27 de agosto de 2010

Sentimentos: Raiva / Ódio


Escrever sobre sentimentos tem me feito muito bem. Um exercício que tem me permitido aprender que todos os sentimentos, por mais assustadores que as vezes pareçam, fazem parte do meu ser. Reconhece-los e traze-los a tona através de palavras faz com que eu conheça o que eu sou de verdade, me permite crescer como ser humano e me dá a chance de mudar aquilo que preciso para me tornar alguém melhor.

Se sou uma mistura de sentimentos bons e maus, não posso descartar a raiva que também sinto. Mas quem já não a sentiu dentro de si? A raiva é a primeira reacão que sentimos diante de uma perda, um fracasso, uma ameaça, uma injustiça. Como não sentir raiva diante de tanta coisa ruim que a gente vê nos dias atuais? Não há nada de mal em senti-la, na verdade o que importa é o que fazemos com ela. Raiva guardada por muito tempo dentro da gente vira rancor, coloca-la para fora em ataques de fúria também não é solução. Em ambos o caso a raiva faz um estrago danado dentro do nosso corpo, nos corrói e se transforma em doença física e psicológica.

Você já reparou que quando somos tomados pela raiva, a gente sempre tem razão, fala pelos cotovelos, ofende, magoa? Nos momentos de raiva acontecem as coisas ruins, tomamos atitudes impensadas, machucamos quem amamos. Depois a raiva passa e a gente pensa: "ai se arrependimento matasse!", mas ai já é tarde demais, o estrago já foi feito.

Não é fácil lidar com sentimentos, mas com o decorrer dos anos a gente aprende o que fazer com eles. Aprende que nós temos o poder de controlá-los e não o contrário. Cada um da sua maneira, pode decidir o que fazer com o que sente. Tem gente que transforma sentimentos maus em energia boa, outros não. Isso depende de caráter. Tem gente que não importa em se deixar levar pelo seu lado ruim, não acha nada de mais ficar causando tropeço na vida dos outros e nem liga de acumular cargas negativas dentro de si.

Eu sinto raiva e as vezes a expresso de maneira negativa, mas estou caminhando. Tenho melhorado, amadurecido, aprendido a me respeitar e a respeitar as pessoas que convivem comigo. As vezes conto até 10, as vezes até 100, outras até 1000. Mas, nem sempre minha impulsividade me permite contar e nessas vezes me arrependo muito. Depois, o tempo passa e vejo as atrapalhadas que fiz tomada pela raiva. O que me resta: pedir perdão a quem machuquei.

O perdão é o melhor caminho que conheço para consertar as atrapalhadas desses momentos de ira que as vezes me invade. Um outro caminho que descobri foi não deixar que a raiva fique dentro de mim por muito tempo. Não guardo mágoas, nem coleciono rancores e se possível tento resolver tudo o que me faz mal antes de me deitar. Nem sempre acerto, mas tenho tentado seguir o caminho do bem.

E o mais importante, por mais que uma situação me irrite, por mais que uma pessoa diga algo que possa me machucar ou faca algo contra mim, eu sou a única responsável pelo que sinto. Ninguém pode determinar o que se passa dentro de mim. Os sentimentos são meus, a raiva é responsabilidade minha. E minha também é a capacidade de transformar tudo o que está em mim em algo melhor, com o objetivo de tornar melhor a minha vida e a vida de todos ao meu redor. E viver assim é bem melhor, acredite!

Esse texto faz parte da blogagem coletiva proposta pela Glorinha do Café com Bolo. Para saber mais da blogagem entre aqui.

11 comentários:

Eve disse...

Quando estou com muita raiva, eu xingo. Sério. Falo um monte de palavrão. Assim, desconto no espaço ao invés de descontar em alguém específico.
E se ainda assim não passar, vou ficar quieta em algum lugar. Aí sim, depois de contar até 10 tento resolver o motivo da minha raiva.
=P
às vezes funciona. rs

bjs

Lúcia Soares disse...

Oi, Liza.
Acho que hoje todos falaremos mais ou menos a mesma coisa, pois a raiva é um sentimento quase que natural na gente.
O importante mesmo é saber lidar com ela.

(Minha querida, nem sei lhe dizer o bem que me fêz seu e-mail. Deus lhe pague por seu carinho e amor. Beijos!)

Lu Iank disse...

Oi Liza
excelente texto e depoimento. Acho que todos nós já sentimos raiva de alguém ou algo. O importante é não deixar que essa raiva tire nossa razão, porque essa sim tem que predominar. A raiva é do coração, mas a razão do nosso cérebro. Ah, e o perdão, esse sim é divino.
Bjs
Lu

Tati disse...

Oi Liza, cheguei aqui pela blogagem da Glorinha. Adorei sua reflexão. COncordo, sinto parecido. Também já consigo dominar minha raiva em determinados momentos, e me esforço em conseguir mais, por que me sinto melhor depois que isso acontece!
Um beijo.

Socorro Melo disse...

Oi,Liza!

Seu texto está perfeito.E faço minhas as suas palavras: estou gostando de escrever sobre sentimentos,pois, estou aprendendo mais sobre eles, quem sabe isso me ajuda a trabalhar os negativos. Pelo que percebo de tudo que já li nos Blogs, nós somos muito parecidos no trato com os sentimentos. Os mais maduros, mais controlados, passam melhor por eles, aqueles mais rebeldes (como eu, acho) sofrem mais, mas, um dia chegaremos lá... rs

Beijinhos
Socorro Melo

orvalho do ceu disse...

Ola, Liza
De fato, a raiva nos causa um "estrago danado"...
Nossa impulsividade nos atrapalha deveras...
A nossa capacidade de transformação é nossa aliada...
Tenha ótima tarde cheia de paz.
Abrços fraternos

Nilce disse...

Oi, Liza

Perfeito seu texto, menina.
Sentir raiva é normal no ser humano. A maneira como deixamos que ela nos transforme em bons ou maus é que faz a diferença.
Saber controlar não é fácil, mas esquecer, perdoar e não deixar o rancor tomar conta, nos faz muito bem.
Eu tenho muitas raivas diárias, mas que logo passam.

Bjs no coração!

Nilce

Macá disse...

Liza
Estou com você; escrever sobre sentimentos está me fazendo muito bem. Acho que pra todos que estão participando não?
Tenho visto alguns colocando pra fora muita coisa ruim guardada, escrevendo sobre coisas que antes não tinham tido coragem. Estão acho que é bom.
E a raiva, especificamente é uma coisa que sentimos mesmo, mas o importante é não deixar que ela nos domine, para não causarmos mal a alguém.
bjs

Beth/Lilás disse...

Liza, querida!
Você é jovem, mas muito madura, consegue enxergar com os olhos do coração essas coisas que muitos, mesmo mais velhos, não conseguem.
Claro que a raiva é humana, faz parte da nossa essência, mas não podemos viver com ela dentro do peito, ser aquela pessoa bélica o tempo todo, isso só nos conduz para o ódio e o afastamento de todos.
adorei seu post!
bjs cariocas

Luma Rosa disse...

Raiva/ódio são os piores sentimentos! Chateia e literalmente "enche o saco", porque quando transborda, queremos gritar para o mundo. Mas a raiva é nossa, o que o mundo tem com isso? E se a guardamos, ficamos doente! #comofaz? Melhor caminho é não alimentar a raiva com mais raiva! Tentar aliviar! Pensei em fazer boxe, que acha? (rs*)
Cheguei no seu blogue pela blogagem e adorei, do layout aos textos! Beijus,

Anônimo disse...

fiquei com muita raiva de uma pessoa este final de semana, que me ignorou. fiz tudo errado. Bebí, deixei a impulsividade tomar conta de mim, fiz MERDA, pedí perdão depois mas o estrago já estava feito, e pior, o estrago foi na minha imagem. E um mico desses acho que até se perdoa, mas nao se esquece. Ele jamais vai esquecer...