27 de fevereiro de 2012

Tut weh! (Dói)

As vezes eu ouço algumas mães falando que nasceram para ser mães, que a maternidade é tudo de bom e eu me sinto a mãe mais atrapalhada e falha desse mundo. Por que não é todo dia que eu acho maravilhoso ser mãe. Tem dias que tenho vontade de sumir, voltar o tempo alguns anos atrás. Eu sei que se eu pudesse voltar, sabendo tudo o que já passei, todas as dificuldades que passo a cada dia e imaginando o que ainda está por vir, ainda assim, faria as mesmas escolhas; mas isso não apaga o fato de que as vezes fico cansada dessa vida de mãe e me questiono se toda mãe sente a mesma coisa que eu.

É que para ser mãe, é preciso ter pulso firme. É preciso saber dizer não, quando seu coração gostaria de dizer sim. É dizer que o seu filho tem que ficar na escola, mesmo quando ele não quer. É virar as costas e ir embora, quando você só queria abraçá-lo, secando as lágrimas dos seus olhos, não se separando dele nem por um segundo. É enfrentar os seus medos, passar por cima das suas fraquezas, tomar decisões, fazer escolhas difíceis; é vencer os seus limites. E isso dói!

Ter o seu coração batendo fora do seu corpo, numa outra pessoa, da qual você não tem o controle, é a melhor definição de maternidade que existe. Quando você se transforma em mãe, você deixa de ser a sua prioridade. Nada mais que você faz é para você. Tudo é sempre pelos filhos. E isso não é fácil! Talvez, por esse motivo, a vontade de fugir dessa situação permeie a mente das verdadeiras mães. Daquelas que se dão inteiramente aos filhos.

Eu acabei chegando a conclusão, de que por mais erros que eu cometa, por mais que as vezes eu me sinta cansada, por mais que em alguns momentos eu queira fugir, eu sou uma boa mãe. Eu me dedico o tempo todo. Não importa se eu estou ou se não estou bem, eu sempre estou aqui para eles, eu sempre estou de pé por eles. Eu amo tanto, tanto, tanto, que as vezes penso que tanto amor não pode caber dentro de uma pessoa só. E amar assim dói!

Mas, ainda maior que a dor, é a recompensa. E a recompensa vem a cada momento, fortalecendo a gente nos momentos de fraqueza e mostrando que a gente consegue, por mais difícil que a caminhada seja. Afinal, ser mãe também é descobrir a força que cada uma de nós tem dentro de si; força que é ativada por Deus no momento em que começamos a gerar um milagre dentro de nós.

21 de fevereiro de 2012

Aplicando os ensinamentos dos pais

"Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele."
(Mc 10:15)

Eu e o Bebeto temos falado sempre para o Miguelzinho que Deus nos ouve e que Ele está sempre conosco. Que diante de uma situação difícil Ele nos ajuda, e que para isso basta pedirmos com fé. Eis que um dia desses, o Miguel estava jogando no computador e pediu o Bebeto para ajudá-lo. O Bebeto estava com o Davi no colo e disse que naquela hora ele não podia jogar.

O Miguel não desistiu e aplicando tudo o que tem aprendido conosco, orou: "Papai do céu me ajuda, tá muito, muito difícil!" e claro que o Papai do Céu que nunca nos desampara e que nos ajuda em tudo, tocou no coração do papai que correu para o computador e foi jogar com ele.

Na minha opinião, não tem nada mais lindo do que a pureza, a fé e a maneira tão sincera e fácil de uma criança achegar-se a Deus. E ver isso no meu filho é a prova de que temos conseguido cumprir bem a tarefa que Deus nos confiou ao nos dar esses dois tesouros.

14 de fevereiro de 2012

Ah, o inverno e suas peculiariedades...

Depois das três semanas que passamos no Brasil e da semana de férias que eu tirei das férias (por causa do fuso horário e do clima, afinal 40 graus de diferença nao é pouco nao, né?) já tinha me esquecido o quanto pode ser estressante sair de casa no inverno com duas crianças pequenas e incontáveis camadas de roupa. Meu Deus, hoje eu tive vontade de chorar, de fazer minhas malas e passar mais uns dois meses em qualquer país tropical. Até o Bebeto, que é a paciência em pessoa, acabou se estressando um dia desses com a quantidade de roupas e o desespero dos meninos dentro delas. É que, enquanto lá fora a gente encara famigerados 20 graus negativos, dentro de casa a temperatura fica na casa dos 20 graus positivos.

E se você ajuda o mais velho a se vestir, o mais novo fica aos berros derretendo dentro da roupa dele. E se você começa pelo mais velho e deixa o mais novo por último, quem berra é o mais velho. Dura escolha, não? E na volta, que além do guarda-roupa quase completo que precisa ser retirado, ainda tem as botas molhadas de neve, sujas de barro e daquelas pedrinhas que eles jogam na rua para ela não ficar escorregadia. Opcoes: tirar a bota na porta para não sujar a casa, fazendo malabarismo com menino no colo ou sujar tudo, esquecendo que é você que vai ter que limpar tudinho depois. Agora me responde: depois desse post você ainda gosta de frio? Por que eu, tendo que fazer isso pelo menos duas vezes ao dia, já passei dessa fase faz tempo.

8 de fevereiro de 2012

E os dias no Brasil foram assim...



Agora ficou a saudade e a necessidade de recomeçar... É inevitável ir ao Brasil, reencontrar os familiares e amigos e não voltar um pouco triste, com uma sensação de vazio e se perguntando se morar longe realmente vale a pena. A saudade dói, a vontade de estar sempre junto com quem se ama é enorme, mas a vida da gente segue rumos que a gente nunca pensou; a gente cresce, ganha asas e tem que voar. Quem determina o caminho é Deus e é Ele que nos dá forca e condição de seguir em frente mesmo quando a saudade aperta e tudo fica difícil demais. É Ele quem nos fortalece e que nos mostra que a gente pode todas as coisas Nele, é Ele quem nos carrega em seus braços de amor e Ele não nos abandona nunca. Por isso, os dias passam e a gente segue em frente, com um sorriso nos lábios, com as boas lembranças e a certeza que a distancia e o tempo não muda o que é verdadeiro!

P.S. Eu lamento e peco perdao a todas as pessoas que nao encontrei. Sete dias de virose na familia toda atrapalharam os planos. O calor também nao colaborou. Mas, estou certa de que nao faltarao oportunidades.