31 de março de 2010

Vida de expatriado é assim

Quando a gente mora fora do Brasil vive sonhando acordado com as delicias de lá que não podemos encontrar facilmente por aqui. Nesses momentos só temos duas alternativas: usar a criatividade substituindo alguns ingredientes e alcançando um sabor parecido ou sentar e esperar a vontade passar torcendo para que suas próximas férias sejam no mais tardar no mês seguinte. Como não consigo tirar nada da cabeça fico com a primeira opção e estou sempre inventando moda na cozinha. Sem falar que tirando pão de queijo, por que como boa mineira essa vontade eu tenho todo dia, de vez em quando me bate umas vontades inexplicáveis. Tipo pé de moleque, cocada, doce de leite, goiabada, farofa, couve, canjica, caldo de mandioca, cenoura amarela. rs

Hoje me batou a maior vontade de comer pastel de feira. O pior é que voltei do Brasil com essa vontade, por que lá, misteriosamente, a vontade passou. E como falta muito tempo para tirarmos férias, tive que improvisar com as dicas que a Maira me passou uma vez. Confesso que o gosto não é o mesmo, mas é melhor que nada e ajuda bastante a amenizar. Comprei uma massa para maultaschen (comida alemã) no supermercado, recheei com queijo, fritei e me esbaldei com a colaboração do meu gulosinho de plantão que comeu mais que eu (e olha que nunca tinha comido pastel na vida!). Dizem que é muito fácil fazer a massa, mas ainda não experimentei. Quem sabe da próxima vez que a vontade voltar...

April, april...

Agora está um dia lindo e ensolarado lá fora, mas nas últimas três horas já tivemos chuva, granizo e neve. Dá para acreditar? É o mês de abril anunciando a sua chegada. Quem mora por aqui sabe bem o que eu estou querendo dizer. Se abril fosse uma pessoa, eu diria que seria uma mulher na TPM, imprevisivel, sujeita a mudanças bruscas e totalmente inexplicável.

Estou ouvindo:


Fonte: Google Imagens

30 de março de 2010

As perdas da vida

Andei meio sumida do mundo virtual. No fim de semana um amigo nosso sofreu um acidente enquanto fazia um serviço voluntário na igreja de uma cidade próxima daqui e acabou perdendo parte do dedo indicador esquerdo. Ele está internado desde sábado e passamos os últimos dias dando uma forca para ele. Ontem fizemos uma festinha no hospital para comemorar o aniversário dele, com direito a bolo, pao de queijo e esfirra.

Não está sendo fácil para ele lidar com essa perda. Talvez você pense por um instante: "é só um dedo, poderia ter sido pior." Realmente poderia ter sido bem pior, mas nós não fomos feitos para aceitar facilmente a perda de um membro do nosso corpo. Não conheço ninguém que tenha passado por isso, sem trauma. E também não conheço ninguém que tenha lidado com isso estando distante da família, num país totalmente diferente do seu. Me coloco no lugar dele, no lugar dos pais dele que recebem noticias, mas que estão distantes e provavelmente sofrendo por querer estar ao lado do filho num momento tão difícil.

Esse amigo é uma das pessoas mais especiais que conhecemos por aqui. Dono de um alto astral capaz de levantar qualquer um junto com ele, humilde, sempre disposto a ajudar, paciente, amigo, educado, talentoso. Tenho certeza que ele vai passar por isso e que vai superar. Sei que nesse momento, sem forcas, ele se pergunta o porque dessa "injustiça" da vida. Me lembrei de uma charge que vi no blog da Jane. As vezes pedimos a protecao de Deus, uma pedra nos acerta e questionamos, nos indignamos. Não somos capazes de enxergar nesse momento que Deus colocou na nossa frente, levando sobre si todas as pedras gigantes que não nos alcançaram. Veja a charge aqui.

Nenhum de nós sabe o dia de amanha. Ninguém pode garantir que tudo o que se tem hoje estará aqui amanha, nem mesmo a vida. Em questão de segundos tudo pode mudar. E o que percebo é que tantas vezes nos apegamos a tão pouco e perdemos tanto tempo e tanta energia em coisas que não tem a menor importância diante da alegria de estar vivo e bem. Muitas vezes exigimos tanto para sermos felizes e não damos importância as pequenas coisas do dia a dia. É como se desejássemos um tesouro escondido num lugar distante e como se passássemos a vida tentando encontrar esse tesouro e por estar tão envolvidos nessa busca, deixássemos de enxergar as pedras brilhantes que estão por todo o nosso caminho. Pense nisso! Não deixe de valorizar as suas pedras brilhantes, viva a vida, agradeça por tudo o que tem hoje e espalhe amor. Não há nada que tenha mais valor que isso.

25 de março de 2010

Faz três noites que eu não durmo, ola lá !

Estou com essa cantiga de roda tocando na minha cabeça, talvez por ela se encaixar perfeitamente no momento que estou passando. Desde quarta o Miguel não tem dormido bem. Ele pegou uma virose, está abatido e com muita diarreia. Além disso ele arrumou uma alergia meio estranha que aparece de vez em quando e se multiplica em questão de segundos quando ele fica irritado por algum motivo. E tem também os pesadelos que vem nas poucas horas que ele consegue dormir bem.

Eita semana, eita cansaço que não passa! E o resultado dessa jornada exaustiva é falta de inspiração para blogar, emails para responder, casa sem arrumar, livros de alemão abandonados. Até que eu tento, mas nada dá em nada. Tomara que eu pequeno melhore logo, antes que eu precise mudar a letra dessa cantiga.


24 de março de 2010

21° C - Finalmente primavera!

A maioria dos sites, jornais e programas de tv anunciam: Finalmente a primavera chegou! Por aqui as pessoas comemoram muito essa época do ano, o que é muito compreensivel já que acabamos de deixar pra trás um inverno rigoroso que durou 4 meses.

Agora é época de tomar sorvete na pracinha, brincar nos parques, ouvir os cantos dos passarinhos, apreciar as tulipas nos canteiros da cidade, churrasco na varanda... É época de comemorar o sol, as temperaturas positivas, aposentar os casacos, usar sandálias. O humor de todos muda, as pessoas esbanjam sorrisos e parece que ser feliz fica realmente mais fácil. Ah, e para quem mora por aqui, também é hora de ajustar os ponteiros do relógio, pois no próximo domingo começa o horário de verão.



23 de março de 2010

Voa coração!

Na semana que vem o Miguelzinho completa um mês no jardim de infância. No inicio ele chorava bastante, pois não entendia ter que ficar longe do papai e da mamãe. Dava pra ver na carinha dele a felicidade de estar com outras crianças e com as inúmeras possibilidades de diversão, mas também a angustia da separação. O Bebeto sempre lidou melhor que eu com o sofrimento do Miguel, apesar que sei que ele também sofria junto. Eu sofria mais que os dois juntos e até nos dias que ele ficava bem eu chorava; um pouco de alivio, um pouco de saudade, um pouco de medo, um pouco de todos os sentimentos misturados na cabeça de uma mãe.


Hoje ele já não chora mais. Comemora levantando as maozinhas e falando "euuuu", quando a gente pergunta quem quer ir para a escolinha. Tem dias que chego para buscá-lo e o vejo correndo de um lado para o outro e a vontade que sinto é de deixa-lo lá mais um pouquinho para não estragar a felicidade que transborda nos olhinhos dele. Aos poucos a gente vai lidando com essa separação necessária e importante para o crescimento e desenvolvimento deles, sem falar na importância do tempo que as mães conquistam para se lembrarem que além de mães, são também mulheres. E olha que muitas vezes a gente se esquece disso e acaba deixando as nossas coisas de lado em função da maternidade.

Hoje não fui levá-lo na escola. Deixei a tarefa para o pai que também precisa de um momento as sós com ele. Fiquei da varanda dando tchau e mandando um milhão de beijos. Senti medo da reacão dele. Senti medo de não estar por perto para dizer, como em todos os outros dias, que eu volto logo para buscá-lo. Mas, no fundo sei que não poderei estar sempre por perto e que quando mais cedo a gente aprender isso, mas fácil será lidar com isso quando realmente for necessário. Acho que ser uma boa mãe é isso. É estar sempre para os filhos sem sufocá-los, sem super protegê-los. É deixá-los caminhar sozinhos desde cedo. É fazê-los entender que apesar de juntos, somos seres separados que precisam viver e seguir o caminho que tem que seguir. Mas, não posso negar que que meu coração fica pequenininho quando vejo as coisinhas dele espalhadas pelos cantos da casa e que sinto uma vontade enorme de tê-lo sempre aqui.


22 de março de 2010

Montando um cardápio

Uma das minhas maiores paixões é cozinhar. Adoro misturar ingredientes que inicialmente não prometem nada e que no final se transformam num prato delicioso. Por isso vivo colecionando receitas e namorando acessórios para a cozinha dos meus sonhos, que o marido prometeu que um dia eu vou ter (tomara que esse dia chegue logo!).

Me lembro de ficar perto do fogão enquanto a mamãe cozinhava tentando aprender tudo o que podia. Também me lembro de passar horas folheando os seus livros e cadernos de receitas, tesouro que ela guarda a sete chaves até os dias de hoje. Ela sempre gostou de fazer pratos diferentes e sempre levou a fama de cozinheira de mão cheia. Dizem que herdei o talento dela, mas nem ouso me comparar. O que estou certa é que a paixão dela sempre foi o meu maior incentivo.

Mas, até para quem gosta de cozinhar as vezes falta inspiração, principalmente quando você tem que fazer comida e variar todo dia, afinal ninguém quer comer as mesmas coisas sempre. Esse foi o principal motivo que me trouxe a ideia de criar um cardápio semanal. Sem falar que isso me economizará horas e euros no supermercado, afinal geralmente compramos mais do que vamos usar e muitas coisas acabam parando no lixo.

Ainda não tenho nada definido, apenas o básico arroz e feijão que não pode faltar por aqui. Também não abro mão das saladas que desde que viemos para a Alemanha se tornaram imprescindíveis no nosso prato. O mais engraçado é que agora que preciso pensar, só me vem ideias para as sobremesas (ah, se pensamento tivesse calorias!)

Vocês tem alguma sugestão para me ajudar?

Fonte: Google imagens

20 de março de 2010

Vontade de sair por ai...

Ontem acordei com uma vontade de sair por ai, conhecer novos lugares, passear um pouco sem me preocupar com nada, quebrar a rotina que as vezes cansa tanto a gente. Então me lembrei de um email que tinha recebido com ofertas de hotéis em algumas cidades da Europa. Não deu outra escolhi duas cidades não muito distantes daqui que gostaria de conhecer. Mandei email para uma blogueira amiga que me passou umas dicas bem legais de um provável destino. Olhei as passagens, o calendário e me decidi. A páscoa seria a data perfeita, afinal serão 4 dias de feriado.

A tarefa mais difícil seria convencer o marido que tem uma apresentação importantíssima em alemão uma semana depois da páscoa e provavelmente ia querer passar o feriado afundado em livros. Mas, com tudo organizado e um planejamento impecável seria muito improvável ele dizer não. E sabe qual foi a resposta dele?

"Amor, a viagem seria perfeita se os nossos passaportes não estivessem no Landratsamt para a renovação do nosso visto." Caramba, como alguém pode se esquecer de um detalhe tão importante. rs Ou seja, sem viagem nas próximas semanas. E como em um passe de mágica a vontade passou, afinal o que não tem remédio, remediado está! E agora falta menos de 1 mês para a nossa viagem de comemoração de 2 anos de casados (e fico aqui torcendo para que nossos documentos fiquem prontos até lá)...

Imagem: Google

19 de março de 2010

Esse "jeitinho" nao funciona por aqui!

Esse post já estava começado a tempos, mas hoje ao ler um twitada de uma amiga não resisti e comecei a trabalhar nele de novo. Uma das coisas que mais me incomoda em brasileiros que moram fora do Brasil é a insistencia em usar o danado do "jeitinho brasileiro" e por isso aprendi a selecionar bem os brasileiros com quem ando por aqui. Não é que eu não goste de brasileiros, ou que me julgue melhor que qualquer outra pessoa, pelo contrário acho o povo brasileiro admirável, lindo, alegre, vivo, um povo capaz de causar inveja em qualquer outro do mundo. O problema é que nunca me agradou a ideia de dar um "jeitinho" para resolver as coisas, já que geralmente isso está ligado a querer se dar bem não importa como.

Gosto da criatividade do povo brasileiro, do seu jogo de cintura, da capacidade de lidar com situacoes inusitadas e da sua esperteza no bom sentido. O que me irrita é que os brasileiros pegam essas caracteristicas tão lindas misturam com tretas, desonestidades e corrupção e acham que podem viver se beneficiando mesmo que para isso tenham que prejudicar outras pessoas. E o pior é que aprontam de uma forma tão natural que nem eles mesmos acreditam que estejam agindo de forma errada, sem falar na famosa justificativa: "mas todo mundo faz isso!".

Por aqui as coisas não funcionam assim e não há espaço para esse "jeitinho". Um brasileiro que venha para a Alemanha com a ideia de se dar bem, deve ter na cabeça que isso significa ser honesto e trabalhar duro para conseguir obter resultados. Talvez ele até tenha a sensação inicial de que será fácil se aproveitar da ingenuidade dos "gringos", mas não é. Os alemães sempre acreditam que você é honesto e que está dizendo a verdade, afinal eles geralmente são assim. Então estão sempre dispostos a ajudar. Mas, caso o ajudado apronte uma vez, ela certamente será a primeira e última. E não queira perder a confiança de um alemão. Não acredite que aqui alguém irá tirar proveito dos outros e sair impune como lamentavelmente ainda acontece no Brasil.

Tá certo que alguns conseguem se fazer de coitadinhos e necessitados por aqui e alcançam a piedade de muitos alemães, mas como ninguém consegue usar uma máscara e sustentar uma farsa o tempo todo, no fim o que essas pessoas conseguem são portas fechadas e um convite para pegar a estrada de volta para um país onde ainda há espaço para trapaças e corrupção. Por isso vivo me perguntando por que será que muitas pessoas ainda insistem em viver assim?

18 de março de 2010

Um filho de dar inveja

Sempre vejo as mães reclamando de como é difícil convencer os seus filhos a comerem verduras e legumes e o pesadelo que se torna a hora das refeicoes por causa das preferências gastronômicas dos pequenos que geralmente passam bem longe de comidas saudáveis.

O Miguel nunca foi muito chatinho para comer, apesar de já termos atravessado fases em que ele só queria comer hamburguer e batata frita. Nessas fases tive bastante paciência e respeitei o tempo dele. Já ouvi muitas criticas pelo meu jeito relaxado de ser. Aqui em casa nada é proibido. Temos pizza, chocolate, iogurte, pão de queijo, suco, tudo o que o Miguel quiser desde que ele almoce e jante bem e sem exageros. E o resultado é que ele come a salada dele e ainda ataca o prato da mamãe e do papai. Tenho ou não tenho um filho especial?


17 de março de 2010

Quem disse que neve é tudo de bom?

Que me desculpem os admiradores da neve, mas ela é adorável quando vista em filmes de natal. Tenho que admitir que é lindo quando está nevando, mas isso significa muito frio e a essa altura do ano, depois de um inverno muito rigoroso, já não posso nem me lembrar que neve existe. Infelizmente ainda temos um monte de neve na varanda e no sábado passado o Bebeto decidiu jogar tudo fora antes que ela virasse pedra, por causa das temperaturas positivas previstas para essa semana (sim, hoje temos 10°!).

Mesmo com a ajuda do Thiago, estudante que chegou a menos de 1 mês e está deslumbrado com a neve, eles não duraram mais que 2 horas lá fora. Foi um trabalho duro, pois a neve já não estava muito fofinha e depois de retirarem mais ou menos 1/4 da neve caiu uma avalanche do telhado e deixou o monte ainda maior que antes. Depois disso os homens desistiram do trabalho e decidiram deixar a neve derreter por si só.

Depois de tanto esforco desfrutamos de um almoco bem mineiro com direito a feijoadinha e couve. Ótima maneira de nos despedir do inverno!

15 de março de 2010

Dias difíceis

Andei muito deprimida nos últimos dias, motivo pelo qual me mantive longe do blog. Dormia por horas e ainda assim me sentia muito cansada, não tinha ânimo e nem vontade para nada, estava sempre irritada, nervosa e triste. Não sou de ficar lamentando as coisas, nem de ficar chorando pelos cantos. Quem me conhece sabe que uma das minhas caracteristicas mais marcantes é a capacidade que tenho de achar coisas positivas em qualquer situação até mesmo nos momentos mais difíceis que cá entre nós não foram poucos ao longo da minha vida. Sempre venci todas as minhas dificuldades com bom humor e com a certeza que "as lágrimas podem durar uma noite mas que a alegria vem ao amanhecer" e que sempre amanhece. Mas nesses dias estava difícil enxergar qualquer resquício de luz diante de mim.

Sei que é normal passar por momentos de tristeza principalmente em dias frios e cinzentos como os que temos tido por aqui nas ultimas semanas. Já me senti assim antes, mas foi a primeira vez que experimentei essa sensação de uma maneira mais forte. Em um momento cheguei até a cogitar buscar ajuda profissional, pois as ideias estavam tão baguncadas dentro da minha cabeça que pensei que não seria possível ajeitar tudo sozinha. Na verdade não ajeitei sozinha, pois sem o apoio do meu marido, a alegria contagiante do Miguel e o carinho da minha mãe, mesmo que a distancia, eu não teria conseguido.

Já convivi com casos de depressão na minha família e com amigos próximos e hoje posso dizer que os entendo ainda mais. Entendo o quanto precisamos de apoio, compreensão e amor nesses momentos. A tristeza vem quando você menos espera e vem de mansinho se instalando aos poucos. Quando você percebe ela já tomou conta de você e já retirou toda a sua capacidade de acreditar que as coisas ficarão melhores. E ela vem mesmo quando você é muito amado pela sua família, mesmo quando você tem um filho saudável, um marido carinhoso, uma casa bonita, mesmo quando você tem uma grande fé em Deus. E não é fácil sair dessa tristeza desmedida e sem motivo.

Além de tudo o que já citei acima(carinho, apoio, amor, ajuda profissional), o principal para encontrar a saída é mesmo reconhecer que algo está errado, que você precisa de ajuda, que você precisa se erguer, enfrentar a dor e seguir em frente. E é isso que fiz. Chorei muito! Me senti mal, achei que minha vida tinha perdido o sentido, pensei que eu era a mais infeliz criatura do mundo. Mas, em determinado momento decidi que aquela não era eu e que a tristeza não combina com a vida que quero e que mereço viver.

Agora estou de volta, feliz por tudo o que tenho. Feliz pelo ar que eu respiro, pela dádiva que é viver cada dia concedido por Deus. Feliz por ter problemas como todos no mundo e por ter vitória em todos eles. Feliz pelo inverno que faz lá fora e mais ainda pela primavera que logo vai chegar. Provavelmente dias difíceis ainda virão, afinal eles fazem parte da vida de qualquer um, mas tenho certeza que tenho dentro de mim a forca de passar por todas as dificuldades e de sair de todas elas sendo uma pessoa ainda melhor. E quero me lembrar todos os dias da minha vida que a felicidade é sim uma escolha que devemos fazer todos os dias e que ela só depende de nós mesmos.

"Feier das Leben, Feier das Glück,
Feier uns beide, es kommt alles zurück..."

"Festeje a vida, festeje a felicidade,
festeje a nós e tudo vem de volta..."

12 de março de 2010

Você já parou para pensar ni­sso?

"Recentemente, quando eu estava fazendo uma pesquisa geológica, notei uma coisa interessante a respeito da maneira como o mundo é feito. Nossa equipe escalou a montanha mais alta da região e a vista nos deixou emocionados. As experiências no alto das montanhas são magníficas. No entanto, nessa altitude as árvores não conseguem so­breviver. No topo da montanha nada cresce, mas quando olhamos para baixo notamos uma coisa interessante: todo o crescimento está nos vales. Essa é uma verdade essencial: O sofri­mento nos causa dor, mas também nos faz crescer."

Fonte: Google i­magens / Trecho do li­vro: Jesus o Maior Psicólogo que Já Existiu - Mark Baker

10 de março de 2010

Der Kleine Prinz


Preciso me dedicar mais ao alemão, mas estou numa fase de muita preguiça e não encontro vontade para nada. O inverno, que anunciava que já estava indo embora, voltou e derrubou as temperaturas lá fora e aqui dentro de casa e com a volta dele, o meu animo se foi de vez. Mas, levando em consideração que sem dedicação é impossível melhorar o aprendizado de uma língua estrangeira, resolvi tentar (ou seja pode ser que eu não possa cumprir) sair dessa fase e encarar uma leitura em alemão, mesmo por que já prometi isso inúmeras vezes ao marido.

Então hoje bem cedo fui a livraria procurar um bom livro e minha escolha foi "O pequeno príncipe". Faz muito tempo que li esse livro e sempre me lembro como um dos livros mais lindos e tocantes que já li e tenho certeza que encontrarei muitas coisas novas que não encontrei da primeira vez. É engraçado como alguns livros trazem pequenos tesouros escondidos que vamos descobrindo a cada leitura que fazemos. E em cada releitura, novos tesouros são encontrados. Não vejo a hora de começar!

Deixo aqui o trecho do livro que mais me toca e dedico a cada uma das pessoas que passam por aqui e que fazem que essa frase seja tão real na minha vida.

“Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. ”

(Antoine de Saint-Exupéry)

8 de março de 2010

Por que as mulheres sao importantes?

"Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para suas crianças poderem tê-los.
Elas vão ao médico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre um aniversário, um baile ou um novo casamento.

Seus corações quebram quando seus amigos morrem.
Elas lamentam-se com a perda de um membro da família, contudo são fortes quando elas pensam que não há mais força.
Elas sabem que um abraço e um beijo podem curar um coração quebrado.
O coração de uma mulher é o que faz o mundo girar!

Mulheres fazem mais do que dar a vida.
Elas trazem alegria e esperança.
Elas dão compaixão e ideais.
Elas dão apoio moral para sua família e amigos.
Mulheres têm muito a dizer e muito a dar.
"
Texto: Pablo Neruda

7 de março de 2010

Desabafo

Depois de passar um dia de cão, com uma TPM daquelas e recebendo um turbilhão de péssimas noticias, hoje acordei melhor. É incrível como o mau humor e o pensamento negativo atraem coisas ruins e o pior é saber que por mais consciência que tenhamos disso, nossa imperfeição humana não nos deixa ficar livres de cometer esses erros algumas vezes.

A pior coisa que aconteceu ontem foi saber que minha mãe está doente e estar distante sem poder ajudá-la. Tenho consciência que estando a 1 metro ou a 10.000 km de distancia não vou poder impedir que coisas ruins acontecam, mas estando perto eu poderia pelo menos obriga-la a ir a um hospital, coisa que a teimosa acha que não precisa nunca, mesmo depois de passar 2 dias de cama com febre alta, enjoos, vômitos, dores no corpo, tonturas e a impossibilidade de se manter de pé. Depois de muita insistência e de um dia inteiro de preocupação, ela acabou cedendo e foi a um pronto atendimento, constatando o que já desconfiávamos: ela está com dengue (maldito mosquito!).

Ela continua mal, sem conseguir se alimentar e de repouso, mas a dengue derruba a pessoa por pelo menos 7 dias e só depois do quarto dia é que se começa a reagir, então sabendo o diagnóstico e o caminho que geralmente a doença percorre, fica mais fácil saber se tudo está evoluindo bem. Essas coisas mexem com a minha cabeça e destroçam o meu coração. Nessas horas penso se realmente vale a pena morar longe das pessoas que amamos. Meus maiores medos giram em torno dessa distancia e do que estou deixando de viver ao lado dos meus pais e irmãos.

Já ouvi muitas coisas, muitos conselhos e gente dizendo que cada pessoa deve cuidar de si mesmo e da sua vida. Também acho isso, também sei que meus pais e irmãos são bem grandes para viverem suas vidas com suas próprias pernas e que quem precisa de mim nesse momento é o meu filho. Sei que estar ao lado deles não muda o rumo que a vida de cada um deles, inevitavelmente, vai tomar. Mas, também sei que dói muito, também sei que falar é fácil demais. Na teoria tudo é lindo, mas colocar em pratica e vivenciar 24 horas por dia a dor da saudade e o medo de nunca mais reencontrar a sua família é para poucos e não sei se tenho forcas ou vontade de viver isso para sempre.

Não me julgo fraca ou forte, mas vou levando a vida vivendo cada dia de uma vez e sei que minhas decisões podem mudar o tempo todo. Ainda consigo viver longe, mas não sei até quando. Peso muito sentimentos e geralmente sou guiada por eles. Não sou racional, não consigo e não quero ser de outro jeito. Quero viver! Quero encontrar minha felicidade, morando na Alemanha ou no Brasil. Mas, isso é coisa de se decidir com o tempo, de se buscar em Deus. Não posso ser guiada pelas minhas fragilidades e nem posso decidir sozinha, afinal agora sou três. Mas, que hoje só quero o colinho quente dela e só quero saber que está tudo bem, ah isso eu quero sim...

P.S.: Essa foi a foto mais linda que tiramos no Brasil. Estava guardando, pois queria fazer um post especial para a vovó mais fantástica do mundo. Queria retratar aqui o carinho que nasceu entre a mamãe e o Miguel e a afinidade gostosa desses dois. Até hoje ele vê a foto dela na área de trabalho do computador e fica mandando beijinhos. Uma delicia de se ver!

5 de março de 2010

Viajando de trem pela Europa

Em abril eu e o Bebeto vamos fazer uma pequena viagem para realizar alguns sonhos, então comecei a pesquisar a melhor maneira de viajar aqui na Europa e acabamos optando pelo trem. A malha ferroviária europeia oferece inúmeras possibilidades: trens rápidos (muito rápidos), conforto, segurança e tudo isso com tickets relativamente baratos. Sem falar na oportunidade de "namorar" uma paisagem verdadeiramente linda.

Não dá para comparar os trens daqui com os do Brasil. Primeiro por que aqui andam de trem desde estudantes até o pessoal mais sofisticado, ou seja é um meio de transporte super democrático e muito utilizado por todos. Dentro dos trens os viajantes encontram um ambiente tranquilo (na maioria das vezes), com poltronas bem confortáveis, sendo que alguns oferecem cabines com acomodação para o viajante noturno, restaurantes e até acesso a internet. Só uma dica: não deixe de reservar o seu assento, pois por um pequeno valor você garante que vai viajar sentado e que vai poder curtir a viagem. Ah, outra dica: não deixe de viajar sem ticket, pois mesmo que não haja fiscalização sempre, não vale a pena correr o risco de ser pego, pagar uma multa e transformar a sua viagem num pesadelo.

Há tickets especiais que o viajante pode adquirir, entre eles o Eurailpass, Europass e o German Rail. Com esses passaportes o viajante pode viajar por vários países num período de dias e de uma maneira muito econômica, mas claro que com algumas regras a serem seguidas. Vale a pena dar uma olhada nesse site aqui: http://www.raileurope.com/index.html. Quem mora na Europa a mais de 6 meses só pode adquirir o Eurailpass, mas ganha um bom desconto.

Há outras maneiras de se viajar barato por aqui: sites de carona, companhias aéreas low cost e aluguel de carros, mas isso é assunto para um próximo post.

Fonte: Google Imagens

O último romance

Essa semana estava me perguntando qual é a música minha e do Bebeto, essas que a gente escuta num lugar qualquer, sente o coração disparar, as pernas tremerem, que traz a tona lembranças de momentos bons. A gente tem tanta música especial, que fico perdida sem saber qual foi a que mais nos marcou nesses 5 anos de relacionamento. Realmente fica difícil escolher, afinal são quase 2.000 dias juntos e cada vez que ligamos o rádio encontramos pelo menos uma música que diz algo sobre nós dois e desde o inicio do namoro foi assim. Temos alguns CDs com músicas só nossas e de vez em quando passamos um tempo ouvindo, conversando, namorando e comprovando que o tempo não pode apagar um sentimento tão puro e tão verdadeiro quanto o nosso amor.

Hoje navegando pela blogosfera, me deparei com uma das nossas primeiras músicas. Não pude conter as lágrimas e a felicidade que sinto em estar ao lado de uma pessoa tão especial, de ter vencido tantas dificuldades ao lado dele e de saber que tudo o que vivemos é mais do que eu sempre sonhei para mim.

Quando a gente se encontrou estávamos tão cansados de procurar, tão machucados pela vida, e de repente a gente se encontrou, se apaixonou e era nítido, desde o inicio, que eramos feitos um para o outro. Em qualquer lugar por onde passávamos, todos percebiam o quanto era forte, verdadeiro e real o sentimento que nos unia. Era diferente de tudo o que eu já havia vivido, era muito mais do que tudo o que eu havia sonhado. E hoje, depois de 5 anos, tudo é tão mais forte, tão mais especial. Me sinto muito feliz e certa de todas as decisões que tomei baseada nesse amor tão lindo que me faz tão bem.

De fato ainda não sei qual a nossa música, são tantas... mas essa diz muito de tudo o que a gente já viveu nesses 5 anos.




P.S. Amor, e se o tempo for te levar, eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar... Amo você!

4 de março de 2010

Talento

Você esteve aqui mais cedo e viu uma confusão no template do blog? Já tem dias que estou pensando em mudar a cara do blog e para isso pretendo contar com ajuda profissional, já que a cada dia fica mais nítida a minha falta de talento para qualquer coisa no computador. Mas hoje pensei em mudar uma coisinha tão simples que achei que poderia arriscar sozinha. Nem o marido, que me salva sempre nessas horas, estava em casa. Salvei o template antigo e, com a cara e com a coragem que me é peculiar, apertei o botão para seguir em frente. Quando percebi o tamanho da burrada não conseguia voltar atrás. Foram duas horas de desespero para encontrar o caminho de volta e confesso que até perdi a vontade de mudar qualquer coisa por aqui depois do sufoco. rs

E por falar em talento, dias atrás trocando uns emails com uma amiga comecei a perceber como é bom quando descobrimos e investimos nos nossos talentos. Na minha opinião todo mundo tem talento, uns nascem com ele e outros aprendem a desenvolve-lo ao longo da vida. Alguns sabem cantar, tocar instrumentos, dançar, desenhar, cozinhar, falar, criar, vender... Nenhum dom é menor ou maior que o outro, afinal somos como uma mão que tem os cinco dedos diferentes e igualmente importantes. Todos nós temos importância nesse mundo mesmo exercendo atividades diferentes em segmentos diferentes. Voltando a essa amiga, percebi o quanto ela está feliz e plena depois que começou a se dedicar ao desenho. Ai vem a pergunta: Mas, se todo muito tem talento, por que tantas pessoas estão infelizes se lamentando com a falta de sentido das suas vidas, com a rotina, com o trabalho chato que exercem mesmo que esse trabalho lhe rendam muito dinheiro?

Descobrir os nossos talentos demanda energia, forca de vontade, autoconhecimento. Significa olhar dentro de você, vasculhar a sua casinha em busca daquilo que te faz bem, do que te preenche, do que te faz feliz. Significa viver sonhando o tempo todo. Significa acreditar que você pode, mesmo que algumas circunstancias digam não e acima de tudo significa não medir esforços para se realizar. Não vale a pena ficarmos presos às nossas limitacoes, mas canalizarmos toda a nossa energia naquilo que nos dá prazer, afinal só são 100% felizes as pessoas que fazem o que realmente gostam. Pense nisso!

2 de março de 2010

Ah, os médicos alemães!!!

Eis que o Miguel aparece com pequenas bolinhas espalhadas pelo corpo. Eu na minha santa ignorancia em relação a medicina, penso nas possíveis causas da alergia. Primeiro troquei o sabonete, pois mesmo ele sendo hipoalergenico não tinha o costume de usá-lo. Também voltei para o shampoo anterior que usavamos antes de ir para o Brasil. As bolinhas continuaram, então a possibilidade que sobrou foi o sabão em pó, já que tinha trocado a marca. Lavei novamente todas as roupas do Miguelzinho com o sabão que tinha costume.

Então marcamos uma consulta, afinal é sempre bom a opinião de quem entende, principalmente quando o assunto é saúde. O médico não ficou nem um minuto dentro do consultório, olhou para as bolinhas e disse que é por que estava frio demais e a pele está reagindo a mudança de tempo, já que agora está mais quente (detalhe: o quente dele é de 2° a 5°). Apesar da vontade de rir, nos seguramos e apenas falamos que acabamos de voltar de férias do Brasil onde estava 30°. Nesse momento o médico repentinamente descobriu o diagnóstico e nos disse: Então é mesmo a mudança de tempo, vocês estavam em temperaturas muito altas e voltaram para um frio extremo.

Ah, os médicos alemães são mesmo ótimos engenheiros! E hoje temos a consulta anual do Miguelzinho para ver se ele está se desenvolvendo dentro do esperado. Ainda bem que nos garantimos com os médicos brasileiros. =)

No momento está tocando por aqui:



A gente já sabia: Infiéis e burros!

Estudo liga infidelidade masculina a QI mais baixo

"Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly.

De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, “homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.

Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos.

Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto. De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes.

Kanazawa foi mais longe e disse que outra conclusão do estudo é que o comportamento "fiel" do homem mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie. Sua teoria é baseada no conceito de que, ao longo da história evolucionária, os homens sempre foram “relativamente polígamos”, e que isso está mudando.

Para Kanazawa, assumir uma relação de exclusividade sexual teria se tornado então uma “novidade evolucionária” e pessoas mais inteligentes estariam mais inclinadas a adotar novas práticas em termos evolucionários – ou seja, a se tornar “mais evoluídas”.

Para o autor, isso se deve ao fato de pessoas mais inteligentes serem mais “abertas” a novas ideias e questionarem mais os dogmas. Mas segundo Kanazawa, a exclusividade sexual não significa maior QI entre as mulheres, já que elas sempre foram relativamente monogâmicas e isso não representaria uma evolução."

Fonte: BBC Brasil / 01.03.10

1 de março de 2010

Fim de semama de visitas e início de uma nova rotina

Fiquei o fim de semana todo sem passar por aqui. Não me faltou inspiração e nem o que escrever, mas o tempo foi escasso. Hoje tenho tempo, mas me falta inspiração. Vai entender! Então vou escrever por alto os acontecimentos dos últimos dias que foram muito especiais.

Na sexta recebi a visita de uma das primeiras amigas que fiz na Alemanha. Quando cheguei aqui sem falar inglês ou alemão, nos comunicavamos com mímicas ou com o Bebeto traduzindo, mas mesmo sem palavras conseguimos estabeler uma relação de muito carinho. Ela passou a tarde toda aqui me garantindo momentos muito agradáveis. Passamos horas jogando papo (em alemão) para o ar, falamos de moda, família, casamento, trabalho, comida. Combinamos de nos encontrar com mais frequência, se tudo der certo uma vez por semana o que certamente fará muitíssimo bem para nós duas. Estou torcendo por isso.

No fim de semana recebemos a visita de um brasileiro que está vindo morar seis meses aqui na cidade. Ele me conheceu através do blog, trocamos vários emails e nos conhecemos pessoalmente quando estivemos no Brasil. Ele está super empolgado com a sua chegada aqui e acabou nos contagiando com a energia e alegria dele. Ele passou dois dias aqui conosco e conversamos tanto que acabamos nem saindo de casa. Ele é engenheiro como o Bebeto, então o papo que prevaleceu foi a engenharia, mas pasmem, ele fala de um jeito tão fácil de entender que já até sei como funciona um no-break, uma corrente continua e alternada e um storage. Ah, ele me trouxe um presente tão lindo do Brasil que merece um post separado, pois primeiro vou fazer umas fotos por que tenho certeza que todo mundo vai adorar.

Hoje foi o primeiro dia do Miguel na escolinha aqui de Furtwangen. Ele já tinha frequentado uma creche enquanto eu fazia o curso de alemão, mas tinha saído em outubro. Ele simplesmente adorou e como da vez anterior não nos deu trabalho nenhum para ficar lá. Pelo contrário, ameaçou chorar quando nos despedimos dele, mas antes de atravessarmos a porta, já estava novamente brincando com os carrinhos. A professora dele, Simone, é um amor e nos tranquilizou de todas as maneiras. Quando saiu da escolinha, o Miguel caminhou comigo até o supermercado (coisa que normalmente não faz pois só quer colo) falando sem parar e transbordando felicidade. Tenho certeza que essas 3 horas e meia que ele vai passar todos os dias na escola fará muito bem para nós dois. Para ele que vai conviver com outras crianças e fazer várias atividades que ele não faz aqui e para mim que vou ter tempo de colocar meu alemão em dia (será que a coragem vai deixar?).