17 de outubro de 2012

Vestida pra casar!

O blog tá de cara nova, acompanhando o novo momento que estou vivendo. Lembra que eu disse aqui, que estava organizando o meu casamento religioso? O tempo passou, eu não falei mais nada do assunto e acabei desistindo. Na verdade, me assustei com o valor de um casamento e não estava disposta a gastar tanto dinheiro em uma festa.

Mas, o tempo passou, o sonhou continuou aqui dentro do coracão da noiva e do noivo também. E já que em abril do ano que vem, vamos fazer cinco anos de casados (a gente se casou apenas no civil), decidimos que seria a ocasião perfeita para realizar o nosso sonho da maneira que a gente sempre quis, sem precisar gastar rios de dinheiro para isso, mantendo as nossas cabeças nas nuvens, mas os pés sempre no chão.

Então, já há alguns meses eu respiro casamento. Não contei aqui antes, por que esperei confirmar e pagar alguns fornecedores, para ter certeza que dessa vez era pra valer. Gente, é pra valer mesmo! Eu vou me casar! E já até experimentei um vestido de noiva! Já tenho a data marcada, o lugar escolhido e reservado, já tenho cerimonial e estou olhando cada detalhe com toda a dedicacão, carinho e zelo de uma noiva delirantemente feliz e sonhadora. Já até fiz o Save the Date e estou me segurando para não mandar pra todo mundo cedo demais.

Não está sendo fácil organizar tudo à distancia. Quem me conhece sabe que sou daquelas que gosta de colocar a mão na massa e resolver tudo. Mas, estou tendo que me adaptar, pesquisar, sonhar e escolher cada detalhe desse dia, vencendo a barreira da distância. Gente, casar é bom demais, né? Com o mesmo marido então, nem se fala! Mas, organizar casamento não é só flores, como todo mundo pensa. Dá trabalho, emagrece algumas, engorda outras (no meu caso!), embranquece os cabelos. Mas, é aquele sofrimento que toda mulher quer.

Então é isso. Até abril do ano que vem, esse novo template e assunto, provavelmente, vão estar estampados por toda parte onde a Liza passar. E que esse assunto não os canse e os leve pra longe daqui, viu?. E que esse assunto, também nos leve a pensar que todos somos noivas, a espera do nosso Noivo, do Amado da nossa alma. E que como noiva zeloza e amada, temos que nos preparar cuidadosamente para o dia em que estaremos face a face com nosso noivo, nosso amado Jesus. O casamento está próximo!!!

12 de outubro de 2012

A minha infância

A Beth propôs uma brincadeira gostosa para o dia das crianças. Nos convidou a transpor as barreiras do tempo, voltar ao passado, à infância e falar um pouco do que a gente viveu naquela época, que ouso dizer, é a mais colorida da vida de cada um. Pena que a gente só percebe a leveza daquele tempo, quando ele já passou e quando já fomos contaminados pelo vírus da seriedade da vida adulta.

Eu me lembro de alguns cheiros da minha infância: guaraná brama que nunca faltava na merendeira, marrom glacê, cheiro da fábrica de biscoitos... Eu me lembro do gosto do mel que o papai sempre trazia, do chup chup de maracujá, bala de maca verde e também do biotônico fontoura que a gente tomava a contra gosto para ficar forte. Me lembro de tomar muitas injecoes besetacil e de pensar que não existia dor maior que aquela no mundo. 

Me lembro de brincar e de brigar muito com o meu irmão. Da alegria e comemoracao com a chegada da minha irmã. Ah, me lembro de um bolo de palhaço com cabelo de fios de ovos, dos salgadinhos e da alegria da comemoracao de um dos meus aniversários. Das minhas bonecas preferidas, das minhas roupas preferidas, de alguns bons amigos... Do carinho e do cuidado dos meus pais. Que delícia voltar ali! 

A vida passa rápido demais e a gente cresce! Não deveria crescer, mas cresce! E abre mão da inocência da infância, e complica o que deveria ser tão simples. Perdemos tempo colecionando mágoas e nos esquecemos que quando eramos crianças era tao fácil perdoar, apagar da memória e voltar a brincar. Ah, como seria bom se vívessemos como crianças, mesmo já sendo velhos! Difícil? Pode ser que sim. Mas, impossivel não é! 

Feliz dia das crianças para a criança que vive em você!






9 de outubro de 2012

Um mês depois

Hoje o Miguel completou um mês na escolinha nova e esse aniversário me trouxe à memória todos os sentimentos que eu carregava antes dele começar. Eu escolhi a escola que me disseram ser a melhor da região, pedi a Deus que nos desse uma casa perto dela e que nos desse uma vaga para o Miguel, se essa fosse a Sua vontade. E aconteceu tudo da maneira como eu havia pedido à Ele. Eu estava excitada, feliz e segura que ele teria uma nova chance. Uma chance bem diferente das chances que ele tinha recebido até então. 

Acho que já contei aqui no blog, o quanto foi difícil para nós na escolinha anterior. Por causa do atraso de fala do Miguelzinho, a dificuldade de se comunicar e por não ser entendido por nenhuma outra criança ou adulto, ele criou um método de se defender e de expressar o que queria e era muito agressivo com as outras crianças. Ele foi chamado de "criança problemática" e mesmo depois, quando já podia conversar, quando já não mordia mais, ninguém fazia a menor questão de entendê-lo. As portas estavam sempre fechadas para tudo o que a gente pedia. O direito dele era de estar na escola três horas por dia, metade do que as outras crianças ficavam e para todo o resto a resposta era um duro não. Foi um tempo difícil, de muita dor e de muitas provacoes. E então um tempo novo chegou para nós!

A escola nova só oferecia vagas para crianças que ficassem acima de 8 horas por dia. Isso pra mim foi um choque. Ok, eu sabia que ele precisava de contato com a língua alemã e com outras crianças, mas nunca tinha passado sequer pela minha cabeça, que meu filho iria comer fora de casa e ficar tanto tempo longe de mim. Outro choque, foi que nos primeiros três dias eu precisaria estar com ele o tempo todo na escolinha, facilitando a adaptacao dele. Seria bom se eu tivesse alguém que cuidasse do Davi, mas eu não tinha e tive que levar o pequeno junto, e não foi nada fácil controlar um bebê no meio de tantas crianças.

Naqueles dias, percebi o quanto o Miguel era importante e bem vindo lá. Hoje sou agradecida por aqueles longos três dias. Eu nunca escondi o histórico de agressividade dele, nunca escondi o problema de fala e ninguém nunca olhou o meu filho diferente de qualquer outra criança de lá. O Miguel se adaptou à tudo, inclusive à comida. Nunca foi agressivo, consegue se comunicar e tem amigos. Ele adora ir para a escolinha, se sente bem e feliz lá. Tem dias que me pede para buscá-lo mais tarde, por que quer ficar mais tempo. 

No primeiro dia eu senti uma confusão de emocoes. Uma parte de mim estava feliz, outra tao amedrontada... Eu sabia que seria um novo desafio e carregava tantas experiências anteriores ruins, que por mais que acreditasse que seria diferente, em alguns momentos eu imaginava que passaria por todos os problemas e preconceitos novamente. 

Hoje, um mês depois, o meu coracão se enche de gratidão! Todas as experiências difíceis, serviram de degraus para o que estamos vivenciando hoje. Foi um  tempo difícil, mas necessário para o crescimento de cada um de nós na nossa família. A dor é ruim no momento que vivemos, a provacão parece sempre um obstáculo grande demais.  Mas, ao sair do deserto, quando olhamos para trás, vemos tudo o que vamos vencendo ao longo da nossa caminhada. Percebemos que as aflicoes nos aproximam mais de Deus, e que elas são pequenas demais perto do que Ele já levou por nós. E  nesse momento a gente se enche de forca, fé e gratidão. 

Nada é para sempre, nenhum problema, nenhuma luta. Tudo passa tao rápido, que quando nos damos conta, o hoje já se fez amanha. E assim vamos caminhando, certo de que novas aflicoes surgirão no caminho. A gente não está livre delas num mundo tao contubardo quanto o nosso, mas tenho certeza que a vitória estará sempre lá para àqueles que tiverem fé.