exceto uma parede cheia de gavetas para cartões. Aqueles cartões que existem em bibliotecas públicas, de arquivo de livros, etc.

Mas estes arquivos, além de irem do chão ao teto, pareciam não ter fim e tinham também títulos bem diferentes. Quando me aproximei destes arquivos, o primeiro título a me chamar atenção foi “Garotas de quem eu gostei”.

Abri-o e comecei a ver os cartões um por um, para logo fechar a gaveta, surpreso em reconhecer os nomes ali escritos. De repente, sem ninguém precisar me dizer, descobri onde estava. Esta sala sem vida, era, na realidade, o catálogo da minha vida.

Aqui estava tudo organizado por ações, todos os meus momentos, grandes e pequenos, em detalhes que minha mente não podia acompanhar. Um senso de curiosidade e espanto, misturado com horror surgia dentro de mim ao abrir cada gaveta para descobrir seu conteúdo.

Algumas me traziam belas alegrias e contentamento, saudade e memórias. Outras me traziam vergonha, tão grande que olhei por detrás de mim para ver se havia alguém me espiando. O arquivo intitulado “Amigos” estava ao lado do arquivo “Amigos que traí”.

Os títulos iam do mero mundano à extrema loucura: “Livros que li”, “Mentiras que contei”, “Conselhos que dei”, “Piadas das quais ri”. Alguns eram hilariantes devido à sua exatidão: “Coisas que gritei aos meus irmãos”.

Em outros não havia a menor graça: “Coisas que fiz quando estava com raiva”, “Palavras que proferi contra meus pais por trás deles”. Eu não parava de me surpreender com cada conteúdo que se apresentava. Alguns arquivos tinham normalmente mais cartões do que eu esperava

E outras vezes, menos do que eu sonhava. Eu estava estupefato com o volume de coisas que fiz durante minha curta vida. Como eu pude ter tido o tempo necessário para escrever esses milhões e milhões de cartões, cada um em sua exatidão?!?

Mas cada cartão confirmava uma verdade. Cada um deles eu havia escrito com meu próprio punho e constava a minha assinatura em todos. Quando puxei o arquivo “Músicas que escutei”, vi que o arquivo crescia para conter todo o seu conteúdo.

Depois de puxar uns 4 ou 5 metros resolvi fechá-lo envergonhado. Não somente pela qualidade depravada das músicas, mas também pelo vasto tempo perdido que todo aquele arquivo representava.

Cheguei então num arquivo intitulado “Pensamentos sensuais”. Senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. Abri a gaveta somente um pouquinho, pois não estava a fim de testar o tamanho, e tirei um dos cartões. Fiquei todo arrepiado com o conteúdo.

Senti-me mal em saber que este momento havia sido gravado. Uma raiva animal tomou posse de mim. Um pensamento tomou conta de mim: “Ninguém deve saber da existência desses cartões! Ninguém deve entrar nesta sala! Tenho que destruir tudo!”

Em frenéticos e loucos movimentos puxei uma das gavetas, estendendo metros e metros de conteúdo infinito. O tamanho do arquivo não importava. Nem o tempo que eu levaria para destrui-lo.

Quando a gaveta saiu, taquei-a no chão, de cabeça para baixo, e descobri que todos os cartões estavam grudados! Fiquei desesperado e peguei um bolo de cartões para rasgá-los. Não consegui. Peguei um. Era duro como aço quando tentei rasgá-lo.

Derrotado e cansado, retornei a gaveta de volta ao seu lugar e encostando minha cabeça contra a parede, deixei um triste suspiro sair de mim. Foi então que eu vi: um arquivo novo, como se nunca tivesse sido usado. A argolinha pra puxar brilhando de limpa debaixo do título “Pessoas com quem falei de Cristo.”

Puxei o arquivo – 5 centímetros de comprimento. Eu podia conter os cartõezinhos em minha mão. Aí, então, as lágrimas vieram. Comecei a chorar. Soluços tão profundos que machucavam meu estômago e me faziam tremer todo. Caí de joelhos e chorei mais e mais.

Chorei de vergonha, de pura vergonha. A infinita parede de arquivos, já embaçada pelas minhas lágrimas olhava de volta para mim, imóvel, insensível. Pensei: “Ninguém pode entrar aqui. Tenho que trancar esta sala e destruir ou esconder a chave.”

Quando enxugava as lágrimas eu O vi. Não! Ele não! Não aqui! Todo mundo, menos Jesus! Olhei-O, sem poder fazer nada, enquanto ele aproximou-se das gavetas e começou a abri-las, uma por uma, lendo os seus conteúdos.

Eu não podia ver a Sua reação. Nos momentos em que tomava coragem suficiente para olhar em Seu rosto, eu via um tristeza bem mais profunda do que a minha. E parece que Ele ia exatamente nos piores títulos. E Ele tinha que ler cartão por cartão?

Finalmente, Ele virou-se e ficou me olhando, desde o outro lado da sala onde estava. Olhou-me com dó em Seus olhos. Não havia nenhuma raiva. Abaixei a cabeça e comecei a chorar, cobrindo minha face com as mãos. Ele andou até mim, abraçou-me, mas não me disse nada.

Ah! Ele poderia ter dito tantas coisas! Mas não abriu a boca. Simplesmente chorou comigo. Depois, levantou-se e dirigiu-se para a primeira fila de arquivos. Abriu a primeira gaveta, numa altura que eu não alcançava, tirou o primeiro cartão e assinou o Seu nome.

E assim começou a fazer com todos os cartões. Quando percebi o que Ele estava fazendo gritei “Não!” bem alto, correndo em Sua direção. Tudo o que eu podia dizer era: “Não!” “Não!”. Seu nome não deveria estar nestes cartões. Mas ali estava, escrito num vermelho tão rico, tão escuro e tão vívido.

O nome de Jesus cobriu o meu. Estava escrito com Seu próprio sangue. Ele olhou para mim um tanto triste e continuou a assinar. Nunca entenderei como Ele assinou todos os cartões tão depressa, pois quando me dei conta, Ele já estava ao meu lado.

Colocou a mão no meu ombro e disse: "Está consumado."

Levantei-me e Ele levou-me para fora daquela sala. Não existia fechadura na porta, e ainda existem muitos cartões a serem escritos…" Autor Desconhecido

23 de setembro de 2010

Lembranças do passado

Hoje fiz fígado de boi para o almoço e como num passe de mágica ,enquanto preparava o prato, fui parar em algum lugar do meu passado. Me lembrei da minha infância, da minha adolescencia rebelde. Me lembrei das gargalhadas que dei quando ouvi o meu irmão nervoso dizer à minha mãe que não comeria aquela "carne preta" (fígado) que ela tinha feito para nós e perguntando se ela havia desaprendido a cozinhar. Me lembrei das vezes que mesmo sem querer proferi uma palavra feia que acabou magoando os meus pais.

As lágrimas escorreram pelo meu rosto e senti uma necessidade enorme de perguntar a minha mãe se ela ainda se lembra das nossas rebeldias do passado e se ainda há alguma mágoa das vezes que a machucamos. Senti vontade de pedir perdão por tantas coisas ruins que já fiz, mesmo quando nem tinha noção do que era certo e errado. Foi o que fiz assim que amanheceu o dia lá no Brasil e sabe o que ouvi?

"Larga de ser boba minha filha. Claro que não me lembro de nada disso. Todos nós erramos e falamos coisas ruins, mas tudo isso ficou no passado. Hoje mesmo estava de joelhos orando e agradecendo a Deus a filha maravilhosa que tenho. Sou agradecida por tudo o que você tem me feito. Você tem me ajudado tanto e oro a Deus que Ele atenda todos os desejos do seu coração, por que você é uma boa filha e merece o melhor."

Como é bom ter a chance de voltar atrás, reconhecer nossos erros e pedir perdão. Quantas pessoas não tem a mesma sorte, pois vivem deixando para se arrepender e consertar os seus caminhos depois, sem ter a certeza que o amanha vai chegar. Vivem colecionando amargura e vivem cheias de medo e dúvidas, passam a vida toda sem enxergar o caminho da paz e nunca alcancam a felicidade plena. Como é bom saber que o verdadeiro amor supera todas as coisas ruins e é capaz de apagar todos os nossos erros, lançando-os num lugar de onde jamais serão resgatados.

"Honra a teu pai e a tua mãe, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra"
(Efésios 6:2-3)


22 de setembro de 2010

Ah, os médicos alemães...

Na semana passada fui ao ginecologista. Queria saber se está tudo bem comigo já que o plano é engravidar o mais rápido possível. Sempre achei que essa era a primeira providência quando se deseja um bebê. Também queria saber quando devo começar a tomar o ácido fólico, vitamina que ajuda na formação do tubo neural da criança, indicado para os meses que antecedem a gravidez e também durante o primeiro trimestre.

O médico não fez nenhum exame. Só perguntou se eu tinha engravidado facilmente do Miguelzinho e quando eu respondi que sim, disse que então estava tudo bem para eu engravidar de novo. Fiquei com aquela cara de "simples assim?", "não vai nem olhar o colo do útero, fazer o meu exame de prevenção anual, nadinha de nada? E as vitaminas, seu doutor?" Bom, quanto as vitaminas ele disse que é bom tomar e que não precisava ser agora e sim quando eu engravidasse. Nem preciso dizer que já corri na farmácia e comecei a tomar, né?

Sai de lá um tanto decepcionada, mas a verdade é que até hoje não achei nenhum médico por aqui que merecesse uma nota 10, apesar de conhecer pessoas que deram mais sorte aqui que no Brasil. Acho importante se ter confiança no profissional que te atende e por isso vou procurar outro médico para me acompanhar durante a gravidez, mesmo que isso signifique me deslocar para outra cidade, já que ele é o único ginecologista da cidade onde moro.

Na gravidez do Miguel tive o mesmo problema. Escolhi um médico em outra cidade por que era o único que falava português, mas viajar 1 hora e meia de onibus para uma consulta pode ser um tormento para uma grávida principalmente nos primeiros meses. Agora com o alemão que tenho me sinto segura para procurar um numa cidade mais próxima. Vamos ver se dessa vez eu arrumo um médico que ajude a mudar a minha opinião sobre os profissionais daqui, e que me encoraje a encarar a aventura que pode ser ter um filho por essas bandas.

21 de setembro de 2010

Não olhando as circunstâncias da vida

Tenho passado por momentos muito difíceis nos últimos dias. Provavelmente tenho vivido o pesadelo da maioria das pessoas que moram fora de seu país e longe da sua família. Minha mãe está doente e o médico já diagnosticou algo grave, provavelmente cirúrgico. Estamos tentando um último tratamento com medicamentos, pois a cirurgia é de risco. Ontem conversando com o Bebeto, ele disse que está preocupado comigo. E eu disse a ele que não se preocupe, pois estou muito feliz, tranquila, serena e confiante que todas as coisas sairão de acordo com a vontade de Deus. Meu papel é ter fé, é levar até Deus tudo o que me aflige e confiar na Sua bondade, misericordia e amor que se renovam a cada manha na minha vida. E é isso o que tenho feito e vivido nesses dias.

Estranhamente, apesar de todas as noticias ruins, tenho vivido também dias muito felizes, dias de uma fé inabalável, dias de uma paz sem fim. Claro que sofro em saber que alguém que amo tanto está passando por tanta dor. Mas a cada luta que tenho enfrentado, tenho me sentido mais forte e mais próxima de Deus. Como se eu estivesse dando passos que me levam direto ao trono Dele. Ainda que os meus olhos não enxerguem o que Ele vai fazer, eu tenho agradecido por tudo. Ainda que eu não veja, eu tenho louvado incessantemente e tenho esperado Nele a cada novo dia, sem permitir que nada me aflija ou abale a minha fé. Tenho consagrado a Ele cada um dos meus dias e tudo o que me pertence e não tenho me decepcionado em nada. Ele tem sido fiel em todas as coisas, bondoso e misericordioso apesar de não existir nada de especial em mim, apesar de tanto pecado.

Nem sei por que estou escrevendo isso no blog. É algo tão pessoal, tão meu e que talvez não seja interessante para outras pessoas. Ao mesmo tempo eu tenho direito de não compartilhar algo tão maravilhoso? Existem tantas pessoas sofrendo nesse mesmo momento, com motivos parecidos ou diferentes do meu e que não sabem onde encontrar paz e serenidade. Talvez as minhas palavras possam servir como luz para que essas pessoas enxerguem o mesmo caminho que eu enxerguei e que possam experimentar a mesma paz e confiança de que, independente das circunstancias da vida, nada é impossível para Deus.

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas”. Habacuque: 3:17-19

20 de setembro de 2010

É dia de (des)faxinar!

Sabe aqueles dias que você precisa ser mulher maravilha? Hoje meu dia foi assim. Estávamos esperando um homem da imobiliária que viria olhar o apartamento (ah, acho que não contei que vou mudar, né?) e por isso a casa tinha que estar impecável. Ou seja, faxina em pleno domingo, já que hoje também era meu primeiro dia de trabalho lá no asilo (também não falei que ia ajudar lá no asilo né? Fez um bem danado para o alemão e para a minha alma. Como é bom dar e receber amor).

Já viu alguém animar fazer faxina no domingo? Nem eu! Claro que empurrei tudo para hoje, exceto catar todos os brinquedos do Miguel com a ajuda dele e do papai. Trabalho inútil, já que a chave do Bebeto sumiu misteriosamente no fim de semana e tivemos que também inutilmente jogar todos os brinquedos para fora da caixa em busca da chave perdida. Depois é claro do despertador ter tocado e a gente ter dormido de novo, perdendo a hora e atrasando os compromissos dos três. Lei de Murphy?

Com meus super poderes de mulher maravilha, consegui colocar tudo em ordem a tempo do homem chegar, mas confesso que estou um caco. Agora olhando tudo no lugar, estou me perguntando onde vou encontrar coragem para "desarrumar" tudo novamente ainda em busca da chave. Acho que nem usando meus super poderes vou conseguir descobrir um outro jeito do buraco negro devolver. Então o jeito é (des)faxinar e sem perder o humor, afinal hoje é segunda feira e a semana só está começando!

Fonte imagem: Google

18 de setembro de 2010

Quando eu estou feliz...

É engraçado mas sempre que me sinto feliz tenho essa imagem na minha cabeça. Me vejo correndo em altas colinas, em campos verdejantes e ao meu redor posso ver um lindo horizonte. Cabelos ao vento, saia rodada, céu azulado e raios de sol sobre a minha pele. Nesses últimos tempos, mais que nunca, é assim que me sinto em todo o tempo, por que o meu coração transborda de alegria sem fim...

Alegrai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
Filipenses 4:4

17 de setembro de 2010

Sentimentos: Perdão

Não estou falando daquele perdão da boca para fora, mas daquele que vem do coração, aquele que supera toda mágoa e rancor. Aquele que é capaz de passar por cima de coisas inimagináveis e lançá-las no mar do esquecimento. Mas, perdoar nem sempre é fácil. Como esquecer uma traição, uma mentira? Como perdoar alguém que nos ofendeu com palavras torpes, que nos difamou, que nos causou dano? Tem gente que se julga incapaz de perdoar, tem gente que acha o perdão uma atitude divina. Sim, ele é divino, mas Jesus foi exemplo vivo de amor e perdão enquanto homem, vazio da sua gloria e majestade, provando que também somos capazes de perdoar, por mais difícil que isso seja aos nossos olhos.

Quando a gente se dispõe a perdoar, a apagar os ressentimentos , a tirar do coração o peso do rancor e da mágoa nos sentimos livres, plenos, felizes. É impossível falar de perdão sem falar de amor, compreensão, bondade, paciência e arrependimento. Sejamos sinceros, você acha mesmo que nunca magoou ninguém? Que nunca feriu uma pessoa que ama, mesmo quando estava agindo corretamente? A gente erra o tempo todo e também precisa alcançar perdão das pessoas com quem convivemos. E se não somos capazes de perdoar, será que merecemos sermos perdoados? Como podemos amar alguém verdadeiramente, se não formos capazes de perdoar as suas falhas e de reconhecer que também falhamos?

Como eu já disse, fácil não é. E como tudo o que sentimos, é uma escolha que fazemos diariamente; e como tudo o que espalhamos, reflete também em nós mesmos; e como tudo que plantamos, vamos colher em algum momento da nossa vida. Eu escolhi perdoar,mas confesso que já tive vontade de matar alguém e de me suicidar. Eu lutei muito para me provar que tinha motivos de sobra para não passar por cima de todo o mal que me fizeram. Mas, permiti que o poder do perdão enchesse a minha alma de paz e hoje sou livre para viver com toda qualidade e felicidade que mereço.

Perdão tem a ver com religião? Aos meus olhos não. Perdão tem a ver com Deus, com o amor incondicional que Ele ainda tem por nós, apesar de tudo o que a humanidade já fez e ainda faz. Com Seu amor incondicional que O fez enviar Jesus, seu único filho que teve todos os motivos para não perdoar, se libertar da cruz. Ele tinha poder para isso, mas pelo contrário num gesto de amor, decidiu perdoar o povo que gritava "crucifica-o, solte-nos Barrábas" (condenado por assassinato). Por isso e não por religiosidade é que tenho tentado fazer as coisas certas. Tenho me perguntado "o que Jesus faria em meu lugar?", tenho pedido a Ele forcas para errar menos e quando erro me achego a Ele com o coração arrependido e clamo por perdão e isso me dar forcas para perdoar também. E assim a vida vai seguindo bem mais leve...

Esse texto faz parte da blogagem coletiva sobre sentimentos proposta pela Glorinha do Café com Bolo.

16 de setembro de 2010

Por que a vida é agora

O que voce vai fazer com o seu próximo minuto?


Novo momento

"Tentante é o termo obstétrico-popular que se usa para designar futura mamãe ativa, ou seja, aquela mulher que decidiu que quer engravidar e está correndo atrás disso ou simplesmente deixando que aconteça."

A boa noticia é que nesse momento eu me encaixo perfeitamente nesse termo ai de cima. Então daqui a pouco tempo já não seremos 3, mas 4! E estamos muito felizes pois sabemos que essa é a vontade de Deus nas nossas vidas e nada melhor do que estar no centro da vontade Dele.

15 de setembro de 2010

Soprando velinhas

"Se guiado por Teu espírito sou,
Não importa o lugar onde estou...
Tu é tudo o que eu preciso."

Ana Paula Valadão

A ideia era passar 1 ano e meio na Alemanha, tempo do mestrado do Bebeto, voltar para o Brasil e seguir a vida do ponto que paramos quando saímos de lá. O tempo passou, os planos mudaram e hoje completamos 4 anos morando aqui. Quatro anos que não foram feitos só de momentos bons, mas também de momentos difíceis, obstáculos que tivemos que transpor para chegarmos onde estamos. Sei que os anos que virão também serão assim.

Morar fora é uma escolha difícil de se fazer, um caminho que exige coragem, determinação e muita forca. Mas é por isso que não somos um só para trilhar esse caminho. Somos três caminhando de mãos dadas, dispostos a seguir em frente e certos de que temos dentro de nós nosso maior tesouro e que ele está conosco em qualquer lugar onde estivermos. Transcrevo abaixo uma parte do texto que escrevi no ano passado quando completávamos 3 anos e que é a forma como ainda me sinto em relacao a nossa vida aqui.

"Rimos, gargalhamos, mas nem sei quantas vezes choramos. Batalhamos muito, investimos muito de nós, abrimos mão de muitas coisas, vencemos preconceitos, sacrificamos muitas coisas, crescemos juntos e em tudo fomos vitoriosos. Construimos aqui a nossa vida, o nosso lar, encontramos o lugar onde somos delirantemente felizes.

Não sei quanto tempo ainda vamos viver aqui, mas aprendi nesses 3 anos, que podemos e devemos ser felizes em qualquer lugar do mundo, falando português, alemão ou mandarim, comendo chucrutes, tacos ou arroz com feijão, com temperaturas beirando o -20 ou 40 graus. Se adaptar, vencer as dificuldades e aceitar as diferenças só depende de nós. Não vale a pena viver lamentando as diferenças e chorando o que ficou para trás. A saudade existe mas ela não deve nos impedir de seguir nosso caminho, afinal a vida é curta e não podemos perceber isso tarde demais."


14 de setembro de 2010

Volta às aulas

Amanhã depois de quase dois meses de férias recomeçam minhas aulas de conversação e eu confesso que por pura preguiça, falta de ânimo, nenhuma motivação e vontade fazer absolutamente nada, passei os últimos 50 dias de pernas para o ar e não li absolutamente nada, nenhuma linha sequer de alemão. Se eu não li, nem preciso dizer que também não falei e não ouvi, né? Exceto em alguns pequenos encontros com conhecidos alemães, ocasiões onde também percebi que meu alemão tá fraquinho das pernas.

Gramática, vocabulário, livro e qualquer outra coisa relacionada a escola, nem sei por onde anda. Já to prevendo o sermão da professora, me dizendo que preciso me dedicar mais. Eu sei e sei também que ela aprende 100 novas palavras de espanhol por dia e por isso gostaria de ver isso na sua aluna preferida. Aprender uma nova língua, principalmente alemão por seu grau de dificuldade, requer dedicação. Agora eu nao tenho culpa se a minha foge em tempos de sol e calor e se se esconde em tempos de frio? :)

Brincadeiras a parte, é engraçado como a gente se arrepende de ver o tempo passando e saber que poderíamos ter dado mais de nós para chegarmos a algum lugar. E que bom quando a gente enxerga isso e ainda tem tempo pela frente para consertar as coisas. Portanto, deixa eu finalizar o post e ir correndo devorar algumas linhas de alemão para ver se até amanha as 9 da matina, eu consigo melhorar alguma coisa para impressionar a frauzinha. Mas, caso não consiga tenho um plano B. Vou fazer uns pães de queijo e um bolo de milho e chamá-la para tomar café da manhã comigo. Entre os elogios à culinária brasileira e os momentos de mastigação restará pouco tempo para os puxões de orelha. :)

13 de setembro de 2010

Miguelzinho musical

Alguns momentos dispensam palavras...

10 de setembro de 2010

Sentimentos: Orgulho

Há tantas coisas das quais posso me orgulhar! Tenho orgulho de ser quem sou, da pessoa especial que me tornei no decorrer da minha vida. Tenho orgulho de ter vencido tantas adversidades. Filha de pais separados, tive que conviver com uma madrasta má, encarar o alcoolismo e drogas do meu padrasto, me tornar ainda adolescente, mãe dos meus irmãos mais novos tentando reparar a falta que a presença dela fazia para nós, tive que encarar a quase morte da minha irmã, a tentativa de suicídio do meu irmão. Tenho orgulho de depois de tantas coisas ruins, poder dizer com convicção que sou feliz, que superei todas as mágoas, que já arranquei de mim todo rancor, que já perdoei tudo e todos e que me sinto em tudo isso completamente vitoriosa.

Tenho orgulho da minha família, dos meus pais que me ensinaram os valores que hoje são os pilares da nova família que eu e o Bebeto estamos construindo. Tenho orgulho dos meus irmãos, que também passaram pelas mesmas adversidades que eu, mas que estão seguindo em frente e que também vão superar e encontrar a paz verdadeira que eu encontrei. Tenho orgulho do meu marido, do coração enorme que ele possui, maior das suas qualidades. Tenho orgulho do meu filho, a maior dádiva que recebi. Tenho orgulho dos amigos que fiz, tesouros que encontrei no caminho que trilhei até aqui.

Tenho orgulho de dizer que na minha casa não há lugar para sentimentos ruins, aqui reina o amor, a alegria, a esperança, o perdão, a amizade a fé. Tenho orgulho das nossas conquistas. Das grandes, das pequenas. Eu sei que cada uma delas é um presente de Deus para nós. Tenho orgulho de conhecer Deus de verdade. Não pelos olhos de uma religião, mas com os olhos do meu coração. Tenho orgulho de saber que Ele não me desamparou em nenhum dos momentos difíceis que eu vivi, ao contrário, me atravessou no colo enquanto eu andava no deserto da minha vida.

Tenho um orgulho danado de reconhecer que não sou nada, absolutamente nada diante da grandeza de Deus. Sou um pequeno grão de areia, num mundo cheio de grãos de areia. Tenho orgulho de reconhecer que sou igualzinho a você e que você é igualzinho a mim. Não há ninguém pior ou melhor que ninguém. Tenho o orgulho bom, aquele que me faz reconhecer as boas coisas que tenho por perto, valorizá-las e ser agradecida por elas. Aquele orgulho bom que me impulsiona a trabalhar mais em busca da realização dos meus sonhos. Aquele ruim, que faz de algumas pessoas soberbas, arrogantes, cheias de si, cegas por achar que não precisam de ninguém, esse nunca encontrou, nem encontrará lugar no meu coração.
Esse texto faz parte da blogagem coletiva sobre sentimentos proposta pela Glorinha do blog Café com bolo.

9 de setembro de 2010

Banho de água fria

Finalmente vou poder tomar um banho de chuveiro depois de 10 dias sem água quente em casa. Isso por que falamos para o proprietário que era urgente, já pensou se não fosse? O aparelho que aquece a água pifou e custa uma pequena bagatela de 900 euros com impostos e montagem. Em nenhum momento se cogitou arrumar o antigo, mesmo por que a mão de obra é muito cara por aqui e na maioria das vezes sai mais caro que pagar por um aparelho novo. Demorou assim, por que o proprietário estava evitando o inevitável que é ter que desembolsar quase 3 meses de aluguel. Mas o que nao tem remédio, remediado está... Ele teve que colocar a mão no bolso e pagar a conta.

Os 10 dias demoraram demais a passar, pelo menos para mim que não sou a maior fã de banho de caneca e muito menos tenho coragem de encarar um banho de água fria, principalmente quando a temperatura da água não passa dos 18°. Mas, esses 10 dias me fizeram refletir em como nós não damos valor a pequenas coisas que temos no dia a dia, como água tratada, energia elétrica, moradia, comida na mesa. As vezes é preciso sermos privados de algo, para enxergarmos o quanto somos privilegiados por vivermos uma vida que nem todo mundo tem a chance de viver. Já pensou em quantas pessoas não tem chuveiro com água quente em casa? Ou em quantas pessoas não tiveram o que comer no almoço de hoje? Difícil ter a noção disso, principalmente quando a nossa barriga tá cheia, nossa casa tá quentinha e temos nosso salário guardado na conta bancária garantindo tranquilidade para o restante do mês.

E a gente segue a nossa vida, reclamando por que a linha telefônica não funciona como deveria, que a internet é muito lenta, que a televisão tá chiando um pouco, que nosso celular não tem a resolução boa para fotos, que tomar banho quente de caneca é ruim. De verdade, tenho repensado muito no que realmente tem valor para mim e tenho me preocupado por ter feito tão pouco para as pessoas que precisam de tantas coisas por ai. E não se enganem: há mais pessoas que necessitam de ajuda do que pessoas que podem ajudar. Ajudar ou não só depende de nós. Enxergar uma solução mesmo que pareça pequena aos nossos olhos ou simplesmente cruzar os braços, também.

Além disso, não vos esqueçais de fazer o bem e de partilhar as coisas com outros, porque Deus se agrada bem de tais sacrifícios." - Hebreus 13:15-16

7 de setembro de 2010

Coisas que eu não quero esquecer

"Os filhos são herança do Senhor." Salmo 127:3

* Você joga todos os seus brinquedos preferidos debaixo do sofá e quando precisa de algum vem pedir a minha ajuda para arrastá-lo pela sala.

* Você fala o dia todo, mas ainda não entendemos tudo. É uma língua própria, talvez a mistura do alemão com o português. Mas, as vezes nos assustamos com as palavras que você escolhe para dizer claramente: teleskop, computador, por favor...

* Você adora ajudar. Assim que termina de comer leva o prato e coloca na pia. Se come um chocolate leva a embalagem e joga no lixo. Me ajuda a carregar as coisas pesadas, me ajuda a fazer a salada, a levar o bolo para assar no forno.

* Você adora tomar banho, mas tem dias que você não quer e nem adianta insistir.

*Você aprendeu abrir a geladeira e viciou em iogurte de baunilha com bolinhas de chocolate. Se deixar você come todos os iogurtes da geladeira em questão de segundos.

* Um dos seus passatempos prediletos é assistir vídeos de trens no youtube.

* Você adora completar as musiquinhas que a mamãe canta pra você. Também adora falar o aeiou.
* Você é tão carinhoso! Adora me encher de beijos. Adora subir em cima da mamãe e do papai pra brincar ou simplesmente para ficarmos juntos.

* Você não larga o trenzinho que a mamãe te deu de presente. Você acorda, dorme, almoça, toma banho e passeia para todos os lugares com esse trenzinho. Você já perdeu alguns por ai, mas a mamãe comprou alguns substitutos para você não ficar sem seu brinquedo favorito.

* Você odeia sujar a suas mãos ou os seus pés.

* Você é musical! Adora cantar, adora dançar e a mamãe já fica sonhando em te ver dançar, cantar ou tocar pelo mundo.
*Você faz uma carinha muito linda quando a mamãe traz a comida pra você e sempre solta um "hummmmmmmmm".

*V0cê adora Mc Donalds. Você come o hamburguer, a mc fritas e toma o suco e ainda come um pedaço do sanduiche da mamãe que fica sem saber para onde vai tanta comida.

*Você adora jogar Sonic com o papai.

*Você não troca um prato de salada por nada, nem por Mc Donalds, pizza ou batata frita. Gosta de alface, tomate, pepino, brocolis, cenoura, couve-flor, rabanete... E eu fico sempre pensando: quem será que você puxou?

Cada dia que passo me orgulho mais e mais de ter você, meu filho amado, na minha vida! E cada pequena coisa que você aprende, cada sorriso que você dá, cada palavra nova que sai da sua boca, enchem o meu coração de alegria e de certeza que sem você eu jamais seria tão completa, tão feliz! Obrigada meu Deus, por esse presente tão especial!

P.S: Hoje você deu o seu primeiro beijo na boca. Tudo bem que foi um acidente e a italianinha praticamente forcou o beijo, mas a mamãe queria muito ter registrado com a máquina aquele momento que certamente ficará registrado dentro do coração.

6 de setembro de 2010

Para quem quer estudar na Alemanha

Na próxima semana chegam mais dois brasileiros por aqui. Um para fazer o mestrado de microssistemas e um graduando de engenharia que vem para fazer intercâmbio por 6 meses. Com essa noticia acabei me dando conta que nunca falei do convênio que a universidade daqui tem com a Puc Minas. Não estou ganhando pela propaganda, viu? Mas acho que o que é bom e útil deve ser divulgado. E tem muita gente por ai tentando descobrir um jeito de estudar no exterior e acaba não conhecendo as oportunidades que a própria universidade oferece, por falta de divulgação, ou por algum outro motivo qualquer. Então vale a pena dar uma olhada no setor de relacoes internacionais ou no site da universidade.

Mas, você não precisa ser estudante da Puc para conseguir uma vaga por aqui. Você pode se candidatar sem intermediarios. O melhor é que os cursos não são só na área de engenharia, e a faculdade tem outros campos em cidades um pouquinho maiores. :) Para saber mais sobre a universidade e os cursos disponíveis basta clicar aqui. No canto direito da página você poderá acessar a versão em inglês. Ah, tem muito curso que é ministrado todo em inglês, para aqueles que se arrepiaram com a ideia de terem que dominar o alemão para conseguir uma vaga por aqui.

Ah, e mais uma dica. O DAAD (serviço alemão de intercâmbio acadêmico) está fazendo uma turnê pelo Brasil para divulgar oportunidades de estudo, pesquisa e estágio aqui na Alemanha. Quer saber mais? Clique aqui, mas não demore que a turnê já começa na semana que vem.

Tem alguma curiosidade ou dúvida e quer me perguntar? Deixe o seu comentário ou envie um email para delirantementefeliz@googlemail.com.

5 de setembro de 2010

Hoje eu quero ficar assim...

"Amar é querer estar perto, se longe; e mais perto, se perto."
Vinícius de Moraes

4 de setembro de 2010

Viagem para a Europa - O que levar no outono

Comecei a dar dicas do que trazer para a Europa nesse post aqui, mas apesar do verão não ter acabado oficialmente, o outono já começa a mostrar a sua cara. Os dias começam bem frios, com chance de geada pela manha, e vão esquentando no decorrer do dia chegando na casa dos 20° graus. A temperatura é bem amena e agradável e o único ruim dessa época é que ainda temos uma quantidade razoável de chuva. Agora se você procura uma época linda para conhecer a Europa, o outono é a melhor pedida. As árvores coloridas, as folhas espalhadas pelo chão, os lindos dias de sol dão um colorido especial nas fotos e na alma da gente.

Eu vim para a Alemanha em setembro e me lembro de trazer uma mala gigante com todas as roupas de frio que eu tinha no Brasil. Também me lembro de ter feito uma grande compra de roupas por lá e claro me arrependi por que não usei tudo que enfiei nas minhas duas malas de 32 quilos. Não peque pelo excesso, vá por mim, não vale a pena trazer o Brasil todo pra cá. Ah, algumas dicas do post anterior valem para qualquer época do ano, então não deixe de ler.

Geralmente as roupas do inverno brasileiro seguram o frio dessa época. Calcas jeans, calcas de sarja ou algodão (que podem te deixar mais a vontade e que pesam menos), blusas de manga comprida, algumas de manga curta, casacos, pullovers, sao boas opcoes para voce. As leggins estao em alta por aqui e ficam lindas com um vestido ou uma blusa mais larga e mais comprida. Ah, uma boa pedida é trazer um casaco impermeável que vai ajudar na hora da chuva. Nessa época você pode usar também os cachecóis, que dão um up no visual e protegem a garganta do vento frio nas horas que a temperatura estão mais baixas.
Quanto aos sapatos, fique com os confortáveis. Tênis, bailarinas (sapato oficial do outono por aqui) e botas que voltam a todo vapor. Dê preferência aos sem saltos se sua intenção é caminhar pelas ruas e desvendar a beleza daqui. Mas, se fizer questão, traga saltos menores e mais grossos. Ninguém erra quando usa o que gosta e o que sente bem. Isso é moda na minha opinião, e vale pra qualquer lugar do mundo.

Em novembro os dias começam a esfriar mais um pouco e existe a possibilidade de nevar. Se você vem nessa época traga também toucas, luvas, meia calca mais grossa, ceroula para os homens e um bom casaco (se puder compre aqui, vale mais a pena). E não fique inseguro, as roupas aqui são bem mais em conta que roupas no Brasil, claro que existem as roupas de marcas famosas que também são caras. Mas, sempre existe a opção de trazer pouco e ir comprando a medida que você precisar. Não vai ser uma delicia sair daqui com algumas lembranças, sem ter que gastar horrores para isso?

Ficou alguma dúvida sobre a Europa que você gostaria de me perguntar. Fique a vontade em deixar um comentário ou mande um email para delirantementefeliz@googlemail.com.

Fonte imagens: http://www.stylefruits.de/ e http://www.hm.de

3 de setembro de 2010

Sentimentos: Felicidade

"A felicidade é uma gama de emocoes ou sentimentos que vai desde o contentamento ou satisfação até à alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem ainda o significado de bem-estar ou paz interna. Em linguagem comum, quando se diz "estou feliz", está-se a utilizar o primeiro significado — o de emoção. Enquanto que se se diz "sou feliz", se está a utilizar o significado de bem-estar." Wikipedia

Uma coisa ninguém pode negar, independente do caminho que a gente escolhe seguir, todos caminhamos em busca da felicidade. Quem não quer ser feliz, se sentir bem em todos os momentos, ter o coração cheio de gozo e alegrias sem fim? Para muitos a felicidade não existe. Há quem acredite que ninguém pode ser feliz o tempo todo, que existem momentos felizes, momentos em que a gente se sente bem e completo, mas que esses momentos passam como todas as outras coisas na nossa vida. Há quem busque a felicidade nas outras pessoas, num amor correspondido, no nascimento de um filho, na realização do sonho de uma vida inteira. Há quem acredita que sua felicidade depende de coisas externas. Há quem acredita que a felicidade é privilegio de poucos. Há quem acredita que não merece ser feliz.

Ao contrário de muita gente eu acredito na felicidade eterna e tenho comprovado que ela é muito mais que simples momentos. Acredito que é muito fácil encontrá-la e que ela é privilegio de todos que escolham tê-la, por que a felicidade depende do desejo de cada um. É você que permite ou não que ela entre em sua vida e é você que também escolhe não deixá-la sair. Enquanto muita gente acha que precisa andar longe atrás dessa tal felicidade, aprendi que ela está dentro da gente. É claro que é preciso percorrer o caminho do auto conhecimento, uma longa viagem dentro do nosso coração e da nossa alma. Só assim saberemos de verdade o que pode preencher o buraquinho aberto que existe dentro de cada um de nós. E quando encontrarmos algo do tamanho desse buraco, seremos completamente felizes e pode acreditar, a verdadeira felicidade não nos abandona, nem mesmo nos momentos de tribulação e dificuldades dessa vida. Claro que as lutas vem, as dores, as perdas, os obstáculos, as angustias... Não estamos livres de passarmos por momentos difíceis, mas quando se é feliz de verdade, nada pode arrancar a alegria e o gozo do nosso coração.

Você já ouviu falar em bem aventuranca? Bem aventuranca significa uma alegria eterna, a verdadeira felicidade. Aquela que nada, nem ninguém pode tirar de nós. Clique aqui e se encha também dessa felicidade.



Esse texto faz parte da blogagem coletiva sobre sentimentos proposta pela Glorinha do blog Café com Bolo.

2 de setembro de 2010

O tempo

"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará." (Quintana
)

1 de setembro de 2010

Esses dias... (curtas)

Na sexta fui tomar café da tarde na casa de uma brasileira que conheci e que já mora em Furtwangen há 10 anos. Uma pernambucana muito legal, que já ganhou a minha admiração e carinho por ter vencido tantas adversividades, dando a volta por cima e sendo um exemplo de garra e determinação. Dá para acreditar que só fomos nos conhecer agora, 4 anos depois da minha vinda pra cá? O mais engraçado eh que nos conhecemos por causa de uma amiga alemã em comum, o que soa estranho quando se tem conhecidos brasileiros em comum também, não eh? O café foi ótimo e acabei conhecendo também uma indiana muito simpática. Ah, e nesse mesmo café surgiu uma oportunidade muito legal de um trabalho que volto a falar depois, pois essa novidade merece um post só pra ela.

No sábado teve "Trödelmarket"(mercado de pulgas) aqui na cidade. Nessa feira é possível encontrar de tudo: roupas, brinquedos, livros, loucas, quadros, móveis. Teve também uma feira de relógios antigos, onde os relógios mais baratos custam uma pequena fortuna. Uma das festas mais esperadas do ano, a cidade quase não comporta a quantidade de turistas que vem para cá. Infelizmente a chuva atrapalhou um pouco, mas mesmo assim nos divertimos muito olhando as barracas e o Miguelzinho saiu de lá super feliz com o super presente novo que o papai escolheu para ele.

Depois da maratona da semana, passamos o domingo descansando e aproveitamos a chuva para vermos um filme muito legal: "Uma noite fora de série". Se você quer dar boas risadas não deixe de assistir. O filme também traz uma reflexão bem legal sobre o casamento. E para começarmos bem a semana, fomos passar em Stuttgart. A cidade é simplesmente linda e também merece um post especial com dicas. Uma pena a bateria da máquina ter acabado na primeira foto que eu tentei tirar. Coisas da Liza! :)

O aparelho que aquece água para o nosso apartamento parou de funcionar ontem. Ligamos para o vermieter e ele teve a cara de pau de perguntar: "É urgente?" Imagina se é urgência, afinal quem precisa de água quente no chuveiro depois que inventaram o "banho de caneca"?

E hoje nossa semana começou oficialmente. Então, aos poucos volto ao mundo da blogosfera e vou me atualizando nos blogues de vocês.