18 de outubro de 2010

Nem sempre é fácil...

Tem dias que é muito difícil ser mãe. Dias em que me sinto muito incapacitada para essa importante tarefa, mesmo que a minha mãe, que considero tão sábia, e a educadora que acompanha o Miguel no jardim de infância, me digam que sou uma boa mãe. Dias onde tudo o que eu queria era um manual de instrucoes que garantisse que eu não cometesse erros e que me desse a certeza que estou no caminho certo. Mas o manual não existe, o conselho dos outros nem sempre servem para mim, já que cada criança é uma criança diferente, única e especial, não passam pelas mesmas coisas e nem se desenvolvem da mesma maneira. Só me resta seguir em frente, pedindo sabedoria a Deus e seguindo o meu instinto maternal. Só me resta apegar ao amor incondicional e enorme que sinto pelo meu pequeno, pois uma criação baseada em amor, compreensão e carinho é o caminho que julgo o mais correto para se educar alguém.

Tem dias que tudo o que eu queria era colocar o meu pintinho debaixo das minhas asas e protege-lo de todas as dificuldades da vida, mas eu seria uma boa mãe? Eu estaria certa de coloca-lo numa redoma de vidro, onde nada de ruim o pudesse alcançar, mas onde ele não teria a oportunidade de crescer, de amadurecer, de enfrentar seus medos e de superar suas frustracoes? Eu estaria dando a chance dele se tornar um adulto vencedor, se desde pequeno ele aprendesse que na "barra da saia da mamãe" a vida é muito mais fácil e sem problemas? Crescer dói, mas é necessário. E depende dos pais permitirem que os filhos criem asas para voar quando for necessário. É preciso que os pais preparem os seus pequenos para caminharem sozinhos quando chegar a hora, sabendo que sempre vão poder contar com o apoio, amor e carinho da família, mas sendo capazes de tomar suas próprias decisões e de viver suas próprias escolhas.

Fácil não é e creio que nunca será. Dias como o de hoje virão ao longo da vida e eu terei que vencer os meus medos e inseguranças, permitindo e apoiando o crescimento do meu filho. Não poderei deixar que pensamentos ruins permeiem a minha mente. Que eles surjam, mas que sejam lançados fora pela certeza de que O mesmo que me concedeu a dádiva de ser mãe, me dará sabedoria para exercer a maternidade. E que eu me lembre também que não estou sozinha nessa jornada, afinal tenho o meu companheiro, meu querido marido, que estará sempre ao meu lado me abraçando nos momentos difíceis, me dando forcas para seguir em frente e dividindo comigo as dificuldades que surgirem. E amanha quando eu olhar para trás, terei orgulho de tudo o que fiz e do homem de caráter que eu criei, terei orgulho de vê-lo trilhando o caminho certo, sabendo que eu o conduzi da melhor maneira.

P.S. Tudo isso por que o Miguelzinho não quis ficar na escolinha hoje, por que chorou, se jogou, esperneou e fez uma pirraca que durou uns 10 minutos e por que eu tive que dizer tchau e deixá-lo chorando, sem que ele soubesse que eu também chorava do lado de fora da porta querendo evitar a sua dor. Tudo isso por que to numa TPM terrível que faz uma gota de água parecer uma tempestade. Depois de escrever já me sinto mais leve e bem melhor. :)

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e,
ainda quando for velho, não se desviará dele."
Provérbios 22:6


Fonte Imagem: Google

6 comentários:

Lucia disse...

Nossa, Liza, voce tem eh sim que ter orgulho se ser dessa maneira! Voce eh uma otima mae que sabe o que eh melhor pro filho, mesmo quando seu coracao so quer saber de te-lo protegido de tudo debaixo das asas...

Parabens pra voce e tenho certeza de que sua propria mae se orgulha muito! bjos

Anônimo disse...

Oi, Liza!

Seria tao mais facil se eles ja viessem com um botaozinho de liga e desliga, neh!
Mas olha, todo esse turbilhao de sentimentos e situacoes que vc passou acontece com todas as maes, ja perdi a conta de quantas vezes passei por isso...
Os pequenos sao muito espertos, sentem qdo estamos mais sensiveis e " pedem" pra ter limites!
Seu post me fez pensar que nos adultos tambem muitas vezes fazemos como as criancas... queremos fazer as coisas do nosso modo e no nosso tempo e ai qdo somos contrariados, esperneamos e ficamos birrentos com Papai do Ceu, que com amor e firmeza nos mostra o que eh melhor pra nos e corrige a nossa rota!
Fique em paz, vc fez o melhor para o Miguel!
Bj! Patricia Haro Sack

Lu Iank disse...

Oi Liza
ser mãe tem dessas coisas. Nunca sabemos se estamos fazendo o melhor para os nossos filhos. Não pense que eu por já ter uma experiencia com o Serginho não passo por isso. Diariamente me cobro se estou sendo uma boa mãe, se não estou negligenciando algo importante ou se não estou protegendo demais.
Engraçado que as coisas mudam ao longo do tempo. Quando trabalhava me culpava muito por não dispor de tempo para cuidar dele e ficava com muito medo de que ele tivesse algum trauma por não ter tido a mãe por perto tantas vezes que realmente precisava. Já com a Mariana e nessa atual fase de dona-de-casa e mãe full-time me cobro e me culpo, pois acho que apesar de estar com eles mais tempo, talvez não tenha tanta qualidade como antes. É realmente muito difícil equilibrar a situação.
Como eu acredito que não tem uma formula magica para resolver tudo (infelizmente!), tento fazer o que meu coração manda e confiar em Deus que os meus passos estejam sidos guiados por Ele.
Tenho certeza de que vc é uma excelente mãe. E tenho certeza de que o Miguelzinho vai te agradecer muito por deixar ele dar os passos necessários para o seu crescimento.
Bjs!!!!
Lu

Ma disse...

Ah, é horrível mesmo quando isso acontece, com a Julia foi uma vez só, mas deixar ela lá chorando sentida e sair foi duro demais. Mas às vezes, no pain no gain, então, é dar aquele abraço e encher de beijos na volta. Bjs

Nilce disse...

Liza querida

Não é fácil ser mãe e é normal essas indagações que você se faz. Só o fato do teu questionamento já mostra que é uma excelente mãe sim, e o Miguelziho será um cidadão de bem, e terá muito orgulho de você.
Dói muito deixá-los chorando e passei isso com o meu mais novo muitos anos e a coisa só melhorou quando levei ele comigo para a Escola que trabalhava.
Mas depois vi o quanto fiz errado. Eles acabam se acomodando depois que saimos e nós não. Nos culpamos, queremos proteger demais. Criamos os filhos para o mundo e apenas temos que direcioná-los e você o faz muito bem querida.
Muitas vezes nos sentimos assim, mas não se culpe nunca.
Você é uma excelente mãe e amiga, pode ficar tranquila. Com muito Amor, disciplina e confiança em Deus tudo vai muito bem, querida.

Bjs no coração!

Nilce

arlete soffiatti disse...

Mal sabia voce que não era TPM! A gente fica muito mais sensivel com o filho que já está aqui quando tem outro na barriga. E se prepare porque vai chegar a hora da impaciencia tambem e do arrependimento depois. Aiaiai, ninguém disse que gravidez é fácil.