"Esta é uma carta escrita por Laura Gaultney Black
para seus 3 filhos de 4, 7 e 9 anos. Aos 32 anos de idade, Laura
descobriu que tinha câncer de mama quando estava grávida de sua terceira
filha. Ainda grávida, ela sofreu uma mastectomia e teve sua filha via
cesariana ainda com 33 semanas de gravidez, a fim de começar
imediatamente a quimioterapia. O câncer de Laura foi curado.
Porém, 8 meses mais tarde, ele retornou e se espalhou para outros órgãos, como o pulmão. Durante 5 anos, Laura lutou contra esse inimigo silencioso que aos poucos a matava. Durante esses 5 anos, Laura esperou por um milagre de Deus, sabendo que não existia nada na medicina que pudesse curá-la. Diariamente, ela orava e pedia que Jesus a concedesse o privilégio de criar seus 3 filhos, mas que a vontade dEle fosse feita, e não a dela. Como uma serva boa e fiel, Laura combateu o bom combate. Com dignidade, ela completou a carreira e guardou a fé.
Deus não concedeu o milagre que ela tanto pediu, mas como uma filha obediente ela foi fiel até a morte. Dois dias antes de morrer, Laura escreveu em seu blog, “chegou a hora de terminar essa corrida do câncer”, e morreu dizendo “eu terminei, mas eu não desisti”.
Num mundo em que o Evangelho tem sido usado como produto de barganha para ganho e benefício próprio, o testemunho dessa irmã de fé é um encorajamento, como também um tapa na cara de todos nos cristãos que vivem esperando de Deus uma vida confortável, cheia de saúde, riqueza e felicidade. Como Laura disse nessa carta, viveremos estas coisas plenamente quando estivermos na presença de Deus. Hoje, Laura entende completamente o que agora só entendemos em parte."
Porém, 8 meses mais tarde, ele retornou e se espalhou para outros órgãos, como o pulmão. Durante 5 anos, Laura lutou contra esse inimigo silencioso que aos poucos a matava. Durante esses 5 anos, Laura esperou por um milagre de Deus, sabendo que não existia nada na medicina que pudesse curá-la. Diariamente, ela orava e pedia que Jesus a concedesse o privilégio de criar seus 3 filhos, mas que a vontade dEle fosse feita, e não a dela. Como uma serva boa e fiel, Laura combateu o bom combate. Com dignidade, ela completou a carreira e guardou a fé.
Deus não concedeu o milagre que ela tanto pediu, mas como uma filha obediente ela foi fiel até a morte. Dois dias antes de morrer, Laura escreveu em seu blog, “chegou a hora de terminar essa corrida do câncer”, e morreu dizendo “eu terminei, mas eu não desisti”.
Num mundo em que o Evangelho tem sido usado como produto de barganha para ganho e benefício próprio, o testemunho dessa irmã de fé é um encorajamento, como também um tapa na cara de todos nos cristãos que vivem esperando de Deus uma vida confortável, cheia de saúde, riqueza e felicidade. Como Laura disse nessa carta, viveremos estas coisas plenamente quando estivermos na presença de Deus. Hoje, Laura entende completamente o que agora só entendemos em parte."
Marcela Soares Arledge
Queridos Will, Gracy e Caroline,
isso é o que eu quero que vocês saibam a respeito de sofrer pelo Evangelho.
Ninguém te avisa que talvez a parte mais
difícil de viver seja morrer. Desde o dia 23 de abril de 2012, meu
corpo tem continuamente falhado. Eu já não posso mais respirar sozinha
sem a assistência de máscaras de oxigênio. Posso andar apenas curtas
distâncias. Minhas costas muitas vezes travam. Estou cansada. Coisas que
costumavam ser tão simples agora parecem muito difíceis. Parte meu
coração não poder cuidar mais de minha família e até de mim mesma. Ah!
Como eu adoraria ir pegá-los na escola mais uma vez. Como desejo poder
sentar com todos vocês em uma mesa de restaurante e comermos uma
refeição sem minhas crises de tosse ou sem estar conectada a um tanque
de oxigênio. Só poder levá-los à piscina por uma tarde e assisti-los
nadar seria delicioso. Este é certamente o momento mais difícil que já
encarei.
Will, esta manhã acordei ao som do seu
choro, deitado ao meu lado na cama. Quando lhe perguntei o que havia de
errado, numa tentativa de me proteger, como você sempre faz, você
simplesmente disse “Eu tive um pesadelo”. Mas eu te conheço, e eu sabia o
que você estava pensando. Apesar de não termos conversado sobre isso,
você consegue ver. Você e Gracy conseguem ver o que está acontecendo
diante de seus próprios olhos. Mas pela graça de Deus, acho que Caroline
ainda é muito novinha para entender. Ver-me assim parte seu
coraçãozinho, e vê-lo assim parte o meu em mil pedaços. Eu simplesmente
lhe segurei e disse “Não tem problema chorar. Eu já chorei. Papai já
chorou. Isso tudo é muito triste. Mas não vamos desistir de ter
esperança. Vamos continuar pedindo por um milagre”. Então nós dois
oramos juntos. E aí, você dormiu.
Sim, meu corpo está morrendo. Não há
qualquer esperança na medicina. Não há esperança em nada, apenas em um
milagre. Mas isso já é suficiente. Deus é suficiente. Vou esperar nEle.
Minha oração é exatamente a mesma de Cristo antes de encarar a cruz.
“Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice; no entanto não seja
feita a minha vontade, mas a Sua”. Apesar de ser muito difícil pra eu
orar pedindo para que a vontade de Deus seja feita, porque quero muito
viver, não ouso terminar essa oração de outro modo porque creio que
pedir por qualquer coisa que não seja a perfeita vontade de Deus seria
pedir por algo imperfeito para todos nós. Amo tanto vocês que não posso
pedir nada que não seja a vontade perfeita do Pai. Não posso compreender
como eu morrendo seria o melhor para todos nós, mas confio que se é
isso o que Deus decidir, então é o melhor. Isso é apenas um pouquinho do
que andar pela fé e não por aparências significa. Qualquer que seja o
resultado, iremos louvar a Deus sabendo que é a sua vontade boa e
perfeita.
Antes de ficar muito doente, fui
convidada para dar um testemunho em um estudo bíblico de mulheres na
igreja de Briarwood a respeito de sofrer pelo Evangelho. Depois que
fiquei muito doente, percebi que provavelmente eu não poderia estar
presente para dar esse testemunho. Por isso, decidi escrever o
testemunho, para que outra pessoa lesse para o grupo de mulheres. Decidi
que esse conceito é tão importante que seria bom o incluir em umas das
cartas que estou escrevendo para vocês.
Paulo diz a Timóteo: “participa comigo
dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos
salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo
Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento
de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como
trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho, para o qual
eu fui designado pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo
estas coisas;” (2 Timóteo 1:8-12). Então, no capitulo 2:3, Paulo diz:
“Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus.”.
A primeira pergunta que você deve se
fazer é: “Por quê?”. Por que um Deus amoroso permitiria que Seus
preciosos filhos sofressem ou até mesmo os chamaria a sofrer? Quero
dizer, Deus pode fazer qualquer coisa. Por que o Evangelho não pode ser:
“Venha a mim e te darei saúde, riquezas e felicidade”? O Evangelho não
podia ser assim? Alguns falsos pregadores da Palavra dizem ser esse o
Evangelho. Nada poderia ser mais distante da verdade! Existem elementos
de saúde, riquezas e felicidade na caminhada cristã, mas não acontece do
lado de cá.
O problema é que somos criados com
mentes finitas. Somos limitados em nossos pensamentos porque foi assim
que Deus nos criou – limitados. Nenhum de nós pode entender plenamente a
eternidade. Podemos tentar. Podemos chegar perto, mas não podemos
realmente entender. Então, aqui estamos nessa terra, com nossas mentes
finitas, tentando entender um conceito que realmente não podemos
compreender – então falhamos. E, quando falhamos, começamos a focalizar e
nos concentrar naquilo que compreendemos, no que sabemos: essa vida. E
quando focalizamos nessa vida, tudo parece tão sofrido, toda nossa dor,
todos nossos problemas parecem tão dolorosos, tão equivocados, tão
abandonados por Deus. Quando, na verdade, sofrimento não deveria ser uma
surpresa para nós. Deus não apenas nos diz para esperamos por
sofrimento, Ele quer que vejamos o sofrer por Ele como um privilégio.
Por quê?
Sofrimento acrescenta ao Reino. Nada
atrai mais a atenção das pessoas do que ver alguém sofrendo e dando um
testemunho cristão ao mesmo tempo. Vamos ser honestos, você pode cantar Aleluias
quando você ganha na loteria, quando seu primeiro netinho nasce no dia
do seu aniversário ou quando você foi promovido, mas quem se importa?
Não estou dizendo que não é bom louvar a Deus por essas coisas. Claro
que você deve louvá-Lo por essas coisas e se alegrar nelas, mas isso não
leva as pessoas em direção à cruz. Quando você se alegra e O louva nos
momentos bons, isso é esperado. Entretanto, quando você se alegra e
louva a Deus em meio ao sofrimento, isso direciona as pessoas à cruz de
Cristo. Não há nada em nós que escolheria fazer isso, então quando
outros nos veem tomando uma atitude como esta, eles percebem que é
somente pelo sangue de Jesus. Apenas o amor de Jesus, somente a
fidelidade do Pai, poderiam atrair nossos corações para tão perto dEle
durante essas situações.
É por isso que sofrer pelo Evangelho é
um privilégio tão grande – esse sofrimento nos dá a chance de levarmos
outras pessoas até Jesus. E não é para isso que existimos? Temos toda a
eternidade para viver com Jesus em saúde, riquezas e felicidade. Mas
temos apenas esse breve sopro de vida na linha do tempo da eternidade
para levarmos pessoas até Cristo. E essa é a única chance que temos de
criar qualquer tipo de impacto verdadeiro durante nossas vidas – levar
pessoas a Jesus.
Se Deus tivesse me perguntado: “Ei
Laura, você quer ter câncer por 5 anos e deixar seus preciosos filhos
assistirem seu corpo adoecer e minguar enquanto se preocupam se vão ou
não perder sua mãe, não tendo nada que você possa dizer ou fazer para
confortá-los, por que você mesma não saberá se irei curá-la ou levá-la?
Isso irá trazer pessoas até Mim, o que você acha?”. Não sei o que eu
teria dito. Gosto de pensar que eu confiaria em Deus o bastante e teria
fé o suficiente para dizer: “Qualquer coisa por Ti, Senhor”, mas não
sei. Mas Deus não me deu uma escolha. Da mesma forma, na vida, vocês não
terão uma escolha de sofrer ou não. Vocês, meus queridos filhos, já
foram expostos ao sofrimento através dessa minha jornada. Vivemos num
mundo falho e caído, e vocês irão sofrer. A pergunta é: vocês irão
sofrer em vão ou irão sofrer pelo Evangelho? Escolham sofrer pelo
Evangelho. O que isso significa é que quaisquer que sejam as
circunstâncias que se apresentarem em suas vidas, vocês irão escolher
lembrar que Deus sempre os ama e que Deus é sempre bom. Se vocês
realmente acreditarem nessas verdades, então terão a fé necessária para
andarem com segurança no meio da escuridão. Se tiverem a fé para
continuarem andando, vocês O verão ao longo da jornada e acharão lugares
dignos de louvor e ações de graças. Quando vocês acharem lugares ao
longo da jornada dignos de louvor e ações de graças, então vão e
compartilhem isso com outras pessoas, e isso as levará até Jesus. Se
vocês direcionarem pessoas para Cristo, então vocês terão sofrido pelo
Evangelho.
Deus não me deu a opção de andar ou não
por esse caminho, mas Ele tem me dado a misericórdia, a compaixão e a
graça para andar por esse caminho. Descobri ser realmente verdade que as
Suas misericórdias se renovam a cada manhã. Sua compaixão nunca falha.
Sua graça é realmente suficiente. Até mesmo esse caminho duro e longo
que tenho seguido tem sido repleto de bênçãos sem medida. Houve muitas,
muitas pessoas que sofreram pelo Evangelho e nunca viram a recompensa
por seus sofrimentos até que chegaram ao céu. Deus tem sido gracioso ao
me permitir ver alguns dos benefícios gerados através desse sofrimento.
Pessoas já me disseram que vieram a conhecer a Cristo por causa do meu
sofrimento, outras aprofundaram na fé por causa do meu sofrimento, que a
fé delas é maior por causa do meu sofrimento. Isso é suficiente. Espero
que seja suficiente para vocês também. Se Deus escolher me levar de
volta ao lar, por favor, saibam que tudo isso não foi em vão. Por favor,
saibam que Deus permitiu que o sofrimento de nossa família levasse
pessoas até Ele. Espero que vocês se alegrem nisso. Eu sinto muito,
muito mesmo pelo sofrimento de vocês. Nem tenho palavras que possam
adequadamente expressar o quanto sinto por vocês. Mas minha oração é que
a glória de Deus seja maior que a dor que vocês estão sentindo. Amo
tanto vocês três. Obrigada por andar por esse caminho comigo. Obrigada
por me amar, apoiar, orar comigo e por mim, e por estarem ao meu lado
todos os dias. Vocês não fazem ideia do quanto isso me ajudou. Sou para
sempre grata.
Amo vocês,
Mamãe.
Por Laura Gaultney Black Copyright © 1997-2012 CaringBridge®, a nonprofit organization.
Tradução: cedida gentilmente ao voltemosaoevangelho.com por Marcela Soares Arledge.
4 comentários:
O depoimento dessa mãe me emocionou. Pobres criancinhas.
Emocionante...
Terminei com um nó na garganta e agradecendo a Deus por TD.
Bjus
T
Liza querida!
Coloquei um post hoje no blog que ficará até amanhã, na verdade é um convite para quem quiser participar de uma brincadeira no dia das crianças. É só enviar pra mim, pelo email que lá deixei, uma fotinha sua quando criança. Te espero por lá, ok.
beijão carioca
Liza,
Sem palavras!
Peco a Deus todos os dias, que me de longevidade, para cuidar do meu Benjamin, enquanto ele precisar de mim e no futuro, para eu vê-lo tornar-se um homem temente ao Senhor, de coração humilde e realizado, em todos os sentidos...Acho que esse pedido e universal entre todas as mamães, ne?
Um abraço,
Marianna
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