Há muito tempo atrás, quando eu era uma adolescente, sonhava em ter dois filhos. De uma certa maneira que não sei explicar, sabia que seriam dois meninos: Emanuel (Deus conosco) e Israel (Príncipe de Deus). O tempo passou, eu fui crescendo e descobri que não queria ter filho nenhum. Achava o mundo complicado e perigoso demais, e colocar crianças num mundo desses parecia uma carga pesada demais para mim.
Depois eu dizia que teria um só, para alegrar o coração dos meus pais. Com minha visão limitada, fiz meus planos, pensei o que seria melhor para mim e para quem estava ao meu redor, sem saber que os planos que Deus tinha eram maiores que os meus. Eu não tinha dimensão do que era a maternidade. Eu ainda não havia descoberto que filhos são herança de Deus, dádiva que só Ele pode dar.
O Miguel, meu primogênito, veio para corrigir os meus caminhos. A chegada dele fez com que transpuséssemos o impossível, abriu caminhos que nada, nem ninguém, senão o Senhor, através dele, poderia abrir. Meu Emanuel tinha chegado, me aproximando dos planos que Deus tinha traçado para mim e para minha família. Ele veio mostrar o cuidado de Deus comigo e com o meu marido.
A chegada do Davi foi tao especial! Deus enviou um servo Dele na minha casa para dizer que Deus me daria um outro filho. Ele orou com as mãos no meu ventre e naquele momento Deus me tocou, confirmando que meu Israel, o meu pequeno príncipe, viria logo completar a nossa família e a nossa alegria Nele. No dia do nascimento do Davi, em meio a dores, pela janela do hospital eu vi num lindo céu azul, dois arco-iris; para mim a imagem e confirmaçao que Ele estava no controle de tudo. No meu céu brilhavam meus dois arco-iris, minhas duas promessas: Miguel e Davi.
Meus filhos são mais que planejei, muito mais do que sonhei. A maternidade é mais que tudo o que eu imaginei ou vivenciei antes da chegada deles. Hoje vejo que ser mãe é o maior ministério que Deus dá a nós mulheres. Uma grande responsabilidade, por que criar filhos vai além de alimentar, vestir, educar. Ser mãe é antes de tudo ajudar na formacão do caráter do filho. É guiá-lo para que ele possa escolher o caminho certo. E foi Deus quem nos deu essa missão.
As vezes me questiono se estou no caminho certo. Me sinto tao fraca, tao impaciente; me sinto uma péssima mãe, uma mãe muito aquém da vontade de Deus. Essa semana mesmo, li tantos textos e testes na internet que falavam sobre os tipos de mães: mães zens, confusas, equilibradas, caseiras, rigorosas, tolerantes. E me perguntei, que tipo de mãe estou sendo para os meus filhos?
E depois de pensar muito percebi que uma boa mãe sabe que não existe um tipo certo de mãe. Nós, alternamos todos os tipos. A boa mãe sabe que ela erra o tempo todo, mas também sabe que o mais importante de tudo é o amor. E é somente o amor que vai nos fazer capazes de guiá-los pelo caminho e que vai ajudá-los a nunca se desviarem desse caminho, independente do que aconteça.
Que hoje e em todos os nossos dias Deus nos abençoe, mamães! Que Ele nos dê sabedoria e discernimento para fazer as melhores escolhas. E que Ele nos atraia sempre para a Sua presença, nos fazendo enxergar o que realmente tem valor, para que assim, nossos filhos também possam ver e viver sempre o melhor. Se somos mães, não é por que escolhemos, mas por que Ele nos escolheu. E se Ele nos escolheu nos fortalecerá e nos capacitará sempre.
5 comentários:
Engraçado amiga é que sinto muitas inseguranças parecidas com a sua, mas por motivos bem diversos. Ser mãe não é fácil, mas me sinto completa. Sinto que se eu não fosse mãe, estaria, ao invés de sempre cansada, sempre insatisfeita. Tenho sentimentos mil por ser mãe: amor, alegria, medo, frustrações, responsabilidades, cansaço, dedicação, sinto que posso muito mais, quando estou quase sem energia. É irônico, mas verdadeiro, pois sempre encontramos forças.... antes não... Também quero mais filhos, quero a casa cheia!!! temos ainda alguns anos nessa empreitada, talvez uns 5 anos... Você já pode arrumar mais um! eu é que preciso ainda de um novo marido! heheehehehe beijo e saudades milll!!!!
Liza, um lindo texto, não pode passar em branco.
Olha, mãe boa é a mãe que ama, que ensina o bem, que dá bons exemplos, que corrije, que castiga, que tem sempre uma palavra de elogio depois de uma palavra dura, mas que jamais se esquece que está criando pessoas e como tais, têm que cumprir um bom papel na vida.
Acho que você é uma excelente mãe.
Beijo!
Ai Liza, que lindo! Tenho me sentido assim também, questionando meus valores e o que estou fazendo. Na verdade, acho que estou morrendo de medo. As coisas não saem como a gente planeja, gente é difícil de moldar, ainda mais com as influências externas... é uma batalha atrás da outra, as vezes ao mesmo tempo. Adorei seu texto... Beijos. Quero te conhecer também,hein? Fabiana, da Lúcia
Fa, tenho certeza que voce é uma ótima mae, principalmente por que foi criada por uma pessoa tao maravilhosa quanto a Lúcia. Quero muito conhecer voce e seus pequenos. Na verdade quero conhecer a família toda, que de alguma forma, acabou se tornando minha familia também.
Beijos
Ooohh Liza,que lindo isso que vc escreveu, tao perfeito ,tao bonito e emocionante. Acho que todas passamos pelas mesmas dúvidas viu? a gente nunca sabe se estamos fazendo a coisa certa... mas sempre, acredito, vai haver esse arco iris sabe? pra confirmar que estamos sim, no caminho certo.
O importante é vc amar sua funcao na terra. ser mae. e tentar dar o melhor de si. O resto, a vida cuida.
vcs vao mudar pra longe???? ja arrumaram um ap? ué Liza ,vem aqui em casa mulé, pega o trem que o Miguel tanto curte e vem, ou sei la, eu posso ir ver vcs!
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