30 de março de 2011

Para pensar e guardar...

"SE DEUS QUISER ME LEVAR, ELE NÃO PRECISA DE CÂNCER... MAS SE ELE QUISER QUE EU FIQUE, NÃO HÁ CÂNCER QUE ME LEVE! (JOSÉ DE ALENCAR)

28 de março de 2011

O sétimo mês

Eis que finalmente chego ao terceiro trimestre da gravidez, com tudo o que tenho direito: muitos quilos extras, cabeçadas nas costelas, pontapés em todos os orgaos, falta de ar, fome sem fim, sono mais sem fim ainda, idas e mais idas ao banheiro. Não que eu esteja reclamando, mas é realmente a fase mais difícil da gravidez. Mas, a gente passa por isso tão rapidamente que nem se lembra depois. E dá um alivio e uma alegria danada só em pensar que em breve vai ter um bebezinho lindo nos braços.

Por aqui ritmo totalmente acelerado. Agora é preciso cuidados extras e todas as atividades exigem mais tempo e mais energia da mamãe. Ainda preciso comprar muitas coisinhas do enxoval, arrumar a hebamme (ah, hebamme é uma doula que acompanha a mamãe antes, durante e depois do parto), cadastrar no hospital onde vou ter o Davi, escolher o carrinho; pelo menos o quartinho já está pronto.

Essa semana comecei a organizar o chá de bebê, já marquei a data para o book que vou fazer com uma fotografa simplesmente maravilhosa que conheci aqui na blogosfera e comecei a organizar a nossa viagem de comemoração de 3 anos de casados. Muita tarefa para pouquissima energia, mas devagar eu coloco tudo no lugar. Ah, essa semana temos o ultrassom 3D, então daqui a pouco vou poder ver a carinha do meu pequeno, se ele colaborar, é claro!

24 de março de 2011

E depois da faxina...

Dá para acreditar que eu, no meu sétimo mês de gravidez, não dando conta nem de carregar meu próprio peso, tenha oferecido de faxinar o apartamento da vizinha que está de mudança? Eu também não acreditei depois de ver a quantidade de pêlo de cachorro que ela colecionava debaixo dos móveis, tudo devidamente agarrado pela baba do bichinho (um São Bernardo maior que o Miguel!). Eu queria agradecer os móveis e cortinas que ela nos deu e achei que seria simpático da minha parte ajudá-la, pois ela quase não tem tempo para nada.

Sai de lá orgulhosa por ter conseguido, mas prometendo que nunca mais faxino nada, pelo menos nos próximos 4 meses. E isto inclui o meu apartamento (viu, Bebeto!) que essa semana vai fazer estágio com o apartamento de cima e não vai ver nem cheiro de pano de chão ou aspirador de pó. E depois da faxina, foram dois dias de repouso e quase precisei da ajuda de um guindaste para me carregar até a escolinha do Miguel, lugar onde devo permanecer a manhã toda para vigiar a criaturinha que anda aterrorizando as outras criancas, mas isso é assunto para outro dia.Viu, por que os posts estao cada dia mais escassos?

21 de março de 2011

Uma desvirtualizacão muito especial

Desde a primeira vez que a Patrícia apareceu aqui no blog, eu tinha certeza que seria uma dessas amizades que eu carregaria ao longo da vida. Era uma afinidade incrível e a gente podia passar horas no telefone, que sempre sobrava coisas para contar e sempre ficava aquele gostinho de quero mais.

Ela sempre me escrevia emails com as palavras certas que eu precisava ouvir, mesmo quando não tinha ideia do que eu estava passando. Tinha sempre uma palavra amiga, uma mão estendida para me ajudar a levantar dos meu baixos e comemorava junto as minhas alegrias. Uma grande amiga, um presente de Deus para mim. Na verdade, não um presente, mas quatro, já que a família toda encheu a minha casa de luz e alegria.

O mais engraçado é que quando marcamos o dia para nos conhecermos, tive que lidar com uma ansiedade enorme, mesmo não sendo mais marinheira de primeira viagem na arte de desvirtualizar. Tive frio na barriga, medo e até perdi o sono. E o que posso dizer do nosso fim de semana é que foi tão perfeito e especial, que eu desejei durante cada segundo que ele não acabasse. E também desejei que a gente morasse bem pertinho e não a 300 quilômetros de distancia.
Patrícia, Eduardo, Gustavo e Renato: obrigada por toda a alegria que vocês trouxeram para a nossa casa e todo o carinho que vocês nos dedicaram. Eu não acharia, em outro lugar, palavras que pudessem expressar o quanto foi bom tê-los por aqui, então deixo aqui as palavras que compartilhamos ontem, naquele momento tão gostoso de oração e comunhão:

"Para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12:2)

16 de março de 2011

Últimos dias

Estou sumida do blog nos últimos dias, mas por bons motivos. O Miguel começou na escolinha nova e tenho acompanhado bem de perto os primeiros dias, dando suporte para que ele se acostume com a nova rotina e não sinta tanto a separação, já que há quase 5 meses, ele está em casa comigo o dia todo. Os primeiros dias foram muito bons e sinto que ele está feliz. Vejo a ansiedade dele pela manha, esperando a hora certa de ir. Preparamos juntos o lanche, escolhemos a roupa e vamos numa caminhada gostosa, falando a cor de cada carro que passa pela rua. A despedidas tem sido fáceis, pelo menos por enquanto. Claro que já tiveram alguns pequenos contratempos, como um machucado no olho que ele ganhou hoje, depois de ter passado um carrinho no rosto de uma francesinha nervosa que foi logo revidando; nada que um beijinho de mãe não cure.

Estou esperando visitas muito especiais no fim de semana e estou tentando organizar tudo para não assustá-los com a bagunca que se transformou a minha casa, desde o nosso retorno do Brasil (só nao sei se vou conseguir cumprir a tarefa a tempo); então esses também tem sido dias de faxina e de preparação de alguns aperitivos que vão deixar nossos dias ainda mais deliciosos. Não vejo a hora de sábado chegar! Sem falar que entrei na reta de organizar tudo para a chegada do Davi. Ainda tenho 3 meses, mas esses últimos, são os mais difíceis e pesados da gravidez, hora de pisar no freio e andar num ritmo mais lento. Então é agora o momento certo de ir às compras, organizar o quarto, lavar as roupinhas, escolher o hospital, procurar uma Hebamme e mais uma infinidade de coisinhas, que acabam tomando o tempo e me deixando tanto tempo longe daqui.

11 de março de 2011

Cadê a minha paciência?

Por que ninguém é de ferro e tem dias que são bem complicados...


Update: E eu preocupada com tão pouco diante de uma situação tão triste no Japão. Vai entender o ser humano e suas imperfeicoes...

10 de março de 2011

Respondendo ao Caramelo

Eu fui convidada pela Gy do blog Querido Deus, obrigada por me exportar, para participar do quadro Responda ao Caramelo, falando um pouco sobre o cristianismo. Para começar vou falar um pouco da minha conversão. Eu me converti quando tinha 17 anos, num dos momentos mais difíceis da minha vida. Meus pais tinham acabado de se separar definitivamente e meu mundo tinha se aberto debaixo dos meus pés. Eu estava cansada, vazia, não tinha prazer em viver e desejava morrer. Eu precisava achar uma paz que eu não conhecia. Precisava estar nos braços de alguém que me amasse de verdade, sem impor condicoes; alguém que cuidasse de todas as mágoas que eu juntei durante aqueles 17 anos, e que me apresentasse a verdadeira felicidade. Tudo isso eu encontrei quando conheci Deus de verdade. Quando tive uma verdadeira experiência com Ele e quando descobri o quanto Ele havia me amado durante todos aqueles 17 anos tao sofridos, enquanto eu procurava em outro lugar e não conseguia enxergar tudo o que Ele tinha feito e ainda fazia por mim. Sabe, aquele nosso primeiro encontro foi mágico, inesquecivel e arrebatador. Ele realmente preencheu todo o vazio da minha alma e derramou sobre mim uma felicidade tão grande, que nada nesses 16 anos que tenho vivido ao lado Dele me tirou.

A ideia da Gy ao falar do tema, era responder a Lis do blog Apenas um lugar para ser, sobre a relação dela com a religião evangélica e de como ela pondera o que ouve na igreja, se ela se deixa influenciar por tudo o que ouve ou se consegue ter uma identidade própria. Bom, para mim religião não tem nada a ver com servir a Deus. Não é ela quem te aproxima Dele e que te faz se achegar em Seus braços. Na verdade, muitas vezes ela até atrapalha. Quando eu me converti fui para uma igreja batista, mas estou certa que teria tido uma experiência tão tremenda quanto a que tive, se estivesse em qualquer outro lugar. Na minha opinião o que fez e faz a diferença é Jesus. É reconhecer e receber todo o amor que Ele nos oferece. É reconhecer a Sua grandeza e majestade, seu sacrifício numa cruz por cada um de nós, quando nenhum de nós merecemos tal sacrifício. E esse Jesus você nao conhece quando busca religiosidade. Voce só o conhece através da palavra de Deus: a bíblia. É ela que nos leva à verdade, que abre nossos olhos e nossos ouvidos, que enche nossos coracoes e que garante que nós nunca seremos confundidos. É ela quem traz a resposta a todas as nossas perguntas, que nos mostra o caminho certo a seguir, que nos orienta, ilumina, purifica.

Eu acho importante estar no meio de outras pessoas que tem esse mesmo desejo de adorar a Deus, por isso gosto muito de estar numa igreja. Quer um exemplo: não é gostoso quando encontramos nossos amigos e trocamos muitas ideias com eles? A gente aprende um com o outro, divide pensamentos, aprende novas coisas. Funciona assim também numa igreja. Você conhece pessoas que carregam lindas experiências com Deus e que estam dispostas a partilhar isso com você; então você tem oportunidade de aprender, ensinar, partilhar, crescer, amadurecer, amar. Meu foco na igreja sempre foi um só: Jesus e eu sempre me esforcei e orei para nunca perder esse foco. Então se ouço algo que não gosto, se vejo algo que não acho certo, não tomo aquilo pra mim. Guardo dentro de mim o que é bom, o que é errado jogo no lixo. O homem é muito imperfeito e é claro que sempre vai cometer erros em qualquer religião, em qualquer igreja. Se eu me focar nos erros de um pastor ou de uma pessoa da igreja, não vou conseguir ficar em lugar nenhum e vou me preocupar tanto com isso que acabarei me perdendo no caminho. Eu já vi isso acontecer muito. Pessoas que se perdem de Deus e deixam a presença Dele por estarem com seus olhos fixos em coisas vazias e sem importância. Fazem dessas coisas o seu próprio deus e andam por ai vivendo uma vida vazia, tentando preencher o buraquinho insaciável que existe dentro de cada ser humano, com coisas que nunca poderão preencher.

Eu posso até escutar muitas coisas de outras pessoas, mas certamente só guardo para mim o que tenho certeza. E essa certeza vem da palavra de Deus que é infálivel. É lá que eu encontro as respostas e por isso nunca me deixei moldar pela crença de outras pessoas. Claro, que hoje não sou a mesma Liza de 16 anos atrás. Aprendi muito ao longo do caminho e a cada dia tenho aprendido mais. Deus tem feito grandes coisas na minha vida e me ensinado a cada dia através da palavra Dele e das inúmeras experiências que temos tido juntos. Algumas pessoas acham loucura tudo isso. Realmente, as coisas de Deus parecem loucura, mas quando a gente experimenta, sabe que é real. Deus é real! O amor Dele é real! A felicidade que Ele nos dá é real! E ele é o único que pode preencher esse vazio que cada um de nós tem dentro de si.

Gy, obrigada pelo convite. É sempre bom falar da nossa vida com Deus e de como é bom tê-lo caminhando ao nosso lado, nos guiando, nos guardando, nos segurando nos braços quando é preciso.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." Joao 3:16,17

9 de março de 2011

8 de março de 2011

O peso de ser mulher

Estou no sexto mês de gravidez, mas quem vê a barriga se assusta ao saber que o Davi só chega em junho. Se as pessoas se assustam, imaginem eu que tenho que carregar o barrigao, sentir os pontapés, aguentar as dores nas costelas, os apertões na bexiga, as dores quase que insuportáveis no estômago e nas costas. E cumprir as simples tarefas diárias, tem se tornado cada vez mais complicado. Só mesmo fazendo pausas de meia em meia hora, para no fim do dia, ter cumprido alguma coisa da minha interminável lista de afazeres domésticos.

Talvez você esteja se perguntando "mas que papo para o dia internacional da mulher", né? Mas, vida de mulher é desse jeito; tem sua magia e beleza, mas também as suas dores. Ser mulher é difícil sim e não imagino que um homem seria capaz de segurar a "onda" como a gente segura. A gente tem forca, tem garra, não desanima, afinal não pode desanimar. Tem que vencer as dores, ter sempre um sorriso no rosto. Tem que dar conta de duas, três jornadas. Cuidar de filho, de marido e da gente mesmo. Tem que ser dura, sem perder a sensibilidade. Ser mulher é bom, mas só a gente sabe que o peso que carregamos é grande.

Por isso, um dia só é pouco. Para comemorar de verdade, o mundo tem que se lembrar que somos especiais durante os 365 dias do ano. A gente não precisa de um dia para provar que temos direitos, que conquistamos o nosso espaço no mundo. Por isso, pra mim, o dia 08 de marco, é como o dia 09, 10 , 11 e todos os outros. Me comemoro mulher a cada dia; comemoro cada passo que dou e cada pequena vitória que vejo as mulheres darem no seu dia a dia cada vez mais corrido, cada vez mais complicado e estressante, afinal o mundo não tem facilitado pra ninguém.

Então a cada mulher que passa por aqui deixo o meu desejo de um feliz dia 08 de marco e um feliz todo dia em 2011. Você mulher que carrega dentro de si o mais lindo de todos os presentes que Deus deixou. Só você é capaz de gerar uma vida em seu ventre. Essa é a mais bela prova que somos seres especiais e extremamente amados por Deus.

7 de março de 2011

Carnaval em Villingen

O carnaval não é nem de longe a minha festa favorita. No Brasil, eu aproveitava os dias de folga para descansar e fugir da folia. Por aqui, nem feriado é, o que significa que o marido tem que trabalhar e que a minha rotina permanece a mesma. Nos anos anteriores eu até me animei em sair de casa para ver um pouquinho do desfile deles, mas esse ano a "folia" está sendo por conta do Davi que não pala de pular dentro da minha barriga. De qualquer forma me agrada a maneira como os alemães comemoram a data de uma maneira totalmente diferente de grande parte dos brasileiros, apesar que a maioria vive sonhando com o carnaval "pelado" do Rio de Janeiro. Deixo um video com um pouquinho da festa na cidade onde vivo. É ou nao é super diferente? :)

1 de março de 2011

A escolha do nome

Desde que engravidei estava certa que se fosse um menino, daria o nome de Bernardo. O nome do Miguel foi uma escolha minha e do Bebeto, mas foi uma decisão baseada na paixão dele pelo labrador que tinha o mesmo nome. Então, a gente combinou que nesse segunda gravidez, era a minha vez de escolher, claro que mediante aval dele. Bernardo era um nome que agradava aos dois e é um nome fácil de se pronunciar nas duas línguas, o que precisa ser levado em conta quando se mora fora.

Até que um belo dia o Bebeto me perguntou se eu já tinha pensado em Davi. E aquilo não me saiu da cabeça. Um nome curto, forte, com um significado lindo, uma história bíblica maravilhosa e de fácil pronuncia aqui e no Brasil. Mas, eu ainda estava muito dividida. Todo mundo dizia que os dois nomes eram lindos e a família ficou dividida. Até que a pessoa que mais pesou na decisão do nome, começou a pronunciar "Dadi" o dia todo; começou a inclui-lo nas brincadeiras e me convenceu que era o nome perfeito para o irmaozinho que está chegando.

Ontem fomos ver o Davi no ultrassom e graças a Deus vai tudo bem com o bebê e com a mamãe. A médica só comentou que engordei um pouco acima do esperado para um mês, mas que como estava de férias tudo bem. E puxou as orelhas por que preciso beber mais liquido. A gente sempre esbarra nessa minha fraqueza. :)

Fonte da imagem : http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-167551746-poster-quadro-significado-nome-oraco-versiculo-biblico-beb-_JM