23 de junho de 2012

Novos horizontes

 A partir de hoje, é com essa vista que eu vou me deparar todos os dias quando acordar....

P.S. Esse post foi programado. Estarei sem internet nos próximos dias. 

19 de junho de 2012

Para o meu amado Davi!

Filho amado, que Deus multiplique os seus dias e que te faca muito feliz em cada um deles. Que o Senhor seja o centro da sua vida, que conduza os seus passos, inspire os seus sonhos, dirija cada um dos seus pensamentos. Que suas atitudes agradem sempre o coracão do Pai. Que você se cerque da sabedoria e da prudencia; elas serão luz para os seus passos. Que você cresça e seja um homem segundo o coracão de Deus! Esse é o desejo da mamãe e do papai para o seu primeiro aniversário e para todos os outros que virão. Você é um presente de Deus nas nossas vidas! Amo você, solzinho da mamãe! Parabéns pelo seu dia!

15 de junho de 2012

A falsa imagem da vida perfeita

Este post é candidato ao "Melhor post do Mundo, da Limetree". Nao deixe de votar no texto, clicando na imagem  da Limetree aqui do lado.

Tenho pensado muito em como as pessoas criam fantasias em relação a vida dos outros, principalmente se esse outro mora fora do Brasil. Eu mesma convivo com pessoas que pensam que minha vida é perfeita e que o maior dos meus problemas é pensar como vou gastar os milhões de euros que ganho aqui (isso sem trabalhar, é claro!). Quem dera, hein! Pensam que por eu ser casada, mãe de dois filhos, por não precisar trabalhar e ainda morar na Alemanha, vivo a vida dos sonhos. Mas, devo confessar, mesmo correndo o risco de acabar com essa falsa imagem da vida perfeita, que também sou cheia de problemas.

Minha vida está longe de ser um mar de rosas, tem dias que tenho vontade de sumir, eu também choro, também perco a paciência, também me frustro, também queria ter feito algumas coisas de forma diferente, também tenho sonhos que não se realizaram. Tem dias que me sinto fraca, incapacitada para a maternidade e para o casamento e me pergunto que tipo de mãe e esposa estou sendo para a minha família. Também tenho TPM (marido que o diga), também fico brava e morando longe do Brasil, convivo dia após dia com uma saudade enorme.

Viver não é fácil para ninguém, nem para os solteiros, nem para os casados e muito menos para as mães. Nem para quem mora na Alemanha, nem no Brasil, nem em qualquer lugar desse mundo. Os problemas desconhecem fronteiras, atravessam oceanos e acompanham a gente para onde quer que a gente vá. Quando eu vim pra Alemanha, trouxe alguns na minha bagagem, uns resolvi, outros não e aqui ganhei mais alguns. Coisas da vida! Não estou lamentando, ao contrário. Acho que uma pessoa que vive sem problemas não é capaz de dar valor as coisas boas que ela recebe.

O segredo é aprender a lidar com os problemas, não viver pelos cantos se fazendo de vitima e empurrando a vida com a barriga sem coragem de passar por cima e enfrentar aquilo que te faz mal. Essa lição eu aprendi bem, com o tempo, com a maturidade, lidando com as dificuldades da vida a dois, a três, e agora a quatro. Acho que o segredo da felicidade está ai. Perceber que ser feliz não tem nada a ver com ter problemas. Eles existem e pronto. Ser feliz tem a ver com a maneira como você convive com isso. É preciso aprender que a felicidade não está condicionada a uma vida fácil, e que essa vida perfeita não existe nem em filmes de contos de fadas.

Tem a ver também em não viver fazendo comparacoes. A vida do vizinho ou daquele parente que vive lá na Europa não é melhor que a sua. É vida como a sua; com altos e baixos, momentos bons e ruins. Vai por mim, eles enfrentam as mesmas dificuldades no casamento, na educacão dos filhos e também precisam abrir mão de muitas coisas em funcão de outras. Ser feliz só depende da gente aprender a acreditar nessa grande verdade: a gente pode superar tudo o que vier pela frente, pode vencer todas as dificuldades com a forca e a fé que cada um carrega dentro de si e lembrando sempre que viver por mais difícil que seja, vale muito a pena.

* Este texto foi postado originalmente em 11/05/2012 e foi editado para o concurso.

13 de junho de 2012

Hexenloch (Buraco das bruxas)

O que você pensaria se eu dissesse que passei o domingo no "Buraco das Bruxas"? Pois esse é o nome de um lugar lindo que fica bem no meio da Floresta Negra. No fim de semana, fomos visitar uns amigos que moram numa fazenda lá. Eles levam uma vida bem alternativa, sem internet, televisão e sinal de celular.

Adorei passar o dia no meio da Floresta, cercada pela natureza e longe do barulho da cidade grande, se é que pode-se dizer isso de Villingen, com seus 50.000 habitantes. O que sei é que  não conseguiria viver num lugar desses por mais de uma semana, apesar do Bebeto achar uma vida de sonhos. Agora me diz, você se adaptaria à essa vida longe das facilidades que o mundo moderno oferece?

11 de junho de 2012

Fonte inesgotável

Alguém me explica de onde vem a energia dessas crianças, que fonte inesgotável é essa e se eu compro para mim também? Eu realmente não consigo entender como a mãe de um bebê (ops, menino, afinal ele já tem quase um ano) pode estar acima do peso, correndo pra lá e pra cá, num ritmo frenético que coloca qualquer aula de pilates, zumba ou spinning no chinelo.

Eu decido empacotar umas roupas, levo o Davi para o quarto e ele decide brincar de fazer tudo ao contrário. Para cada roupa dobrada na caixa, duas roupas amassadas e babadas no chão. De repente, a brincadeira fica chata, então ele engatinha para a sala e eu penso que vou ter um pouquinho de paz. Começam os gritos. É o Miguel tentando avisar que nesses segundos que se passaram desde a ida do Davi, o mesmo já escalou o sofá e está arrancando todas as teclas do computador. 

Próxima tentativa: Lavar a banheira. Resultado: Banheira limpa e chão repleto de papel higiênico picado. Será que na cozinha dá pra fazer alguma coisa? Infelizmente nao, por que ele já consegue abrir as gavetas, as portas do armário e já aprendeu a abrir a lixeira também. Eu desisto! Vou ali pra sala, sentar no chão e brincar de lego ou de carrinho com os dois. Fala sério: vida de mãe em algum momento é monótona?

8 de junho de 2012

Tempo de despedidas

Faltam 15 dias para a mudança e já começamos o tempo de despedidas. Mudanças trazem um sentimento bom, mas também causam um sentimento estranho no coracão da gente, já repararam? Eu estou extasiada com as boas coisas que vão acontecer na nossa vida a partir de agora. Também estou com um frio na barriga, um certo medo do desconhecido e com um pouco de pesar do que vai ficar para trás. Coisa normal de ser humano, né? Por mais que a gente não queira, acaba se agarrando ao que tem, e não fomos treinados para abrir mão facilmente de nada. A gente se acostuma e se não tiver coragem acaba vivendo estagnado em algum lugar, perdendo as boas chances que a vida trás, por medo, por comodismo, por não enxergar além.

Essa semana andando pela rua, comecei a pensar o quanto fui feliz aqui em Villingen. Há quase dois anos nos mudávamos para cá, com as mesmas expectativas e medos que hoje sinto em relacão a nova mudança. Não poderia ter sido uma escolha mais acertada. Se eu tivesse que escolher uma palavra para descrever tudo o que vivemos aqui seria "gratidão". Como eu sou grata a Deus por esse tempo de alegria que Ele nos proporcionou aqui. Talvez vocês me perguntem: mas foram apenas momentos bons? Não, de forma alguma! Eu tive bastantes lutas aqui. Mas, quando olho para trás e quando penso nas lembranças que me acompanharão, não penso nos momentos difíceis, mas na superacão de todos eles. Nas vitórias, nas muitas conquistas, nos sorrisos. E o balanco é totalmente positivo. Vou carregar boas lembranças e momentos gostosos demais. E vai ficar uma saudade gostosa desse tempo de alegria...

Ah, mas as despedidas! Dessas não gosto e vou continuar não gostando. Claro que dessas não me verei livre enquanto viver, afinal a vida é feitas de idas e vindas, encontros e despedidas. Vou tentando, então, fazê-las mais divertidas. Bolo, pão de queijo e muitos doces para a despedida na escolinha. Almoço com os amigos do trabalho do Bebeto. Festinha com os coleguinhas da escola de música. Assim vamos vivendo esses dias que nos restam aqui. Empacotando os novos sonhos, abrindo mão de algumas coisas que precisam ser deixadas para trás em funcão de outras que certamente nos farão ainda mais felizes e não se esquecendo nunca de que o que realmente importa vai conosco aonde quer que formos.

A música é antiga, mas vale ouvir e refletir...

6 de junho de 2012

Meu terceiro menino

Tá vendo esse menino verde ai da foto? Pois é, eu nunca falei dele aqui no blog, mas ele é meu menino também. Vai ao supermercado com a gente, leva o Miguel na escola, almoça junto, dorme no cantinho do Miguel e participa de toda a rotina da casa. Engraçado como as crianças criam amigos imaginários, que no nosso caso acabou se personificando no "Jolinchen". 

Na semana passada, por um erro de comunicacao entre eu, Miguelzinho e o papai, esquecemos o nosso amiguinho verde no restaurante de uma grande loja de móveis. O Miguel queria ir brincar na piscina de bolinha, e eu disso que seria melhor o Jolinchen ficar guardado dentro da mochila para na se perder lá. Enquanto eu e o Miguel fomos entregar as loucas sujas, o papai juntou todas as coisas e nos esperou na saída. Perguntei o Miguel pelo boneco e ele disse que o papai tinha guardado na bolsa, e eu não conferi com o Bebeto. Só nos demos conta da perda, quando já estávamos na estrada de volta para casa.

Foi difícil ver a dor do Miguel lidando com uma grande perda, pois por mais que ele saiba que o Jolinchen é um boneco, o vê também como parte da família. E foi bom ver a felicidade e lágrimas nos olhos dele no reencontro com o seu amigo. Melhor ainda foi ouvir ele dizer que o Jolinchen estava de volta e que o Papai do Céu é bom! Eu também quase chorei, o que não deve servir de referência para as outras mães, por que sou uma manteiga derretida. E por mais que o Bebeto não assuma, afinal os homens são durões, vi nos olhos dele o alivio e a felicidade pelo nosso filho.

Alguns pais se preocupam com essa fase dos amigos imaginarios, mas depois de ler muito sobre o desenvolvimento das crianças, posso afirmar que não existe nada de mais e que isso é super saudável, pois ajuda a criança a liberar os os seus sentimentos, a projetar os seus medos (que são muitos na infância), a lidar com as suas emocoes, a ter mais auto-estima e se tornar mais sociável. Claro que não devemos incentivar e nem permitir que o relacionamento com o imaginário, atrapalhe o relacionamento com outras pessoas. Mas, de forma alguma devemos criticar ou reprimir o mundo de fantasia da criança. 

Você que também já foi criança, vai concordar comigo: não tem fase melhor! Que pena que a gente só sabe isso depois que já passou. Mas, se a gente pensar bem, temos uma maneira de voltar no tempo, aproveitando cada fase dessa época que passa tao rápido. Proporcionar aos nossos filhos uma infância de fantasia e amor, dedicar tempo, carinho, paciência, suporte e intimidade é a porta mágica que nos leva de volta ao melhor tempo das nossas vidas, só que com a consciência necessária de que esse tempo passa quase na velocidade da luz, de que ele é que vai definir todo o resto dos nossos dias e que os o segredo da felicidade na infância (e também em todas as fases da vida) é o amor. Com ele tudo sempre dá certo!