Na semana que vem o Miguelzinho completa um mês no jardim de infância. No inicio ele chorava bastante, pois não entendia ter que ficar longe do papai e da mamãe. Dava pra ver na carinha dele a felicidade de estar com outras crianças e com as inúmeras possibilidades de diversão, mas também a angustia da separação. O Bebeto sempre lidou melhor que eu com o sofrimento do Miguel, apesar que sei que ele também sofria junto. Eu sofria mais que os dois juntos e até nos dias que ele ficava bem eu chorava; um pouco de alivio, um pouco de saudade, um pouco de medo, um pouco de todos os sentimentos misturados na cabeça de uma mãe.
Hoje ele já não chora mais. Comemora levantando as maozinhas e falando "euuuu", quando a gente pergunta quem quer ir para a escolinha. Tem dias que chego para buscá-lo e o vejo correndo de um lado para o outro e a vontade que sinto é de deixa-lo lá mais um pouquinho para não estragar a felicidade que transborda nos olhinhos dele. Aos poucos a gente vai lidando com essa separação necessária e importante para o crescimento e desenvolvimento deles, sem falar na importância do tempo que as mães conquistam para se lembrarem que além de mães, são também mulheres. E olha que muitas vezes a gente se esquece disso e acaba deixando as nossas coisas de lado em função da maternidade.
Hoje não fui levá-lo na escola. Deixei a tarefa para o pai que também precisa de um momento as sós com ele. Fiquei da varanda dando tchau e mandando um milhão de beijos. Senti medo da reacão dele. Senti medo de não estar por perto para dizer, como em todos os outros dias, que eu volto logo para buscá-lo. Mas, no fundo sei que não poderei estar sempre por perto e que quando mais cedo a gente aprender isso, mas fácil será lidar com isso quando realmente for necessário. Acho que ser uma boa mãe é isso. É estar sempre para os filhos sem sufocá-los, sem super protegê-los. É deixá-los caminhar sozinhos desde cedo. É fazê-los entender que apesar de juntos, somos seres separados que precisam viver e seguir o caminho que tem que seguir. Mas, não posso negar que que meu coração fica pequenininho quando vejo as coisinhas dele espalhadas pelos cantos da casa e que sinto uma vontade enorme de tê-lo sempre aqui.
5 comentários:
Nossa Liza, eu lembro dessa musica!! Mt linda! E parabens pra voce por ser essa mulher e mae tao fortes e cheia de amor! bjos
E o destino de todo passarinho é aprender a voar...
bjs!
Ah, é assim mesmo filho único!
Também sentia tanta falta dele quando ia pra escolinha, agora ...
bjs cariocas
Isso se passa com todas as mães, e com cada filho que vai pra escolinha, Liza. Cada um reage de um jeito e depois queo primeiro já está lá, talvez facilite pro que entra, mas nosso coração de mãe se aperta ao ver cada um entrando pelo portão adentro...É o ciclo da vida...
Bj
(saudade de blogar, mas em casa de 3 crianças, é difícil...Agora estão na escolinha e aproveitamos pra descansar...Pensar pra montar um post...Ô difícil! rsrsrs)
Liza, e imagino também o coração das nossas mãe, a gente morando longe delas. bjuss
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