Acho que todo mundo sabe o quanto uma separação é dolorosa para o casal, mas acho que só os filhos de pais separados sabem de verdade o quão devastador é na vida deles. Tenho recebido muitas noticias de casais de amigos que tem se separado. Muitas vezes me assusto com o curto tempo entre o casamento e a separação. Fico bem triste por eles, mas me sinto aliviada quando sei que o casal não tem filhos. Eu não quero julgar, e nem posso, afinal cada um sabe as dificuldades que vive dentro das suas quatro paredes e os limites do que pode aguentar.
Ninguém quer viver infeliz, em meio a brigas constantes, numa relação falida e que só gera sofrimento. Quem não sonhou em se casar com o príncipe encantado ou com uma gueixa? Mas, sejamos bem sinceros, não há relação perfeita, nem mesmo em contos de fadas. A gente arrasta conosco para dentro do casamento a ideia de ter encontrado a pessoa perfeita. Aquela que vai te preencher em tudo, te surpreender sempre, que vai te ouvir e te compreender incondicionalmente. Nem passa pela cabeça da gente, que cada um traz uma vida inteira consigo e junto dela costumes diferentes, concepcoes diferentes, aprendizados diferentes dos nossos. E a maioria não está a fim de se adaptar, ceder e aprender a conviver com alguém diferente de si e diferente da fantasia que foi criada antes da rotina do dia a dia. Dai surgem as brigas, a incompatibilidade de se viver junto, a perda do respeito, da paixão, do amor.
Eu vivenciei tudo isso, desde muito cedo e sei bem o que eu estou dizendo. A separação, por mais amigável que seja, gera traumas. Não importa quão bem resolvido o filho seja, o quão amado ele sinta ou quantos anos ele tenha, a separação é sempre um impacto doloroso e que vai gerar marcas profundas e eternas. Marcas que nem terapia pode apagar. Tem dezoito anos que meus pais se separaram e eu ainda me pego pensando como a vida seria diferente se aquela sexta feira não tivesse existido. Guardo lembranças dolorosas demais daquele dia. Hoje sem mágoas, sem atribuir culpa a nenhum dos dois, sabendo que foram circunstâncias da vida. Mas, levei tempo para chegar aqui, sofri muito na caminhada e não posso dizer que me curei por completo da dor.
Pelas experiências dos dois, pelo sofrimento que passamos e com a maturidade, sei que eles fariam diferente. Eles teriam evitado brigas, principalmente na nossa frente, teriam escutado menos as pessoas de fora do relacionamento, teriam tentado entender a dor que cada um trazia de antes da relação e não teriam gastado tanto tempo punindo o outro por tudo. Eles teriam se respeitado mais, se amado mais e teriam colocado Deus à frente do relacionamento. Mas, o tempo não volta. A vida toma rumos diferentes dependendo do caminho que a gente toma; muitas vezes caminhos de mão única e sem direito a fazer retornos. E a maturidade não vem do dia para a noite. Muitas vezes levamos anos e anos, para enxergar as coisas com clareza, infelizmente.
Não acho que ninguém deva viver uma vida de sofrimento em função dos filhos, mas acho que deve-se pensar muito na vida que você vai oferecer aos filhos antes de trazê-los ao mundo. Filhos devem ser frutos do amor de um casal, de uma relação sólida de confiança, respeito e amizade. Não estou dizendo isso como a dona da verdade, a mulher que vive uma relação perfeita e que não vai errar nunca. Estou dizendo isso como filha de pais separados, uma filha que sofreu muito e que viu seus irmãos sofrerem com o fim do casamento dos pais. Uma pessoa que tem visto filhos de pais separados que vivem como iô-iô de um lado para o outro, no meio da confusão e disputa dos seus pais. Crianças que são usadas pelos pais para atingir e punir o outro pelo fim da relação. Outras, abandonadas pelo pai ou pela mãe, tendo que viver com a ausência e o peso da culpa do fim do casamento.
Eu nem sei por que eu escrevi esse post. Um desabafo, talvez. Uma necessidade de colocar para fora um turbilhão de sentimentos despertados pela noticia de tantos divórcios. Eu nem tenho fórmulas mágicas para amenizar a dor de um filho que passa por essa situação, nem conselhos para os pais. Eu apenas queria poder dizer aos meus amigos que estão grávidos, aos que tem filhos pequenos e grandes, aos que estão de casamento marcado e a mim mesma: cuidem bem do seu amor e dos seus filhos. Reguem todos os dias o relacionamento e cuidem um dos outros para que o amor se fortaleça. Não caiam na cilada de que existem relacionamentos perfeitos. Viver junto sempre será difícil e complicado. Cedam quando necessário, entendam as diferenças do seu parceiro e aprendam a viver com elas. Construam uma relação de amor e um lar feliz para os seus filhos, baseado acima de tudo no respeito. Ter filhos é um presente de Deus e criá-los num lar saudável, sem brigas e acusacoes, vai fazer toda a diferença no futuro deles.
P.S. É um assunto muito controverso, por isso quero deixar claro que tudo o que eu escrevi, foi inspirado na minha vida e nos meus sentimentos de filha, sem a intenção de magoar ou ofender ninguém. Cada um tem o direito de compartilhar a sua opinião, mas também tem o dever de respeitar o direito e os sentimentos do outro.
Ninguém quer viver infeliz, em meio a brigas constantes, numa relação falida e que só gera sofrimento. Quem não sonhou em se casar com o príncipe encantado ou com uma gueixa? Mas, sejamos bem sinceros, não há relação perfeita, nem mesmo em contos de fadas. A gente arrasta conosco para dentro do casamento a ideia de ter encontrado a pessoa perfeita. Aquela que vai te preencher em tudo, te surpreender sempre, que vai te ouvir e te compreender incondicionalmente. Nem passa pela cabeça da gente, que cada um traz uma vida inteira consigo e junto dela costumes diferentes, concepcoes diferentes, aprendizados diferentes dos nossos. E a maioria não está a fim de se adaptar, ceder e aprender a conviver com alguém diferente de si e diferente da fantasia que foi criada antes da rotina do dia a dia. Dai surgem as brigas, a incompatibilidade de se viver junto, a perda do respeito, da paixão, do amor.
Eu vivenciei tudo isso, desde muito cedo e sei bem o que eu estou dizendo. A separação, por mais amigável que seja, gera traumas. Não importa quão bem resolvido o filho seja, o quão amado ele sinta ou quantos anos ele tenha, a separação é sempre um impacto doloroso e que vai gerar marcas profundas e eternas. Marcas que nem terapia pode apagar. Tem dezoito anos que meus pais se separaram e eu ainda me pego pensando como a vida seria diferente se aquela sexta feira não tivesse existido. Guardo lembranças dolorosas demais daquele dia. Hoje sem mágoas, sem atribuir culpa a nenhum dos dois, sabendo que foram circunstâncias da vida. Mas, levei tempo para chegar aqui, sofri muito na caminhada e não posso dizer que me curei por completo da dor.
Pelas experiências dos dois, pelo sofrimento que passamos e com a maturidade, sei que eles fariam diferente. Eles teriam evitado brigas, principalmente na nossa frente, teriam escutado menos as pessoas de fora do relacionamento, teriam tentado entender a dor que cada um trazia de antes da relação e não teriam gastado tanto tempo punindo o outro por tudo. Eles teriam se respeitado mais, se amado mais e teriam colocado Deus à frente do relacionamento. Mas, o tempo não volta. A vida toma rumos diferentes dependendo do caminho que a gente toma; muitas vezes caminhos de mão única e sem direito a fazer retornos. E a maturidade não vem do dia para a noite. Muitas vezes levamos anos e anos, para enxergar as coisas com clareza, infelizmente.
Não acho que ninguém deva viver uma vida de sofrimento em função dos filhos, mas acho que deve-se pensar muito na vida que você vai oferecer aos filhos antes de trazê-los ao mundo. Filhos devem ser frutos do amor de um casal, de uma relação sólida de confiança, respeito e amizade. Não estou dizendo isso como a dona da verdade, a mulher que vive uma relação perfeita e que não vai errar nunca. Estou dizendo isso como filha de pais separados, uma filha que sofreu muito e que viu seus irmãos sofrerem com o fim do casamento dos pais. Uma pessoa que tem visto filhos de pais separados que vivem como iô-iô de um lado para o outro, no meio da confusão e disputa dos seus pais. Crianças que são usadas pelos pais para atingir e punir o outro pelo fim da relação. Outras, abandonadas pelo pai ou pela mãe, tendo que viver com a ausência e o peso da culpa do fim do casamento.
Eu nem sei por que eu escrevi esse post. Um desabafo, talvez. Uma necessidade de colocar para fora um turbilhão de sentimentos despertados pela noticia de tantos divórcios. Eu nem tenho fórmulas mágicas para amenizar a dor de um filho que passa por essa situação, nem conselhos para os pais. Eu apenas queria poder dizer aos meus amigos que estão grávidos, aos que tem filhos pequenos e grandes, aos que estão de casamento marcado e a mim mesma: cuidem bem do seu amor e dos seus filhos. Reguem todos os dias o relacionamento e cuidem um dos outros para que o amor se fortaleça. Não caiam na cilada de que existem relacionamentos perfeitos. Viver junto sempre será difícil e complicado. Cedam quando necessário, entendam as diferenças do seu parceiro e aprendam a viver com elas. Construam uma relação de amor e um lar feliz para os seus filhos, baseado acima de tudo no respeito. Ter filhos é um presente de Deus e criá-los num lar saudável, sem brigas e acusacoes, vai fazer toda a diferença no futuro deles.
P.S. É um assunto muito controverso, por isso quero deixar claro que tudo o que eu escrevi, foi inspirado na minha vida e nos meus sentimentos de filha, sem a intenção de magoar ou ofender ninguém. Cada um tem o direito de compartilhar a sua opinião, mas também tem o dever de respeitar o direito e os sentimentos do outro.
8 comentários:
Liza, otimo texto. Eu tb penso da mesma forma, só que no meu caso tenho a visao de pais que nao se separaram, mas que como qualquer outro casal teve crises em algum momento da vida a dois. Nao eh facil manter a harmonia sempre, ate porque nao apenas casamos com a pessoa e sim com a familia tb e com todos os hábitos que o nosso companheiro já tinha antes de nos conhecer. Mas acho que eh preciso esforço para que o casal continue junto, pois talvez pela facilidade da separação e divorcio ter aumentado, consequentemente aumentaram os números tb. Bjs
Eu sempre fico chateada quando sei de um casal conhecido que se separou, mas quando não dá mais é melhor andar sozinho do que com quem não se entende mais. Eu sou filha de pais separados, mas como eles se separarram quando eu era pequena, nunca soube como seria ter pais casados. Eles se dão bem, sempre se falarm apesar das diferenças e apesar do meu pai nunca ter sido muito participativo, pelo menos nunca atrapalhou. Acho que quanto mais velhos são os filhos, mais doloroso deve ser para eles tb. Bjs
Post maravilhoso Liza, gostaria de publicá-lo nas revistas do país inteiro! bjs......judy
Liza, imagino o quanto é doloroso para um filho a separação dos pais. Não vivi a experiência, mas conheço alguns casos e realmente a dor é grande, os filhos sofrem demais.
Os casamentos hoje estão sendo feitos a toque de caixa, é se conhecer, juntar os panos e casar, num tempo que não dá pra se ter certeza de que é isso mesmo que querem pra vida toda. Mesmo que esse "pra vida toda" se acabe um dia, não se pode casar achando que isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. Hoje uma separação não tem o mesmo peso do que era antes, quando não era tão comum.
Letícia, por ex., sentirá de outro modo, pois já foi criada assim, vivendo dias com a mãe e o pai, separadamente. Mas ninguém diga que não sofrerá, afinal o padrão é que vivam juntos, não o contrário, senão não precisaria haver união, bastava engravidar, dar "tchau" e ir cada um pra seu canto.
Quanto mais se abrir os olhos das pessoas, melhor.
Uma separação, ainda mais se não for amigável, é um peso pra vida toda, sofrem os dois e os filhos, mesmo que refaçam suas vidas.
Um filho é um elo indissolúvel, o ideal seria que os pais pelo menos honrassem o amor que os uniu um dia e saissem da relação sem rancores, sem mágoas.
(Nossa! dá vontade de falar muito mais! Bom tema, vou levar pro meu blog, mas sem leveza! rsrs).
Beijo!
É dificílimo Liza, DIFICILIMO. Eu ja passei por separacao e foi bem complicado. Nossa, minha historia no 1° casamento é de mt dor. E no segundo, mt bom, mt tranquilo,de mt paz, mas como trouxe filhos do primeiro casamento, os unicos momentos de estresse ficam por conta das diferencas na educacao que ambos os pais acreditam ser o certo. Eu fico no meio, tentando fazer conciliacoes.
Mas a gente tem que colocar as criancas em primeiro lugar, isso eu sei. Tanta coisa pra falar sobre esse assunto, nem estou preparada agora pra escrever. É um tema mt dificil.
Liza, o texto é maravilhoso. Merece uma publicação em revistas. Eu concordo plenamentente com tudo o que você escreveu. Cada pessoa tem o seu jeito e cada um tem que aprender a respeitar.
seu texto está excelente. e realmente, é uma situação muito difícil. se por um lado separar, os filhos sofrem pq os pais não estão juntos. mas vê-los brigando, se agredindo tb não é nada fácil... que situação.
de muita valia sua reflexão. faz a gente pensar mtas coisas
bom dia!
Gostei do texto Liza. Realmente uma dividir a vida com alguém é muito dificil para o próprio casal, e quando se tem filhos outras vidas sao atingidas diretamente pelas nossas acoes,ou mesmo pela falta de atitude. Sempre é bom refletir sobre isso. Beijos
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