30 de julho de 2009

Diversos

Miguelzinho e a cafeína:
Estou com uma raiva danada hoje e espero estar com ela amanhã de manha quando for tirar satisfação com as mulheres da escolinha do Miguel. Hoje quando fui buscá-lo, ele estava dormindo e não percebi nada de estranho. Logo que sai de lá percebi que a boca dele cheirava café , sem falar na roupinha que estava molhada da bebida que saiu não sei de onde. Não mando café na merendeira e sim suco de laranja, sou totalmente contra dar café para crianças pequenas, afinal a cafeína pode excita-las ainda mais do que já são naturalmente. Amanha vou ter a prova se esse curso de alemão tá ajudando mesmo e vou dizer que café é verboten (proibido) para o Miguel. O pior é que fui contar para a mamãe e ela me saiu com um: "O que tem demais nisso, minha filha? Quando você era pequena ficava pedindo e ai se eu não desse, era escândalo na certa." Tá explicado por que cresci mimada!

Mudando de assunto:
Todas as lojas estão em liquidação! Tudo bem que as roupas da Alemanha não são as mais bonitas do mundo, mas dá para encontrar umas coisas bem legais. Como amanha é meu ultimo dia de aula (terei quatro semanas de férias) e o marido vai aproveitar para me buscar na escola, vou aproveitar o marido para cuidar do Miguel enquanto me divirto nas liquidacoes, claro que se ele não ler isso antes e confiscar meu cartão de crédito.

Sobre a gripe:
Estou bem melhor, afinal o apetite voltou em dobro.

Comentário de tirar o fôlego:
Que delicia chegar aqui e dar de cara com um comentário romântico e sincero do marido: "Oi, to passando só pra deixar um beijo na boca da mulher mais linda do mundo!!! Te amo!"

Por que hoje estou transbordando felicidade!!!

29 de julho de 2009

Por que os pais são criaturas feitas de AMOR!


Pais vivem de sonhos, cercados de medos e desassossegos, envolvidos num encantamento e magia sem fim.

Pais são super heróis que desconhecem limites ou doenças, vencem o impossível e fazem o que for preciso por um sorriso.

Pais são seres humanos que não recebem manuais de instrução quando se tornam pais, e que por mais que se esforcem, colecionam muitos erros e alguns acertos.

A verdade é que nenhum verso, em qualquer idioma ou escrito por um famoso escritor podem expressar a forca e a fraqueza que um pai tem dentro de si.

Ser pai não é uma tarefa fácil, muito menos árdua. É uma escolha para a vida toda, nunca se poderá voltar atrás.

Ser pai é receber de Deus a mais bela dádiva; é embarcar numa viagem de cores, melodia e luz.

Ah, os pais! Criaturas feitas de AMOR!

Miguelzinho e suas manias

Todas as crianças do Kindergarten tem suas mãozinhas pintadas no mural, junto com seus nomes e datas de nascimento. No inicio achei estranho pois só o do Miguel não tinha a maozinha pintada. Imaginei que fosse por que ele começou na escolinha mais tarde que as outras crianças. Como sempre passo lá correndo, nunca tive muito tempo para perguntar.

Depois de dois meses que ele tá na escolinha, a parte dele no mural continua vazia e eu, diferente das outras mamães, nunca recebi nenhuma pintura ou desenho que ele tenha feito lá. No inicio achei que estava cedo demais, afinal o Miguelzinho só tem um ano e meio. Ilusão que alimentei até o dia em que uma outra mamãe recebeu uma pintura linda do filho que tem a mesma idade do Miguel. Nesse dia criei coragem e perguntei: E o Miguel, não fez nada para mim? Não, passou a manha toda dormindo. Ou melhor passou todas as manhas dos últimos dois meses dormindo enquanto as outras crianças coloriam, pintavam, cantavam.

Nos últimos dias, depois de eu ter confessado que meu sonho era ganhar um desenho dele, daqueles que a gente guarda para a vida toda, as meninas tentaram e até tiveram bastante sucesso na parte de mante-lo acordado. A pintura não saiu, afinal a criatura além de ser fã de uma boa cochilada pela manhã, tem nojo de tinta e de qualquer outra coisa que suje as suas mãozinhas. Pelo visto vou continuar convivendo com a mãozinha fantasma no mural e com a falta de surpresas.

28 de julho de 2009

Hoje vou assim!

Chá bem quente, tylenol, mel, cachecol e cama! Acessórios imprescindíveis para enfrentar o quinto dia de gripe.

27 de julho de 2009

Coisas que a distância nao afasta


Sabe aqueles dias em que tudo que você quer é fazer nada? Pois é, já é o meu terceiro dia seguido assim. Culpa da danada da gripe e suas dores devastadoras. E olha que nem o calor de 30°conseguiu me tirar de baixo do edredom. Mas, nessas horas que fico mal é que percebo o quanto estar "perto" de bons amigos faz a diferença na minha vida. Não há remédio melhor que um gesto de carinho de uma pessoa que amamos muito.

"Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.
Verdade verdadeira.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém." Martha Medeiros

23 de julho de 2009

Almoco Multicultural

Adorei o almoço, mas enquanto me lembrar dele não vou a outro. Cinco crianças juntas numa casa onde não moram crianças é estresse demais. Tudo que menino não pode brincar colocado num lugar que parece especialmente feito para eles mexerem, bem ao alcance das suas maozinhas curiosas. Principalmente se a criança se chama Miguel, funciona no 220v, é ativo ao extremo e não se cansa nunca. E olha que ele era um dos mais comportados. Perdi as contas de quantas vezes tive que buscar os brinquedos que ele tinha guardado dentro do pote de mantimento da cozinha da minha amiga francesa que nao tem muita paciência com crianças. Ela que queria ter 5 filhos, mudou totalmente de idéia depois de hoje, e agora só quer um. Tadinha! Acho que o trauma maior ficou mesmo para ela.


Ammar(sérvio) paquerando a Amelie(uma mistura de alema com peruana).


Malec, tunisiana mais simpática e fofa do mundo.


Miguelzinho depois que ficou de castigo por derrubar a Malec, minha amiga paquistanesa e seu filho.

Continuo achando que a melhor comida do mundo é a brasileira e apesar de ter me arriscado a provar algumas coisas, ainda me sinto bem resistente com comidas de outros países. O sucesso da festa foram as minhas "coxinhas". Agora tá todo mundo atrás de mim pedindo a receita, mas já disse que é segredo de família. A pior coisa do almoço foi não falar apenas alemão. A maioria falava espanhol ou português e como tinha uma brasileira que não fala nada de alemão, falamos na maior parte do tempo português. Uma pena, por que além da tunisiana e da paquistanesa ficarem um pouco de lado, acabamos não treinando o alemão que era um dos nossos objetivos. O melhor do almoço é saber que mesmo tão distantes de casa, podemos encontrar pessoas tão especiais com quem podemos dividir bons momentos e isso de uma certa forma ameniza um pouco a saudade que carregamos dentro do peito. Amigos vindos de qualquer lugar do mundo fazem a vida da gente muito mais especial.


Quase todo mundo à mesa esperando a hora de provar as guloseimas.


Paola, uma peruana adorável e Amelie. Eu dando a comidinha do meu príncipe, claro que levei feijão com angu pra ele.

22 de julho de 2009

Convivendo com as diferencas


Essa semana estava comendo uma fatia de torta floresta negra e comecei a me lembrar que quando eu e minha mãe tinhamos uma lojinha de congelados, essa torta era minha especialidade Eu vendia pelo menos 2 por semana e naquela época nem passava pela minha cabeça vir morar na Schwarzwald (Floresta Negra). É engrancado como a vida da gente dá voltas e nos leva para lugares que jamais imaginamos. Também não imaginava que conviveria com tantas culturas e que aprenderia tanto sobre outros povos quanto tenho aprendido, e posso dizer que isso reforça o que já pensava sobre a importância de uma pessoa viajar e conhecer "outros mundos".

Amanha eu e algumas colegas do curso vamos almoçar juntas. Uma francesa, uma tunisiana, uma peruana, uma sérvia, uma paquistanesa e uma brasileira. Além de nós teremos também 5 crianças com mais ou menos a mesma idade. Cada uma vai levar um prato do seu país e vamos passar a tarde juntas conversando e nos conhecendo melhor. To adorando a ideia, tirando a parte que sou super enjoada em provar comida de outros lugares. Não que eu seja preconceituosa, mas sempre tive estômago muito fraco e muitas vezes fico enjoada só de sentir o cheiro forte de algumas comidas. Ah, por falar em comida, a tunisiana disse que só come o prato que vou levar se eu comprar o frango na loja turca. Mais uma diferenca que pode parecer boba, mas que nao custa respeitar.

Hoje eu e uma amiga da Sérvia passamos parte da manha conversando e isso me fez refletir como somos tão diferentes, apesar de termos algumas afinidades. Ela estava muito triste por que está com problemas com o marido. Ele sai todos os fins de semana, sozinho é claro, e não quer nem deixa-la almoçar conosco amanha. Além disso é costume no país deles morar com toda a família do marido, e cabe a nora fazer todo o serviço da casa. Caso ela queira se separar não tem direito de levar o filho, pois ele pertence a família do marido. Como assim??? Achei tudo um absurdo e no lugar dela não ia querer uma vida dessas. Não tenho nada contra minha sogra, ao contrário ela sempre me tratou com muito carinho, respeito e me recebeu sempre muito bem na casa dela. Mas, não acho que um casal deva morar na mesma casa que os pais nem do marido, nem da esposa. Também não acho que outra pessoa que não seja a mãe deva ficar com a criança caso haja separação. Muito menos acho que um homem tenha direito de sair para festas ou boates no sábado a noite enquanto a mulher fica em casa sozinha. Mas, tudo isso faz parte da cultura dela. Uma cultura muito diferente da minha. Costumes diferentes que precisam ser respeitados acima de tudo. Não pude dizer muita coisa, além de oferecer meu carinho e dizer que todos temos problemas e que agir no momento de tristeza ou raiva não é a melhor opção.

Morar aqui na Alemanha tem me feito enxergar a vida de uma maneira diferente. Tenho aprendido a conviver com as diferenças, ou pelo menos tenho tentado aceitar cada pessoa da maneira que ela é, sem cobranças, sem pré-conceitos, sem comparacoes. Cada povo, cada pessoa carrega dentro de si caracteristicas, crenças, opiniões que fazem dela o que ela é. Amar é aprender a viver com essas diferenças com respeito, sem tentar mudar o outro e sem usar mascaras para parecer o outro e ser aceito por ele. Não posso dizer que seja fácil aprender a lidar com as diferenças e muitas coisas continuo não entendendo, mas respeito sempre. Hoje mesmo minha professora me disse que outros povos falam muito emocionalmente e que os alemães são mais práticos, racionais. Vou continuar falando emocionalmente, afinal sou brasileira, mas de forma alguma vou achar que os alemães são frios por serem diferentes de mim. E viva as diferenças, afinal não posso me imaginar vivendo num mundo de pessoas iguais. Isso seria muito langweilig (chato)!

Ah, fui contar essa história para o Bebeto e ele me fez a proposta da gente mudar para a Sérvia e caso eu aceite ele vai convidar a família dele. Engracadinho, né?

20 de julho de 2009

Dia do Amigo


É importante saber cultivar a amizade, respeitar o outro pelo que ele representa! Cada um é especial do seu jeito! Beijos a todos os amigos, aos de infância e aos novos, aos presentes e aos distantes e aos amigos mais que amigos.

Recebi essa mensagem de uma amiga muito especial e acho que ela representa muito bem esse dia tão especial. Então a compartilho com cada um dos meus amigos com o mais sincero desejo de que nossa amizade se fortaleça a cada dia.

Dia a dia by Miguelzinho

O Miguelzinho e o lazer:

O Miguelzinho e a economia:

O Miguelzinho e o trabalho (será que vai ajudar o vovô no sacolao?):

O Miguelzinho e a alimentação:

O Miguelzinho e a simetria:

16 de julho de 2009

A saudade é a memória do coração!

"A saudade é a memória do coração! Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser... Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro... Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser... Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei, de quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer. Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi como devia; daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre; de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter; de coisas que nem sei que existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências... Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar, dos CDs que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade... Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que não sei onde, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi... Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades em japonês, em russo, em italiano, em inglês, mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota... Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente, quando estamos desesperados, para contar dinheiro, fazer amor e declarar sentimentos fortes, seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples "I miss you", ou seja lá como possamos traduzir saudade, em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima, corretamente, a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas às vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos... Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis, de que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência."

Descobri esse texto na internet, e apesar de não conhecer o autor ele conseguiu expressar tudo que sinto nesse momento. Por que tem dias que tudo que eu quero é estar no colo da mamãe, ouvir o barulho do caminhão do papai estacionando na minha porta, sentir o abraço desajeitado do meu irmão, morrer de rir com a minha irmã. Por que a saudade machuca de um jeito que não dá para explicar!

14 de julho de 2009

Qual era a música de sucesso no ano em que voce nasceu?

A Maira postou no blog dela uma pagina da internet onde você pode ver qual era o "hitparade" no ano que você nasceu. Como ela também fico impressionada como podemos descobrir de tudo na internet e confesso que isso me assusta as vezes. Como a curiosidade aqui é demais, corri no site e conferi a música que fez sucesso quando eu nasci, e não é que tive uma surpresa: além de amar a música ela está fazendo bastante sucesso atualmente. Se você quiser conferir, clique aqui e depois não deixe de me contar, ok?


Novo morador



Na última semana ganhamos um vizinho novo. Apesar da primeira tentativa frustrada de plantar um alho e vê-lo morrer de sede, o Bebeto resolveu plantar uns tomates no terraço. Até agora ele tem lembrado de regá-los diariamente e os alimenta sempre com as cascas de frutas e verduras que sobram. Nao vejo a hora de provar esses tomates "bio". hehehehehe





Na semana passada, junto com as cascas de frutas ele levou uns biscoitinhos do Miguel e um passarinho muito espertinho, comeu tudo em poucos minutos. Achamos interessante que os biscoitos tinham sumido rapidamente e ficamos vigiando. O "Keks", nome que damos ao nosso amiguinho, sempre vinha e depois saia com o biscoito no bico. É uma delicia de se admirar e já tinha me esquecido como eh bom ter um bichinho por perto. Agora quando fazemos a lista do supermercado acrescentamos biscoito para ele também. Depois de muito esforço consegui fotografar o mascotinho da família Rodrigues.

13 de julho de 2009

Albertos Geburtstag




Nesse fim de semana comemoramos o aniversário do marido com uma festa digna dos seus 28 anos de vida. A festa foi ótima, mas infelizmente não conseguimos reunir todas as pessoas que gostariamos por que moramos num lugar muito pequeno, mas juntamos os mais íntimos e nos fartamos de comer, beber e conversar (em alemão eh claro!).




Eu como sempre não ouvi os conselhos do marido e cozinhei para 50 pessoas, só que convidamos apenas 10. Sobrou tanta comida e bebida que poderíamos fazer uma festa para mais 20 pessoas. E não sobrou por que estava ruim não, viu? Recebi até uma proposta para abrir um negócio aqui na região.





A sensação da festa foi o Miguelzinho. Ele trabalhou como barman (misturando suco de laranja e agua na cerveja dos convidados), trabalhou como garcom (servindo brigadeiro de copinho na boca de todo mundo) e depois de tanto trabalho pesado, pegou seu cobertor e tratou de tirar um longo cochilo de 1 hora. Isso tudo depois de morder um balão e dar de cara com o chão, ganhando um belo olho roxo e inchado.




É muito bom receber pessoas queridas, principalmente para comemorar a vida de uma pessoa tão especial. Claro que do meu jeito comemoro o Bebeto todos os outros dias do ano, não com balões, bolos, presentes, mas com o meu amor, carinho e dedicação. Afinal ele é mais que merecedor de todas as melhores coisas do mundo e rico de todos as coisas que realmente importam ter: é dono de um coração puro, alegria de viver, temor a Deus, respeito aos outros, pureza, dignidade, caráter. Amor, que essa data se repita por muitos e muitos anos e que possamos comemorar sempre de uma forma tão gostosa quanto foi dessa vez. Ah, mas já fiquem avisados: ano que vem a festa vai ser no Brasil, já prometi que esse será o presente dele, se ele continuar se comportando e ajudando nos servicos domésticos.




Ah, dá para acreditar que essas últimas fotos são da mesa depois da festa? O que eu faço com tanta comida?

10 de julho de 2009

Saudade que dói!


Amanha faz 3 anos que minha companheirinha me deixou. Melzinha era tão doce, leal, carinhosa, esperta, verdadeira, além de ser a cadelinha mais linda e inteligente que já vi. Não me esqueço do dia que ela chegou na minha vida, cabia na palma da minha mão e parecia mais uma pelotinha de algodão. Seu narizinho vermelho era um charme. Lá em casa eramos tão apaixonados com ela que sempre havia briga para saber com quem ela iria dormir. Mas, ela preferia dormir comigo. Quando eu ia dormir antes dela e fechava a porta, ela ficava arranhando a porta até que eu abrisse e então ela pulava na cama e já se ajeitava ao meu lado. Quando eu ia trabalhar, ela corria para a janela da sala para se despedir. Adorava comer pimentão, inhame cru e chupava bala feito uma criança. Uma vez deixei o portão aberto por alguns minutos enquanto buscava uma bolsa que tinha esquecido e a Mel fugiu para a rua e acabou entrando na casa de um vizinho que tinha o muro da mesma cor do nosso. Passamos 2 dias pregando cartazes pelo bairro oferecendo dinheiro para quem devolvesse. O vizinho devolveu não só a Mel, mas junto com ela a alegria de todos lá de casa.

Quando decidi vir para a Alemanha, sabia que teria que deixar a Melzinha e previa que ela sentiria muito. Mas, ela morreu dois meses antes. Apareceram uns ratos lá em casa e meu irmão colocou veneno. Nesse dia ela tinha dormido no meu quarto e quando fui para o trabalho deixei ela trancada e expliquei que ela não poderia sair. Meu irmão acordou e recolheu todos os venenos. Ele era muito cuidadoso, olhava todos os cantos da casa e retirava os venenos, não só por causa da Mel, mas também por causa da filha dele. Infelizmente nesse dia o tal ratinho arrastou o veneno para um lugar que só a Mel encontrou. Meus irmãos presenciaram a morte dela e fizeram de tudo, correndo de um lado para o outro em clínicas de animais, mas ela não resistiu. Sofremos demais, choramos dias e mais dias e meu irmão ficou deprimido por que se sentia culpado, apesar de sabermos que não foi culpa de ninguém. Por dias pensei que era apenas um pesadelo, sempre que abria o portão de casa, tinha a impressão de que ela estava latindo, comemorando a minha chegada. Infelizmente o tempo passou e percebi que ela realmente havia me deixado.

Não é fácil perder um animalzinho. Muitas pessoas não entendem esse tipo de amor, mas para mim foi como perder alguém da minha família e sei que por mais cachorrinhos que eu tenha, nenhum jamais vai substituir a minha florzinha. Ela me trouxe muitas alegrias, risos e lembranças que trago guardadas dentro de mim. Ela despertou em mim sentimentos muito bons e me ensinou muito sobre os animais, sobre mim, sobre o amor, a lealdade e a amizade. Ainda sinto muito a sua falta, mas sei que nem todos podem estar conosco para sempre. Na nossa vida perdemos muitas pessoas e coisas especiais ao longo da caminhada. Para essas perdas, por mais que saibamos que elas virão um dia, nunca estaremos preparados. Só nos resta aproveitar cada momento ao lado daqueles que amamos, sejam eles pessoas ou animais e darmos sempre o melhor de nós em todas as nossas relacoes, por que na verdade é isso que realmente vale a pena.

8 de julho de 2009

"Tudo está bem, quando termina bem!"

Sabe aqueles dias que você acorda muito bem, que tem a sensação de que o seu dia será maravilhoso? Hoje foi assim, apesar da chuva fina que insiste em cair por aqui desde a semana passada e que promete ficar por mais alguns dias e da temperatura que voltou a cair dando a sensação de que o verão, que mal começou, já acabou.

Uma manha perfeita até a hora que a porta da sala de aula se abriu e um senhor perguntou quem era a mãe do Miguel. Respondi meio que sem voz, afinal alguém procurando pela mãe do Miguel na minha escola era sinonimo de coisa ruim. Eu tinha deixado ele mais cedo no Kinderbetreuung e tudo estava em ordem. Mil coisas passaram pela minha cabeça em questão de segundos, enquanto eu ouvia o senhor dizer que tinham ligado da escolinha dele pedindo que eu fosse lá. Juntei as minhas coisas e fui, mas não sei de onde tirei forcas. Senti um desespero tão grande, um medo que me consumia e que aumentava a cada passo que eu dava. Liguei o meu pensamento a Deus, mas mal conseguia fazer uma oração e só repetia "Oh, mein Gott!". Liguei para o Bebeto pois tinha certeza que ele me acalmaria e que diria para não me preocupar, que não seria nada de grave. Pelo contrário, a sua voz apavorada me fez ter certeza que eu chegaria lá e encontraria algo ruim. Foram os 3 minutos mais longos da minha vida.

Quando cheguei lá, a moca já me tranquilizou que não era nada "schlimm"(mal, grave) era apenas uma Durchfall (diarréia) que sujou toda a roupa dele e que o Miguel tinha que ir embora para não "ansteckt "(contaminar) os outros meninos se tivesse com alguma virose. Será que alguma mãe no auge do desespero merece ouvir uma dúzia de palavras esquisitas das quais ela nem faz ideia do que seja, num momento em que ela não conseguiria entender "bulhufas" nem se fossem ditas em sua língua materna? O Miguelzinho só pode voltar para a escolinha com um atestado do médico dizendo que ele não está com Magen-darm grippe, uma virose que se pega só de pensar nela. Eu já sei que ele não tem nada de mais, pois ele já comeu, não teve febre nem dores, não vomitou, está ativo e já desarrumou a casa toda depois que chegou da escola. Moral da história: ele está melhor que eu, que quase fui vitima de um infarto por causa do susto de hoje.

A cada dia que passa percebo o quanto é difícil ser mãe. É como se uma parte da gente tivesse em outro lugar, como se o coração batesse fora do corpo da gente. E aprender a lidar com isso não é para qualquer um. Mesmo num momento onde você perde o chão, você tem que estar firme, de pé. Ter paciência todo o tempo, vencer seus medos, proteger um ser frágil que depende o tempo todo de você, se dedicar integralmente. Muitas vezes a gente esquece de comer, não dorme por que seu filho não dorme bem, ou se ele dorme bem você acorda uma dezena de vezes para conferir se está tudo bem com ele. Tarefa difícil essa, né? O pior é que vem sem nenhum manual, não existem cursos preparatórios e você jamais poderá voltar atrás. Por isso digo, pense muito bem antes de fazer essa escolha na sua vida. Não me arrependo, que isso fique bem claro. Miguel é um pedaço de mim, do qual não abro mão. Ele é a luz dos meus dias, a "cordinha do meu coração", umas das razoes para que aja sempre um sorriso no meu rosto mesmo quando tudo está sombrio. Graças a Deus tudo não passou de um susto. O pior é que sei que muitos ainda virão. Que Deus me ajude sempre nesses momentos, amém!

6 de julho de 2009

Sobre o tempo

O dia precisaria ter umas 48 horas para que eu conseguisse fazer tudo o que preciso. Eu que sempre fui relativamente organizada e sempre tive excelente memória, agora dependo de listinhas para dar conta de tudo e nao esquecer coisas importantes, como pagar aluguel, taxas ou qualquer coisa que tenha data limite, sem falar que sempre tenho coisas para fazer por mais que eu já tenha feito. Nao sei se tem a ver com a idade ou o fato de ter que conciliar estudo, filho, marido e trabalho de casa, mas tenho percebido que estou mais lenta que antes.

Ultimamente tenho gastado 7 horas do meu dia com meu curso de alemao (contando deslocamento), sem falar nas horas que tenho que me dedicar por que só as aulas nao sao nem de perto suficientes para a prova que vou fazer em outubro. Isso, mais o tempo minimo para as tarefas diárias, o tempo que tenho que dedicar ao Miguelzinho e o tempo para dormir nao me sobra praticamente nada e acabo tendo que correr contra o relógio para conseguir fazer qualquer outra coisa que sinta vontade, como por exemplo escrever no blog, responder emails ou fazer um pouco de bicicleta (qdo o marido comprou ele disse que eu nao ia fazer e eu teimosa feita um burrico jurei que ele tava errado).

Entao nao se preocupem se eu sumir um pouco de vez em quando, principalmente essa semana que estou organizando uma festinha para comemorar o aniversário do marido. Mas esse trabalho eu adoro ter, afinal festejar está no meu DNA. Infelizmente ainda nao descobri um jeito de parar o relógio ou de aumentar a duracao dos dias, entao vou vivendo de listas e por vezes lamentando a minha falta de tempo.


3 de julho de 2009

To com tempo sobrando!


Todo mundo tá aderindo a essa nova febre, mas confesso que não consigo entender como mexer nisso e muito menos para que serve. Mesmo assim eu, que não perco em curiosidade para ninguém, resolvi abrir uma conta. De cara já dei manota, é claro, por que nesse quesito também não fico em segundo lugar e como dizemos aqui em casa, vivo pisando na orelha. Não é que sai adicionando um monte de gente que já estava lá, por serem contatos do gmail e agora não faço nem idéia de como excluir. Tem gente para quem nunca respondi um email, agora pensa bem se faz sentido eu seguir a pessoa?

Sem falar no inglês que me falta. Tudo bem que as frases são básicas, mas para quem já tem a tendência descrita acima de manotar, somada a falta de conhecimento da língua e a falta de dom para qualquer coisa ligada a computador o resultado é sempre "Katastrophe". Agora é esperar para ver se vou conseguir me mexer e torcer para que meu professor favorito tenha paciência para me ajudar (ah, por falar em professor, você não esqueceu que me deve uma aula não, né seu Alberto?) e olha que falar de orkut, msn, twitter ou facebook pra ele é perder tempo já que ele, diferentemente dos pobres mortais como eu, dedica todo o seu tempo livre para a pesquisa cientifica (fino, né? acho que por isso ele é cientista na Alemanha).

Ah, essa foto tirei do blog da Adriana. Não resisti e tive que postar aqui. E para quem quiser me seguir (prometo que não vou postar lá de 5 em 5 segundos, pelo menos enquanto eu não aprender a mexer): http://twitter.com/Lizabsouza.

2 de julho de 2009

"Espere sempre o minimo das pessoas para obter o máximo!"


Hoje pela manha recebi o comentário da Neli que além de me fazer um bem danado, me fez pensar e repensar algumas coisas. Desde sempre acredito que ninguém nasceu para superar as expectativas de outra pessoa, e que nossa felicidade deve depender exclusivamente de nós mesmos. Não adianta sair culpando os outros, o mundo, o tempo, ou a cor de nossas roupas pelas coisas boas ou ruins que acontecem. Tudo que damos ao mundo, nos é devolvido mais cedo ou mais tarde, portanto espalhar amor nunca é demais. Tudo isso é a mais pura verdade, mas infelizmente, como seres humanos, acabamos cometendo erros. Muitas vezes esperamos demais do outro, investimos nossos sentimentos onde não deveríamos, saímos feridos e magoados e acabamos responsabilizando outros por nossos fracassos e decepcoes. Quem já não passou por isso, não é? Aprender esperar menos dos outros não é uma tarefa fácil, mas com a maturidade e com os "tapas" que a vida dá, acabamos aprendendo e passamos a enxergar que nem todos podem nos dar o que queremos, não por serem pessoas ruins, mas por muitas vezes não terem o que gostaríamos dentro de si e por nao terem sido criados para superar expectativas de ninguém. Pense nisso e nunca entregue a chave da sua felicidade nas mãos de outra pessoa, saiba que ser feliz depende unicamente de você. E "espere sempre o mínimo das pessoas para obter o máximo!"

Ah, aproveito para agradecer a todos que passam por aqui, aos que deixam seus comentários e aos que mandam sempre energias positivas e oracoes. É sempre bom poder contar com o carinho e amizade de pessoas que muitas vezes nem conheço pessoalmente, outras que conheço a tanto tempo. Todos que sempre trazem alento, alegria, carinho e amor para a minha vida. Muitas vezes, acabo não conseguindo comentar em todos os blogs (apesar de visitá-los diariamente), outras vezes a correria é tamanha que nem consigo responder a todos os comentários deixados aqui, mas saibam que leio todos com muito carinho e que vocês estão guardados sempre nas minhas melhores lembranças.