4 de outubro de 2011

Educando um filho

O Miguel demorou muito para falar. Alguns dizem que devido ao contato com duas línguas, outros acham que ele teve pouco contato com outras pessoas e já ouvi até que a culpa é minha. Na minha opinião não foi nada disso. Claro que eu cometi erros e ainda os cometo, mas a verdade é que cada criança tem seu tempo e só quando ela está preparada é que vai falar, andar, pular e correr por ai.  As pessoas tem mania de rotular, generalizar, comparar e esquecem que ninguém é igual a ninguém. Por causa da demora da fala, ele se tornou agressivo na escola. Não conseguia se expressar com palavras, ia lá e mordia, empurrava e se agarrava com qualquer um que lhe tomasse um brinquedo. Alemão não tá acostumado com isso. Foram logo dizendo que isso não era normal e encaminharam ele para tratamento. 

Foi em médico especializado em desenvolvimento, psicóloga, faz terapia com psico-pedagoga e fonoaudiologa e ainda tem uma pessoa na escola para tomar conta dele e fazer a integração dele com as outras crianças. O governo paga quase 800 euros para essa educadora acompanha-lo por 8 horas na semana. Sinceramente, acho um pouco de exagero. Mãe conhece o filho que tem e eu conheço o meu. Sei que ele não tem problema nenhum, mas eu prefiro pecar por excesso que por falta. Ter um super acompanhamento não vai fazer mal, pelo contrário, só vai ajuda-lo a desenvolver e a vencer suas dificuldades ainda mais rápido, sem falar que isso acaba ajudando demais no aprendizado do alemão.

Eu tenho tido vários problemas na escola dele. Eles não aceitam que o Miguel vá todos os dias, apenas nas 8 horas em que a "babá" dele está lá. Então ele acaba não tendo uma rotina e passa pouco tempo em contato com a língua alemã. A explicação deles é que são 26 crianças para duas educadoras tomarem conta e como ele exige um pouco de atenção, é pedir demais que elas ainda tenham que cuidar dele e dos outros. Eu não entendo e os médicos dele entendem menos ainda. Todos são unânimes em dizer que o Miguel não tem problema nenhum e que só precisa ter contato com outras crianças e com a língua alemã e que só indo na escola e se integrando é que ele vai parar de "brigar". Então todos me pressionam a pressionar a escola e a forca-los a aceitar que ele vá todos os dias. Já viram o dilema pelo qual to passando, né?

Hoje teve reunião na escola. A terapeuta intercedeu, dizendo que ele é muito inteligente e que é capaz de resolver problemas como uma criança mais velha. Que conhece os números, algumas letras, todas as cores e formas, desenha e corta bem para a idade dele, isso sem ninguém ensinar na escola, pois aqui se começa a ensinar a criança bem mais tarde. Segundo a terapeuta ele já está como um "vorschulkind" (criança pré-escolar o que aqui seria uma criança de 5 ou 6 anos). Que ele já está falando melhor, já mostra sua personalidade, já sabe o que quer e consegue se impor sem agressividade. E a escola continua dizendo "não". Diz que ele precisa de mais tempo e que a gente precisa esperar. Que ele é muito novo, que as vezes é agressivo ( e sempre vai ser por que bobo ele não é e já aprendeu a se defender das outras crianças que também podem ser agressivas quando querem), que são muitas crianças, que ele fica muito cansado na escola e todas as desculpas que podem dar.

Sabe, eu nunca me abri aqui. Sempre guardei dentro de mim as dificuldades que tenho enfrentado para encontrar o melhor para o meu filho, e confesso que nem sempre é fácil. Eu lutei e luto muito para superar as barreiras que surgem, para encorajá-lo e para me encorajar também. As vezes são tantas pessoas apontando as minhas falhas como mãe, criticando o meu jeito de educar e achando que poderia fazer melhor. Educar não é fácil não. A gente erra mais que acerta e nem adianta alguém dizer ou te indicar um bom livro. Não existe manual que te mostre o caminho mais fácil. Não é fácil educar um filho. Estar fora do lugar onde você cresceu e longe de tudo o que você aprendeu, torna a tarefa ainda mais complicada. Se você for seu primeiro filho então... ufa! Vai ser uma tarefa árdua, uma batalha por dia para se vencer. 

Qual o melhor caminho então? Eu poderia procurar outra escola, como já me aconselharam, mas tenho que pesar as amizades que ele fez e o quanto uma mudança ia mexer com a cabecinha dele. Eu poderia bater o pé e exigir, afinal eu estou pagando e uma criança da idade dele tem direito de estar na escola. Eu poderia seguir tantos caminhos, mas devo pensar e repensar e escolher o que me parece melhor para o meu filho e claro nem sempre o escolhido será o melhor. Quem dera se tivéssemos todas as respostas! Educar um filho requer tanto amor, tanta paciência e tanta sabedoria.

Mas, como diz uma grande amiga, existe o tempo da prontidão e ele vai chegar para o Miguel. Tempo em que ele vai estar preparado para tudo o que ele precisa estar e não importa se para ele demorar um pouco mais ou menos. A minha maior tarefa agora é estar ao lado dele, o conduzindo e não permitindo que tantas cobranças façam mal para ele. E esperar em Deus, com paciência e amor, o tempo dele. E pedir que Ele me dê sabedoria para criar meus filhos no caminho certo, para que os pezinhos deles não venham nunca a se desviar, por que para mim essa sempre será a coisa mais importante, não importa o que digam por ai, nesse mundo de tantas cobranças e esteriotipos.

Uau, para quem estava sumida eu apareci e escrevi pra um mês! ;)

19 comentários:

Beth/Lilás disse...

Querida Liza!
Realmente você nunca se abriu tanto como desta vez, mas sempre soubemos dessa dificuldade que o Miguelzinho enfrentou por aí desde o início de suas vidas num país diferente.
Tudo que você fez e faz foi por amor,mesmo quando erra, pois sabemos que nós, mães, fazemos o que achamos melhor para nossos filhos.
Vou convidar uma amiga que mora aí na Alemanha, a Georgia, a ler seu post e quem sabe lhe dar alguma ajuda, pois ela passou por momentos mais ou menos parecidos com sua filhinha Viviane e no final tudo deu certo, como dará para vocês.
Muita força, fé e esperança é o que lhe desejo.
beijos grandes, cariocas

Nanda disse...

Querida Liza, acho q deve fazer o q o seu coração de mãe mandar e tentar não dar importância ao que os outros dizem (sei q é difícil!), mas como vc mesma disse, o Miguel tem o tempo dele e na hora certa, com amor, carinho e paciência, tudo entrará nos conformes. Não se desespere ou se sinta pressionada. Só vc e seu marido conhecem o Miguel de verdade. Esse povo só gosta de dar pitaco na vida alheia. Se nem Jesus conseguiu agradar a todos, que dirá nós, mero humanos!
Tudo de bom pra vc e não desanime. Sua fé é grande e vc uma ótima mãe!
Beijinhos,
Fernanda

disse...

Oi querida, olha só, tenho meu primeiro filho com um ano e quatro meses, ele também não fala ainda, vive resmungando e puxando a gente pra lá e pra cá pra mostrar o que ele deseja :) Moro no Brasil mas ano que vem vou pra Alemanha, já estou pensando como vai ser pro pequeno tanta mudança, principalmente com o contato direto com a língua alemã. Mas não tenho muito o que fazer a não ser me preparar psicologicamente para os desafios.
Claro que pra uma criança que não é só alemã pode ser mais demorada a adaptação e desconfio que pode haver algum preconceito por parte dos professores, por considerarem incapaz uma criança que não tem problema algum! As diferenças culturais podem pesar muito!! Não desista de lutar pelo direito de seu filho de frequentar a escola igual aos outros! Beijos

Nina disse...

Liza, a foto de vcs no alto tá linda!

Olha, imagino bem tua situacao, e nao to entendendo nada tbm na forma como a escola tá lidando com a situacao, esse negócio de deixar o Miguel só participar das aulas qd a supervisao está presente, achei o ó! Nao acho que tá certo nao. Sem dúvida, seu filho nao tem nada! É só uma fase e se até mesmo os especialistas dizem isso, meu Deus! Bom, eu no seu lugar tentaria conversar com a direcao da escola mais uma vez e a sós nem em uma "Elternabend" e se nao resolverem isso, mudaria de escola sim. É claro que essa é uma decisao difícil, mas a escola está separando o Miguel da sua rotina, dos seus amigos e daquilo que vai lhe ajudar a se melhorar e a crescer nesse ambiente.
Nao entendo o que vc pode ter errado, qd diz no iníco que a culpa pode ter sido sua. Nao entendo aonde vc errou que pode ter atrapalhado a fala do seu filho, bobagem isso, Liza, cada crianca tem seu desenvolvimento particular, vou dizer como vc sempre menciona no blog: aconteca o que acontecer, nunca deixe ninguém te fazer acreditar que vc nao é uma boa mae!

Sobre as reacoes agressivas dele, realmente, é uma coisa mt desagradável, como mae posso entender perfeitamente. Tem uma mae aqui que sofre, seu filho tem a idade do Pedro e bate em todo mundo, ela fica desesperada e se culpando o tempo todo, e o chato é ver que todas as outras maes evitam o seu filho, sabendo como ele reage agressivamente. Nao tem mt o que fazer com relacao a isso, cada um tem seu jeito, é difícil,imagina, ele é só um bebezinho e faz isso o tempo todo, ninguém ensinou... nao é o caso do Miguel, ele já é gradinho, tente conversar com ele (mas acho que isso vc já faz) e coloque-o sempre em contato direto com outras criancas, isso sim é mt importante. Aproveite todo o tempo livre que tiver pra clevá-lo em lugares onde ele possa interagir com outros da idade dele.

O domínio da língua vem com o tempo, na escola e com os amigos, nao se culpe e nao se apresse.
Um bj e boa sorte

Daniela Santos-Hansen disse...

Que situação delicada e chata ao mesmo tempo... entendo a sua posição e não entendo essa postura da escola. Siga sua intuição e faça o que for melhor para o seu filho SEMPRE. Ele é a prioridade e como vc mesma disse, uma hora isso se equilibra e ele vai se acalmar e se integrar como deve ser, no tempo dele. Mania besta essa de forçarem a barra ... Bjos

Jane disse...

Oi Liza, eu nem opino muito porque nao sou mae. Concordo que Deus tem seu tempo, mas nao seria o caso de se orientar com um advogado? So se orientar, num primeiro momento pelo menos, e ver se podem mesmo fazer isso. Educacao é direito garantido na Constituicao, nao pode ser negada a ele.

Beijo!

Liza Souza disse...

Meninas, obrigada pelo carinho de voces. Ontem eu precisava desabafar, tava engasgada, cansada. Hoje tudo está melhor... Deus derramou paz nos meus pensamentos e luz em todas as minhas trevas. Tudo ficou ainda mais fácil sabendo que posso contar com o carinho de pessoas tao especiais.
Obrigada de coracao!
Liza

Ma disse...

Lisa, Não guarda não, eu desabafo (quase) tudo no blog, senão piro!

Eu sei que se conselho fosse bom a gente vendia, mas vou dar meu pitaco. Preste bem atenção na escola, se vc acha que o Miguel tem condicões de mais, troque ele sim! Amizades ele faz de novo. Digo isso porque eles aqui são muito devagar no Kindergarten, e quanto menos trabalho melhor, falo por experiência própria. Se quiser me manda um email pra trocar ideias.Bj

Lu Iank disse...

Liza
nao consegui comentar ontem pq li teu post do celular a noite.
Na minha opiniao trocaria a escolinha do Miguelzinho sim. Amigos ele terá em outro lugar e nessa idade eles se adaptam facil. Já te falei uma vez que nao concordo com esse metodo da escola. Se ele tem problemas de convivencia, nada melhor do que ter mais convivencia com outras criancas. Eu sei o tanto que é chato quando os nossos filhos tem problema com outras criancas. O Serginho me deu muito trabalho até os 7 anos quando foi enfim diagnosticado com Hiperatividade e por 2 anos usou Ritalina. Depois disso nunca mais teve problemas de agressividade. Acho valido vc procurar toda ajuda de especialistas sim, mas sem esquecer que esses problemas passarao assim que ele tiver um pouco mais de maturidade.
Bjs
Lu

Lucia Silva disse...

Querida Bete, tenha certeza de uma coisa: Vc sempre fará o melhor para seus filhos. Pode até não ser o certo mas será o melhor que seu coração permitir.A mãe conhece o filho que tem. ouça apena seu coração e o Bebeto.
Beijo com muita saudade.

Ah! Ouvi uma vez: Que a mãe é sempre culpada.

Lúcia Soares disse...

Liza, segue seu coração. Beijo!

Anônimo disse...

Que Deus de a vc sabedoria para tomar as melhores decisoes.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

1° Parte)

Oi Liza, tudo bem por ai?

A Bethinha, essa nossa amiga maravilhosa que temos em comum, me falou deste teu post e eu vim aqui lê-lo. Ah, esses problemas com nossas criancas sao todos bem parecidos.
Primeiro: Seu filho nao demorou a falar por causa das 2 linguas. Pois, para as criancas essa separacao nao existe, só para nós os adultos que temos plena consciencia que linguas existem. Para as criancas é só mais uma palavra no vocabulário dele. Entao: primeiro passo: descarte essa idéia e se tranqüilize.
Sim, cada crianca tem seu tempo, mas a gente tem que dar uma ajuda para fazê-la falar. Por exemplo o problema da Viviane é que um lado do cérebro dela ainda estava adormecido e ai ficar esperando que a crianca fique preparada para falar é meio arriscado, pois pode ser que este lado da fala venha a ser despertado lá pelos 5, 6 anos se a gente nao fizer nada. Entao, segundo passo: Pedir a pediatra para encaminhá-lo para fazer terapia da palavra. Aqui se chama Logopädie.
A Viviane faz terapia da palavra desde que ela tinha 2 anos e meio e hoje ela está com 7 e imagina você Liza que ela nao fala direitinho para uma menina de 7 anos. Lê tudo, entende o texto, mas ai qdo ela tem que contar em palavras o texto lido, as palavras saem todas emboladas, ninguém entende. E há dias qdo ela acorda que ela diz tudo trocado. Nao, ela nao mistura o português com o alemao. Ela diz frases inteiras sem respirar e sem verbos, somente palavras soltas e a gente nao entende nada do que ela diz. E imagina, eu estou há anos fazendo terapia da palavra com ela. Imagina se eu tivesse deixado prá lá?

Nao pode nao querida, tem que procurar ajuda e fazer os exercícios que eles nos pedem.

Vou continuar no próximo comentario porque tá grde demais e ele nao foi publicado.

Um grande beijo e uma semana abencoada é o que te desejo

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

2° Parte

Sim, toda essa agressividade dele é porque ele nao se faz entender e tb nao entendem as pessoas. Eu tenho uma amiga protuguesa que nos conhecemos através dos blogs e ela mora aqui pertinho de mim e o filho dela no Jardim teve o mesmo problema. Disse a ela que ela precisava fazer a terapia com ele. Imagina que depois de 2 anos, ele já está falando muito bem e se acalmou, porque falar e se comunicar é muito importante.
Depois te deixo o link dela para vc conversar com ela tb.
Liza, estou te lendo e respondendo os pontos e cheguei na parte onde ele é acompanhado pela psicóloga, sinceramente ser acompanhado 8 hs é mesmo exagero. Qtos anos tem teu filho?
Achei um absurdo da escola querer que ele só vá no horário em que a terapeuta está lá. É como se eles quisessem lavar as maos.
26 criancas é muito normal. Por aqui temos turmas com 28 criancas. Seu filho está na escola ou no jardim? Porque geralmente nas escolas nao tem ajudadora como vc cita no teu post. Mas como as coisas sao diferentes de estado pra estado entao nao sei.
Vc tem mesmo que forcá-lo a ir à escola. Mas olha, eu iria trocá-lo de escola. Porque vejo que essa escola está com muita má vontade com o teu filho e isso já deixa nele um bloqueio mesmo que ele nao saiba colocar isso em palavras.
Trocar de escola, pense nesta possibilidade. Já que o contato dele nao é tao intensivo na escola ele nao vai sentir tanto e vc poderá explicar a ele que ele irá para uma nova escola, fazer novos amigos, ter novas professoras. Sempre passar pra ele algo de muita confianca. E caso vc o mude de escola, eu te aconselho a combinar com as professoras que no último dele na escola vc gostaria de fazer uma deliciosa despedida. Faca um bolo para ser divido na classe. Teu filho deve ter o sentimento de alegria e prazer nas despedidas. Isso faz muito bem para os nossos filhos. Nao fique pensando com pena das poucas amizades que ele já fez. Se forem amigos mesmo vc poderá convidá-los para vir brincar com o teu filho à tarde na tua casa ou em algum parquinho. Nao se esconda atrás deste motivo. Acho que mudar de escola faria muito bem para ele, pois na minha opiniao ele já está marcado pelas professoras.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

3°) Parte

Outra coisa muito boa, é colocar o teu filho para fazer Tae kwon do ou Karatê, ele vai aprender limites, concentracao, obedecer e ouvir os outros.
Um dos maiores problemas é que eles nao se concentram para ouvir o que se pede e somente com jogos ou esporte eles aprendem o limite. Se eu fiz com minha filha? Sim. Todos os dias a familia à tarde ou à noite após o jantar jogávamos na mesa e antes falávamos sobre as regras do jogo e fazíamos comparacao com a escola, sala de aula. Assim, minha filha aprendeu a ouvir e a saber que tem que ouvir as outras pessoas e fazer o que elas nos pedem.

Nao pense nos erros. O alemao adora jogar mais merda em cima da merda. O que vc tem que fazer é aprender dos teus erros assim como eu aprendi com meus erros. Nao pode abaixar a cabeca prá ninguém, porque é vc quem defende o teu filho, mas tb nao pode deixar de aprender e continuar fazendo os mesmos erros, porque alemao nao tem paciencia com gente que nao aprende.

Querida, o tempo da prontidao vai chegar sim para ele. Mas só vai chegar com amadurecimento se todos os envolvidos colaborarem, as coisas nao vao acontecer para os nossos filhos como um passe de mágica.

Vc tem um filho que precisa de uma certa atencao e eu tenho uma filha. Nós nao podemos fechar os nossos olhos e acharmos que tudo vai caminhar como para as outras pessoas, tudo dará certo a medida que nos envolvermos, a medida que fizermos os exercícios e jogos com o nosso filho em casa.

Nossa, escrevi demais.

Poderemos continuar conversando particularmente por email:

saiajusta4@gmail.com

Me escreve e escreve o teu telefone que vamos conversar. Uma vai dar forcas para a outra.
Pois, vc nao está sozinha nisso.

Um grande beijo e uma semana abencoada é o que te desejo

Meire Bagoli disse...

Liza,


Não esquenta a cabeça com as pessoas que ficam falando blá blá. Os nossos verdadeiros amigos/familiares que nos amam de verdade, sempre vão estar ao nosso lado.
Eu sei que você é uma ótima mãe, fica tranquila, você já esta fazendo a sua parte.
Beijos

Beth/Lilás disse...

Liza querida!

Estou vendo por aqui que a amiga Geórgia, quem eu tenho muito apreço e conheço há tempos desde o início do meu blog, veio aqui e te deu as experiências dela aí na Alemanha.
Fiz esta ponte com ela para você, pois como eu já conheço o caso da filhinha dela, a Viviane, achei que era bem parecido com o do Miguelzinho.
Que bom ver vocês em contato, espero que cheguem a boas conclusões, afinal moram no memso país e são brasileiras né mesmo?
beijos cariocas

Adriana disse...

Liza,
Eu também moro na Alemanha e estou tendo problemas com a escola do meu filho por outro motivo: a retirada da fralda. Em casa, foi super fácil. Ele sempre pede para ir e nunca faz na calça. Já viajamos de carro por 5 horas, já passamos a tarde no zoológico, e ele sempre pede e consegue segurar até acharmos um banheiro. Mas na escola, ele sempre faz na calça. Cheguei a conclusão que eles não prestam atenção quando ele pede para ir, e ele não quer ir sozinho. Ai, acaba fazendo na calça.
E o pior é que está fazendo também o sólido. E sabe o que a escola faz? Me liga e diz que eu tenho que busca-lo porque ele está com diarréia. E em casa não tem nada. Já levei no pediatra e ele diz que não tem nada errado.
Também não estou sabendo como lidar com isso.

Liza Souza disse...

Adriana, sabe o que eu reparo por aqui. Se algo é diferente do que os alemaes acham que é o certo, entao tá errado. Eles nao conseguem entender que existem vários caminhos que vao nos levar ao mesmo lugar. Bom, no seu caso, eu acho extremamente complicado desfraldar o seu filho sem a ajuda deles. Voce já tentou conversar lá e pedir a ajuda deles? Eu imagino como tá a cabecinha dele, tadinho! O desfralde é um periodo complicado pra crianca e claro que exige todo amor, carinho e paciencia do mundo e é funcao da escola oferecer isso também. Ai, Adriana, eu queria poder ajudar de alguma forma. Sei o quanto é dificil passar por esses perrengues na escolinha, mas nem de longe sou um exemplo ou uma pessoa aconselhável para falar do assunto. Até hoje nao desfraldei o Miguel. Até tentei, mas percebi que nao era o momento pra ele e deixei pra depois. E olha que ele já tá indo pra 4 anos. Boa sorte e se quiser me escreve pra gente ir trocando ideias: delirantementefeliz@googlemail.com.Que Deus te abencoe e te dê toda a sabedoria que um pai necessita para criar os filhos no caminho certo!
Um grande beijo